tag:blogger.com,1999:blog-57974541974400123692024-02-20T16:39:13.955-03:00Meus FavoritosSeus assuntos preferidos estão aqui.meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.comBlogger679125tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-43351516343994380322022-08-20T23:23:00.004-03:002022-08-20T23:23:44.779-03:005 curiosidades sobre a Seleção Brasileira de Futebol<p> </p><h2 style="background-color: white; color: #820a4a; font-family: DalglishBold; font-size: 1.428em; font-weight: 400; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-transform: uppercase;">O BRASIL NEM SEMPRE JOGOU DE AMARELO</h2><p style="font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;"><span class="post-texto-destaque" style="text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700;">A camisa do Brasil era branca até 1953</span></span>. Nesse ano, a CBD, Confederação Brasileira de Desportos, lançou um concurso cultural para criar uma nova camisa para a seleção brasileira. O concurso foi uma parceria com o jornal Correio da Manhã e a ideia era trocar a camisa branca que “não carregava em si a ideia de nacionalidade brasileira”. Os novos uniformes tinham que ter as quatro cores da bandeira do Brasil: verde, amarelo, azul e branco. O concurso foi considerado um sucesso, com mais de 300 pessoas mandando sugestões para o novo manto da seleção.</span></p><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">O responsável por criar a camisa canarinho que conhecemos hoje foi Aldyr Garcia Schelee, um desenhista de um jornal local da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O gaúcho decidiu fazer a camisa ser majoritariamente amarela com detalhes verdes, e as outras cores obrigatórias ficaram no calção e meiões. Depois do concurso, a população brasileira caiu nas graças da camisa canarinho e o Brasil passou a disputar Copas do Mundo com o novo uniforme. </p><p style="font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;">Mas, ironia do destino ou não, o 1º título mundial do Brasil não foi usando amarelo. Acontece que a final da Copa de 1958 foi contra a Suécia, que também jogava de amarelo. E a FIFA decidiu que, como os suecos eram os donos da casa, o Brasil deveria jogar com outro uniforme que não o amarelo. Reza a lenda que a delegação brasileira teve que procurar novas camisas lá na Suécia para comprar, já que o time não tinha um segundo uniforme. A escolha foi então pelo azul, remetendo ao manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país. <span class="post-texto-destaque" style="text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700;">Os escudos das camisas foram costurados a mão às vésperas da final</span></span> e o Brasil venceu por 5×2, conquistando seu primeiro título mundial. </span></p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7718 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa2-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><figcaption style="background-color: #820a4a; border-bottom-left-radius: 20px; border-bottom-right-radius: 20px; box-sizing: border-box; caption-side: bottom; color: white; float: left; font-family: OakesGrotesk-SemiBold; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 15px; text-align: left; width: 700px;"><br /><code style="color: #f5b730; float: right; font-family: OakesGrotesk-SemiBold !important;">Foto: Acervo/Getty Images</code></figcaption></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"></p><h2 style="background-color: white; color: #820a4a; font-family: DalglishBold; font-size: 1.428em; font-weight: 400; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-transform: uppercase;">O BRASIL SEDIOU 2 COPAS E NÃO GANHOU NENHUMA DELAS</h2><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">Em 1950, o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo, para a qual o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, foi construído. O Maraca era, literalmente, o maior estádio do mundo na época e iria receber a final do torneio. E o Brasil foi pra final, claro. Maracanã lotado, expectativa lá em cima e veio a decepção: o Uruguai venceu a final por 2×1. O jogo que deixou o Maracanã (e o país) em completo silêncio foi apelidado de Maracanaço. </p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7720 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa3-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><br /></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">Para a Copa de 2014, quando o Brasil também foi sede, o Maracanã foi todo reformado. Deixaram o exterior sem nenhuma pintura. Nas semifinais da Copa de 2014, o Brasil perdeu pra Alemanha no lendário 7×1 no estádio Mineirão, em Belo Horizonte. </p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7722 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa4-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><br /></figure></div><p style="font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;"><span class="post-texto-destaque"><span style="font-family: OakesGrotesk-Light;">O</span><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700; text-decoration-line: underline;"> Brasil é um dos apenas 5 países que já recebeu mais de uma Copa do Mundo.