quarta-feira, 20 de abril de 2016

O mundo místico da Marvel no primeiro trailer de “Doutor Estranho”

A Marvel liberou o primeiro trailer de “Doutor Estranho“, filme estrelado por Benedict Cumberbatch.
Criado por Stan Lee e Steve Ditko, Stephen Strange, o Doutor, é um neurocirurgião egoísta e arrogante de Nova York que perde o uso das mãos em um acidente de carro. Depois de passar por tempos difíceis, ele parte em busca de uma cura e acaba encontrando a redenção como o maior mago do universo Marvel.

Doutor Estranho apareceu pela primeira vez em Strange Tales #110, em julho de 1963.  No início, Estranho dividia a revista com o Tocha Humana e, mais tarde, ganhou título próprio.
Apresentado como um “mestre da magia negra”, Strange assumiu 10 anos depois, com a morte de seu mestre, o título de “Mago Supremo”. Desde então, é conhecido como o personagem mais poderoso do universo mágico e místico da Marvel Comics.

De volta a Nova York, o ex-médico assumiu o nome de Dr. Estranho e passou a usar suas habilidades para o bem, se estabelecendo em uma enorme mansão que denominou de Santuário, passando a defender o mundo de toda e qualquer ameaça mística.
O elenco também conta com Rachel McAdams, Tilda Swinton como “O Ancião”, Benedict Wong como Wong, Michael Stuhlbarg como Nicodemus West, Chiwetel Ejiofor interpreta o “Barão Mordo” e Mads Mikkelsen faz o vilão do filme.
O longa tem direção de Scott Derrickson e roteiro de Jon Spaihts.

O filme tem estreia marcada para 3 de novembro no Brasil.

Torre Eiffel é iluminada com as cores do Homem de Ferro em divulgação de Capitão América: Guerra Civil

Em uma divulgação de “Capitão América: Guerra Civil” na França, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores do Homem de Ferro por ninguém menos que Robert Downey Jr.
 
Com um de seus gadgets high-tech em mãos, Tony Stark veste a Dama de Ferro e então começa a brincar com a cores do maior cartão postal de Paris, a deixando com o vermelho e o dourado do Homem de Ferro e as luzes de seus olhos e do reator em seu peito.
Capitão América: Guerra Civil encontra Steve Rogers liderando o recém-formado time de heróis em seus esforços para proteger a humanidade. Mas, depois que um novo incidente envolvendo os Vingadores resulta num dano colateral, a pressão política se levanta para instaurar um sistema de contagem liderado por um órgão governamental para supervisionar e dirigir a equipe.

O novo status quo divide os Vingadores, resultando em dois campos: um liderado por Steve Rogers e seu desejo de que os Vingadores permaneçam livres para defender a humanidade sem a interferência do governo; o outro seguindo a surpreendente decisão de Tony Stark em apoio à supervisão e contagem do governo.

O elenco conta ainda com Scarlett Johansson (Viúva Negra),Sebastian Stan (Soldado Invernal), Anthony Mackie (Falcão), Emily VanCamp (Agente 13), Don Cheadle (Máquina de Combate), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Chadwick Boseman (Pantera Negra), Paul Bettany (Visão), Elizabeth Olsen (Feiticeira Escarlate), Paul Rudd (Homem-Formiga), Frank Grillo (Ossos Cruzados), William Hurt (General Thunderbolt) e Daniel Brühl (Barão Zenom).

A estreia está marcada para 28 de abril no Brasil.

Confira o primeiro trailer de A Garota no Trem

Considerado um dos maiores fenômenos editoriais do momento, com mais de quatro milhões de exemplares vendidos, o best-seller “A Garota no Trem” (The Girl on the Train) chegará neste ano aos cinemas brasileiros, distribuído pela Universal Pictures.
Com versões em 44 línguas, o thriller de Paula Hawkins se manteve por sete meses na lista dos mais vendidos do The New York Times, tirando a liderança de mais de seis anos de “O Símbolo Perdido”, de Dan Brown.

Protagonizado por Emily Blunt, o filme conta a história de Rachel, uma mulher que sofre as dores de um divórcio recente. Acostumada à sua rotina solitária, ela passa o tempo a caminho do trabalho fantasiando sobre um casal, a quem chama de Jess e Jason, que são aparentemente perfeitos e vivem em uma casa próxima ao caminho por onde seu trem passa todos os dias. Só que em uma manhã, Rachel testemunha uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess, que na verdade se chama Megan, está desaparecida.

Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.

Confira o primeiro trailer a seguir:
Com direção de Tate Taylor, o longa tem roteiro adaptado por Erin Cressida Wilson e conta com Rebecca Ferguson, Justin Theroux, Haley Bennett, Edgar Ramirez e Allison Janney no elenco.
A estreia no Brasil está prevista para novembro deste ano.

Primeiro teaser de “Batman – A Piada Mortal”

A adaptação em animação de “Batman – A Piada Mortal” ganhou seu primeiro trailer.

Escrita por Alan Moore e Brian Bolland, A Piada Mortal foi publicada pela DC Comics em 1988 e ficou famosa por ter mudado a vida da Batgirl Barbara Gordon. A animação será lançada neste ano em DVD e Blu-ray.

De acordo com o produtor executivo Bruce Timm, muitas cenas exclusivas foram adicionadas à animação porque o material original não era suficiente para produzir um filme de longa-metragem.

O longa deverá ser lançado durante a San Diego Comic-Con, que acontece entre os dias 21 e 24 de julho.

domingo, 10 de abril de 2016

Diretor de "No Coração do Mar" fala sobre gravação do filme em mar aberto

Troque a terra firme pelo mar para conhecer a baleia que inspirou um dos personagens mais famosos da literatura em "No Coração Do Mar". O diretor vencedor do Oscar Ron Howard nos leva em Blu-ray, Blu-ray 3D, DVD e Digital HD em uma viagem para agosto de 1819, quando o navio Essex zarpou em busca de óleo de baleia, que era usado como combustível na época. "Eles estavam do outro lado do planeta, indo onde nenhum homem tinha estado antes", lembra Howard. No mar, têm um terrível encontro com um verdadeiro leviatã.
O filme conta a trajetória dramática de Owen Chase, que luta por sua vida depois do naufrágio causado pelo confronto com o animal de 85 toneladas. "O Essex foi real e, onde Moby Dick termina, a história apenas começa e se transforma em um conto de sobrevivência de proporções incríveis", conta o autor do livro que serviu de base para o filme, Nathaniel Philbrick. "Eu sempre senti que o que aconteceu é muito mais inacreditável que a ficção. Aqueles baleeiros do Essex estavam vendo um evento que acontece uma vez na vida e que ninguém ousaria inventar a menos que tenha acontecido de verdade. E foi isso que deu a Herman Melville a coragem de escrever Moby Dick."
Mas agora, quase dois séculos depois, o desafio dessa saga de Chase estava na produção, que foi parcialmente realizada no oceano. "Foi a parte mais assustadora e imprevisível do filme. No geral, o clima foi muito bom para nós nas Ilhas Canárias, mas ocasionalmente o vento vinha e tirava a equipe do alcance das câmeras e o sol estava forte", comenta o diretor. "Felizmente o tempo estava claro o suficiente para que nós produzíssemos cenas muito poderosas."
Acompanhe nos extras do material a preparação dos atores para as gravações, cenas exclusivas que foram retiradas da versão final e comentários dos atores e membros da produção que ressaltam o clima de tensão e aventura dessa história real.
O filme retoma o clássico Moby Dick, de Herman Melville, e coloca em primeiro plano o drama dos homens pela sobrevivência, contado no livro No Coração do Mar, escrito por Nathaniel Philbrick. As cópias em DVD, Blu-ray e Blu-ray 3D podem ser encontradas nas lojas, e o Digital HD está disponível para alugar (VOD) ou comprar (EST) no NET NOW, Cine SKY, iTunes Store, Google Play, PlayStation Store, XBOX Store, Vivo Play, Looke, Oi TV, entre outros.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Zoom - O Filme

O filme conta simultaneamente três histórias: Emma decide investir suas economias em um implante de silicone, que dá errado. Sem dinheiro para remover os implantes, ela vai achar um meio, mesmo que ilegal, para voltar atrás. Edward, vaidoso cineasta canadense, precisa refilmar o final de seu filme de arte e, inexplicavelmente, começa a ter graves problemas sexuais. E Michelle, modelo brasileira que vive no Canadá, volta ao Brasil para escrever um livro e quebrar seu bloqueio criativo, mas sem querer, fica presa entre seus dois mundos.