</span></span><span style="font-family: OakesGrotesk-Light;"> A lista também é composta por Alemanha, México, França e Itália. E, junto com o México, é o único desses que nunca venceu uma Copa em casa. A Itália foi campeã e sede em 1938, a França em 1998 e a Alemanha em 1974. </span></span></p><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"></p><h2 style="background-color: white; color: #820a4a; font-family: DalglishBold; font-size: 1.428em; font-weight: 400; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-transform: uppercase;">O BRASIL É O PAÍS DOS ARTILHEIROS</h2><p style="font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;">A pessoa que mais marcou gols em Copa do Mundo é brasileira. E é, ninguém mais ninguém menos, do que ela: Marta, com 17 gols. <span class="post-texto-destaque" style="text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700;">Sim, Marta é nossa maior artilheira da história, entre homens e mulheres.</span></span> </span></p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7724 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa5-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><figcaption style="background-color: #820a4a; border-bottom-left-radius: 20px; border-bottom-right-radius: 20px; box-sizing: border-box; caption-side: bottom; color: white; float: left; font-family: OakesGrotesk-SemiBold; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 15px; text-align: left; width: 700px;"><br /><code style="color: #f5b730; float: right; font-family: OakesGrotesk-SemiBold !important;">Foto: Reprodução Instagram</code></figcaption></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">Quando levamos em consideração só a Copa do Mundo masculina, o segundo maior artilheiro é brasileiro: Ronaldo Fenômeno tem 15 gols. Ele está apenas 1 gol atrás do maior artilheiro de Copas masculinas, o alemão Miroslav Klose. Ironicamente, Klose fez o gol número 16 no 7×1.</p><p style="font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;">Além disso, <span class="post-texto-destaque" style="text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700;">o Brasil é o país com mais artilheiros em Copas</span></span>, com 5 atletas. Leônidas da Silva, o Diamante Negro, foi o artilheiro na edição de 1938, com 7 gols. Em 1950, Ademir Menezes teve 9 gols, e, em 1958, dois jogadores do Brasil dividiram a liderança com 4 gols: Garrincha e Vavá. Completando o time está Ronaldo Fenômeno na Copa de 2002, com 8 gols. </span></p><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">O Brasil também tem o único jogador da história a marcar pelo menos um gol em todos os jogos de uma edição de Copa. Jairzinho foi apelidado de “Furacão” após conseguir esse feito na Copa de 70. </p><h2 style="background-color: white; color: #820a4a; font-family: DalglishBold; font-size: 1.428em; font-weight: 400; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-transform: uppercase;">O BRASIL É O ÚNICO PAÍS QUE JOGOU EM TODAS AS COPAS</h2><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">O Brasil é o único país do mundo inteiro a disputar todas as 21 edições de Copa que tivemos até agora. (E vai disputar a 22ª em novembro no Catar)</p><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">E esse feito tem que ser atribuído a um cara chamado Carlito Rocha. Ele era de tudo no seu time do coração, o Botafogo: técnico, nutricionista, preparador físico, analista, presidente…Um homem de muitas versões.</p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7726 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-650x650.jpg 650w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-300x300.jpg 300w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-120x120.jpg 120w" height="700" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-650x650.jpg 650w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-300x300.jpg 300w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa6-120x120.jpg 120w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><figcaption style="background-color: #820a4a; border-bottom-left-radius: 20px; border-bottom-right-radius: 20px; box-sizing: border-box; caption-side: bottom; color: white; float: left; font-family: OakesGrotesk-SemiBold; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 15px; text-align: left; width: 700px;"><br /><code style="color: #f5b730; float: right; font-family: OakesGrotesk-SemiBold !important;">Foto: Acervo Histórico do Botafogo</code></figcaption></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">Em 1934, Carlito integrava a CBD e o Brasil passava por um momento muito delicado no futebol: a luta pela profissionalização do esporte. Enquanto os atletas queriam se tornar profissionais e parar de tratar o esporte como um hobby, alguns clubes e dirigentes achavam que tinha que continuar amador. Em São Paulo os jogadores já eram profissionais, enquanto no Rio, por exemplo, ainda eram amadores. A própria CBD era contra a profissionalização do esporte. Por conta desse racha, o Brasil ia ficar sem mandar uma seleção pra Copa, apesar de ter a vaga. Mas isso não foi um impedimento para Carlito Rocha.