O longa mistura live-action com animação e foi uma coprodução entre Brasil e o Canadá. Dirigido pelo jovem Pedro Morelli, Zoom foi exibido no Festival de Toronto 2015 e foi indicado ao Canadian Screen Awards, conhecido como o prêmio mais importante do cinema canadense.
O elenco conta com Alison Pill, Gael García Bernal, Mariana Ximenes, Jason Priestley.
Uma produção da O2 Filmes, que tem como produtor executivo Fernando Meirelles. o diretor de "Cidade de Deus".

O filme inova pelo uso de várias linguagens, entre live-action (filmado com atores reais), animação e história em quadrinhos. O personagem de Gael, o diretor Edward, surge em uma história em quadrinhos escrita por Emma. Quando ele entra para o time de protagonistas do filme, passa a ser retratado em animação, que utilizou a técnica da "rotoscopia", quando os desenhos são baseados nas gravações e movimentos reais de atores, captados em vídeo.

Zoom O Filme - Acting
Foram 5 anos para concluir o roteiro complexo de #ZoomOFilme. Saiba mais sobre as três histórias:
Publicado por Zoom O Filme em Quarta, 6 de abril de 2016

Zoom é uma perfeita crítica aos clichês e padrões de Hollywood e da indústria do cinema, mostrando que a busca por uma perfeição e pelo "padrão ideal" é um esforço sem sentido.

Confira onde assistir na página oficial do filme no Facebook.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tá Todo Mundo Mal - Jout Jout

"Tá Todo Mundo Mal", livro da youtuber Jout Jout, já pode ser adquirido na pré-venda nos sites das melhores livrarias do Brasil e custa R$ 29,90. O lançamento oficial está previsto para o dia 24 de maio.

Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em "Tá todo mundo mal", ela reuniu as suas 'melhores' angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, “Jout Jout, Prazer”. 
Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias.

Hoje, seu canal conta com mais de 700 mil inscritos. Nos vídeos, ela fala sobre temas diversos, sempre com um toque de humor. Um dos vídeos mais populares foi o "Não Tira o Batom Vermelho", que trata dos perigos de um relacionamento abusivo e hoje tem mais de 2 milhões de visualizações (e contando).


A jornalista por formação ainda representou o Brasil em uma campanha do YouTube, o "Programa Global Para Mulheres". O objetivo do projeto é o empoderamento feminino das criadoras de conteúdo do site, na frente e por trás das câmeras. Julia foi escolhida a representante do Brasil entre as diretoras criativas na iniciativa.
A youtuber já chegou até a ser convidada da ONU para participar da campanha #ElesPorElas” (He for She).
Outras videomakers de nacionalidades diferentes também participaram da iniciativa do YouTube, entre elas estão as norte-americanas Anna Akana e Alexys Fleming, a britânica Em Ford, a japonesa Kuma Miki e a alemã Nilam Farooq.

Em um encontro que aconteceu em fevereiro em Los Angeles, as diretoras chegaram a produzir mais de 50 vídeos para a campanha. Todos foram lançados no YouTube até o Dia Internacional da Mulher, 8 de março.
 

Jout Jout também se reuniu com outras youtubers brasileiras para a criação de vídeos para a campanha. O resultado você pode conferir no vídeo a seguir.


AnimeJapan 2016 revela preview da 3ª temporada de Sailor Moon Crystal

O AnimeJapan 2016 contou com um painel de apresentação de "Sailor Moon Crystal". O evento teve a presença das dubladoras Kotono Mitsuishi (Moon), Junko Minagawa (Uranus), Sayaka Ohara (Neptune) e Yukiyo Fuji (Saturn), além da presença ilustre da nova diretora, Chiaki Kon.

Elas conversaram sobre a dublagem nos anos 90, os fãs que cresceram e agora estão acompanhando a série de novo e sobre a chegada das novas atrizes ao elenco. Junko e Sayaka falaram sobre a pressão de dublar personagens tão populares e queridas, e Yukiyo disse que já estava feliz só de ter participado da audição para o papel.

Depois foi exibida pela primeira vez a abertura da nova temporada, com a versão cantada por Etsuko Yakushimaru, seguido por um preview de tirar o fôlego e o encerramento, cantado pelas dubladoras de Uranus e Neptune.

Para encerrar o evento, foi revelado o “Projeto Musical” que envolverá as três versões da canção de abertura, "New Moon ni Aishite", que será cantada por Estuko Yakushimaru, Mitsuko Horie e pelo grupo Momoiro Clover Z. Além dos encerramentos "Eternal Eternity", "Otome no Susume" e "Eien Dake ga Futari wo Kakeru". O primeiro single será lançado em 27 de abril, enquanto que a segunda versão sairá em 25 de maio e a última em 22 de junho.
A compra de todas as versões do single dará direito a um pôster exclusivo.

Confira a primeira abertura e o encerramento em HD:
O AnimeJapan 2016 contou ainda com um estande especial para a promoção da nova temporada de Sailor Moon Crystal e dos próximos lançamentos das linhas de colecionáveis.
 



Um dos destaques do estande foi a exibição das ilustrações do guia de estilos da nova temporada.
A 3ª temporada de Sailor Moon Crystal estreia dia 4 de abril no canal japonês Tokyo MX e terá 13 episódios. O Crunchyroll confirmou que exibirá a série simultaneamente no Brasil. Para assistir de maneira legal, sintonize no link crunchyroll.com/sailor-moon-crystal.

sábado, 2 de abril de 2016

Imagem negativa das religiões cresce no Brasil, analisa pesquisador da UFSCar

A religião parece estar sendo vista no Brasil, em grande medida, não mais como uma aliada na luta por direitos humanos e cidadãos, mas sim, contrariamente, como empecilho a eles. Essa é a análise do professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) André Ricardo de Souza. Ele publicou um artigo sobre o tema na revista Contemporânea.
  
Segundo o pesquisador, no Brasil de hoje há indivíduos, grupos e instituições contribuindo para uma imagem negativa da religião como um todo em diversas vertentes religiosas. Entre o segmento mais afetado por essa interpretação negativa, o pesquisador aponta os evangélicos. “Embora sem exclusividade, atualmente há predominância em determinados indivíduos e grupos evangélicos”. São exemplos os ativistas que exercem importantes cargos parlamentares, como o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o deputado que presidiu a Comissão de Direitos Humanos daquela casa, o pastor Marco Feliciano.
Isso ocorre, segundo André, porque algumas lideranças religiosas ainda cultivam posturas no limite da beligerância. Alguns grupos ameaçam e chegam a cometer crime de intolerância religiosa. “Esse é o lado negativo de algumas religiões, sobretudo das que não se pautam pela alteridade e respeito ao outro, mas no proselitismo”, explica.
Para ilustrar esses posicionamentos autoritários, André cita a militância política, feita principalmente por parlamentares que representam grupos religiosos. “Tornam-se parlamentares, muitas vezes, devido à projeção obtida por meio da aparição constante em programas de rádio e televisão. Por sua vez, as emissoras religiosas e os horários alugados de emissoras laicas decorrem de intensa arrecadação financeira, fechando assim o ciclo entre religião, economia e política”, analisa.
 
Os agentes que contribuem para um quadro negativo das religiões se caracterizam, segundo André, pelos traços de intolerância, intransigência e homofobia. “A intolerância se refere à rejeição do diferente e sua discriminação por ser considerado pecaminoso ou impuro. Por sua vez, intransigência significa a recusa da busca de diálogo pautado por parâmetros respeitosos e democráticos devido à prevalência do pensamento e do discurso dogmático e autoritário. Já a homofobia diz respeito não só à discriminação, mas também à perseguição, até violenta, de membros da população LGBT”, diferencia André. “Tais posturas, porém, são encontradas também em indivíduos não religiosos”, complementa.
André Ricardo de Souza coordena estudos na área de sociologia da religião. Foto: Comunicação Social/UFSCar

Religião e religiosidade
Para analisar o fenômeno religioso e suas conexões com outras dimensões da vida em sociedade, André desenvolve na UFSCar pesquisa em sociologia da religião. Segundo ele, esses estudos, atualmente, voltam-se não só para a religião enquanto algo que abarca instituições, grupos e doutrinas, mas também para a religiosidade, que é algo próprio do indivíduo, a despeito desses itens. “Há muitas pessoas que declaram ao Censo do IBGE serem ´sem religião´, mas que efetivamente têm religiosidade”.
Um exemplo disso é Adilson Sanches Marques. Ele se considera espiritualista e não tem nenhuma religião específica. “Eu vou com a mesma disposição participar de uma missa em uma igreja católica, tomar um passe e ouvir uma palestra em um centro espírita ou mesmo ir bater um papo com um preto-velho em um terreiro de umbanda. Eu respeito todas as religiões e formas de manifestação do sagrado”, explica Adilson, que é coordenador do Programa Homospiritualis, por meio do qual é mantido o Observatório Social da Liberdade Religiosa em São Carlos.

Apesar das críticas que vêm sofrendo ao longo da história, as religiões podem, segundo André, ajudar na luta pelos direitos humanos e cidadãos. “Elas contribuem na medida em que pregam e efetivamente promovem a reconciliação, a tolerância, o diálogo inter-religioso, o auxílio a pessoas necessitadas e também a proposição e reivindicação de políticas públicas igualitárias e democráticas”, afirma o professor.
É o que pensa também a católica Maria Lúcia Paganelli, que durante sua graduação em História, pesquisou o Padre Teixeira, já um santo do catolicismo popular de São Carlos. Ela acredita que o fenômeno da construção negativa das religiões acontece não só no Brasil, mas no mundo todo, principalmente, por conta do fanatismo religioso que leva à contramão o sentido da religião. “Ligar os povos, unir os irmãos em busca da paz, transformou-se em ódio porque o outro não pensa como eu. O estrangeiro desesperado, que foge de uma situação de guerra, não encontra em novas terras dignidade, mas desconfiança e indiferença por causa da sua religião. Extremismo religioso é sempre a violência contra a paz”, conclui. Adilson também reforça a importância do diálogo inter-religioso e da tolerância. “A principal deveria ser fortalecer o contato com o sagrado e o espiritual e auxiliar na construção de uma cultura de paz. Os diálogos inter-religiosos deveriam focar nesta questão”.

Sociologia da Religião
Para o pesquisador da UFSCar, a compreensão sociológica dos fenômenos religiosos contribui para uma visão objetiva e crítica desse importante traço da vida social que é a religiosidade em face do Estado laico, além de fornecer elementos para o pensamento contrário à intolerância e à discriminação, tanto de pessoas religiosas, quanto das não religiosas.
As pesquisas sobre religião desenvolvidas na UFSCar estão concentradas no Núcleo de Estudos de Religião, Economia e Política (NEREP), fundado em 2010 e que conta atualmente com 6 pesquisadores doutores, 16 estudantes de pós-graduação e 2 de graduação, sob a coordenação do professor André.
Entre os temas que estão sendo pesquisados pelo NEREP estão o trabalho assistencial feito por espíritas kardecistas, católicos e evangélicos; a expansão de religiões amazônicas no Sudeste; a relação entre sexualidade e prática religiosa. Também há pesquisas que focam o respaldo político para emissoras televisivas ligadas a igrejas; e as implicações do turismo religioso como atividade econômica. “Tais estudos geram conhecimento qualificado sobre o modo como os indivíduos e grupos vivenciam sua religiosidade, inclusive na intersecção com outras dimensões sociais, como a sexualidade, a política e a economia”, afirma André. “A relação entre religião e política é mais evidente, por isso mesmo, mais pesquisada pela sociologia da religião. Já a relação entre religião e economia é menos explorada cientificamente, portanto, havendo no NEREP certo pioneirismo quanto a isso. A religião influencia condutas políticas e também econômicas de indivíduos e grupos, porém, é pautada por essas duas esferas, que são as de maior força no mundo moderno.” 

Mais informações sobre as pesquisas do NEREP estão disponíveis em www.ufscar.br/nerep.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A ascensão dos Geeks

Uma geração ligada em tecnologia, nos smartphones, na internet, em videogames, seriados, filmes. Eles entendem de tudo isso e acompanham os avanços do mundo pop com uma facilidade admirável.

Os “Geeks” são conhecidos hoje como referência de um grupo inteligente, culto e fã dos maiores sucessos do mundo do entretenimento, no cinema, música e TV.
Há várias características que os diferenciam dos “Nerds”, que nas décadas passadas, e talvez ainda hoje, sofriam com o preconceito de serem solitários e alvos fáceis de bullying. Um geek consegue equilibrar horas na frente do computador com sua vida social, coisa difícil para os nerds. Um nerd normalmente possui inteligência superior inata. A inteligência geek se desenvolve com tempo e estudo, além de ser mais equilibrado com seu entretenimento.
Mas ambos constroem relações em sites e nas redes sociais da internet que possuem informações de seu interesse. A intimidade com a tecnologia é outra ligação, só que geeks buscam utilizar a tecnologia em sua vida diariamente e os nerds, nem sempre. Outro aspecto de ligação entre nerds e geeks é o interesse por tudo que esteja relacionado à ficção científica e a histórias em quadrinhos. Muitos personagens de quadrinhos são geeks em sua vida normal, como o Homem-Aranha/Peter Parker.

Geeks fazem uso de quase todo e qualquer gadget, como smartphones e iPods. O idealizador do iPod, Steve Jobs, é respeitado como um ícone Geek por sua forma de unificar a tecnologia a novas linguagens. Suas roupas muitas vezes aliam clássicos típicos de brechó a referências do mundo tecnológico, como estampas inspiradas em ficção científica. A incorporação da tecnologia é muito comum na forma de vestir, além de vários outros produtos disponíveis no mercado voltado especialmente a este público, como canecas, box de livros e DVDs, camisetas, bonecos e itens de decoração.

A série “Freaks and Geeks” foi a primeira a popularizar a tribo, entre 1999 e 2000. Atualmente, “The Big Bang Theory” é a principal referência e abusa dos aspectos do universo Geek de modo cômico, demonstrando como eles podem ser carismáticos.


Gabriel Mesquita de Carvalho se considera geek e falou sobre a influência que isso trouxe para sua vida. “The Walking Dead, Breaking Bad, The Flash, essas séries da cultura pop pegaram um público muito grande, em boa parte jovem, que acaba a divulgando para um amigo, até se espalhar entre um círculo de pessoas, que acaba indo para outros círculos. Os filmes também ajudaram muito a clarear a visão das pessoas sobre os geeks. Filmes como Vingadores, que atingiu boa parte do mundo, dessa vez não só jovens, mas também pessoas da ‘velha guarda’. Acho que esses filmes juntaram vários tipos de povos, como adolescentes, adultos, até mesmo crianças, pessoas que leem  HQs, livros, cinéfilos em si que apenas querem ver um bom filme, pais que levam seus filhos para assistir sem mesmo saber direito sobre os filmes de heróis, pessoas da terceira idade etc. Isso fez com que o geek fosse visto de uma forma diferente, não mais como um cara estranho e esquisito”, disse.
“Outro fenômeno que ajudou também, foi o lançamento de ‘Star Wars - O Despertar da Força’, que não fez nada menos do que juntar gerações em uma sala de cinema,” declarou.

Carvalho ainda contou que hoje a relação dos geeks com o resto da sociedade está bem mais fácil. “Eu me socializo com pessoas geeks e pessoas que não são muito chegadas à esse tipo de coisa. As coisas são bem normais, mas acho que antigamente não era bem assim, as pessoas achavam muito diferente essa coisa geek, gostar de séries e filmes e tal, não achavam tão interessante quanto hoje,” opinou ele.

Mayra Albegardi, de 16 anos, também acha normal os costumes geeks. “Desde criança, o ambiente em que cresci sempre foi cercado de coisas ‘nerds’, como videogame etc, e nunca me senti diferente por gostar disso,” contou.

“Eu, como fã de coisas do gênero, prefiro as produções antigas, como Smallville, X-Files, Doctor Who, Star Wars, Star Trek etc, mas não dá para negar que hoje existe uma variedade de filmes e séries ótimas, ainda mais de 2013 para cá,” disse Mayra.