</p><p style="font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"><span style="background-color: white;">Apesar de estar inscrito como árbitro da Copa do Mundo, Carlito não mediu esforços para juntar jogadores dos times cariocas e levar o Brasil pra Copa. <span class="post-texto-destaque" style="text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: OakesGrotesk-Medium; font-weight: 700;">A seleção foi de navio e demorou 15 dias até chegar na Itália!</span></span> Carlito não podia atuar como técnico, por isso acompanhou as partidas nas arquibancadas como um mero integrante da delegação. No fim, o Brasil foi eliminado ainda na 1ª fase, mas garantiu a presença e a marca de ter participado em todas as Copas. </span></p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7728 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa7-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><figcaption style="background-color: #820a4a; border-bottom-left-radius: 20px; border-bottom-right-radius: 20px; box-sizing: border-box; caption-side: bottom; color: white; float: left; font-family: OakesGrotesk-SemiBold; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 15px; text-align: left; width: 700px;">Seleção treinando no deck do navio a caminho da Itália<code style="color: #f5b730; float: right; font-family: OakesGrotesk-SemiBold !important;">Foto: Acervo da Seleção</code></figcaption></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;"></p><h2 style="background-color: white; color: #820a4a; font-family: DalglishBold; font-size: 1.428em; font-weight: 400; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-transform: uppercase;">O BRASIL SÓ GANHA COPA ONDE O FUTEBOL NÃO É TRADIÇÃO</h2><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">Sim, isso é um fato. Todos os cinco títulos de Copa que o Brasil tem, foram conquistados em países onde o futebol não é forte. </p><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">A primeira vitória do Brasil foi na Suécia, como você leu lá em cima. O segundo título foi em 1962, no Chile, quando a seleção chilena ainda não era primorosa. O tri de 1970 foi no México. O famoso “É TEEEETRAAAAA” em 1994 foi nos Estados Unidos.</p><div class="wp-block-image" style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><figure class="aligncenter size-full" style="clear: both; margin: 0px auto 15px !important; text-align: center;"><img alt="" class="wp-image-7731 lazyloaded" data-src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8.jpg" data-srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8-650x434.jpg 650w" height="467" loading="lazy" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" src="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8.jpg" srcset="https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8.jpg 700w, https://www.oblogvoltou.com.br/wp-content/uploads/2022/07/copa8-650x434.jpg 650w" style="border-radius: inherit; border: 0px; display: inline-block; font-size: 0px; height: auto; line-height: 0; max-width: 100%; opacity: 1; transition: opacity 300ms ease 0s; vertical-align: bottom;" width="700" /><figcaption style="background-color: #820a4a; border-bottom-left-radius: 20px; border-bottom-right-radius: 20px; box-sizing: border-box; caption-side: bottom; color: white; float: left; font-family: OakesGrotesk-SemiBold; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 15px; text-align: left; width: 700px;"><br /></figcaption></figure></div><p style="background-color: white; font-family: OakesGrotesk-Light; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px;">E o penta foi na Copa da Coreia e do Japão, em 2002. Ironicamente, as duas vezes que o Brasil foi vice aconteceram em países muito tradicionais no futebol: no próprio Brasil, em 1950 e na França, em 1998. </p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-25878429982590638202021-12-22T19:34:00.005-03:002021-12-22T19:40:28.419-03:00Tick, Tick...Boom!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiIU_a_MYFT9ttrWbPNZdrqqvGzVqildN8TbDhvjiHykVwWOIFoaO8hf41zu4pFJYRwVhK4_LawBegY7JXHn8FZS5am0e0CZcoNX6gg_7n9lDV5pFzRb4gXpJvgN1bO3OSbDjgw0Grld1JImUcGeTDwHGEGPq6hdIc6kXXMutVJMMwhMRpnapu_BcNG=s1280" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiIU_a_MYFT9ttrWbPNZdrqqvGzVqildN8TbDhvjiHykVwWOIFoaO8hf41zu4pFJYRwVhK4_LawBegY7JXHn8FZS5am0e0CZcoNX6gg_7n9lDV5pFzRb4gXpJvgN1bO3OSbDjgw0Grld1JImUcGeTDwHGEGPq6hdIc6kXXMutVJMMwhMRpnapu_BcNG=w640-h360" width="640" /></a></div><br /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"><b><i>What does it take to wake up a generation? ♫</i></b></span><p></p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">"Tick, Tick...Boom!" estreou em novembro deste ano na Netflix e é baseado no musical semi-autobiográfico de Jonathan Larson. Mesmo se você não gosta de musicais e não souber nada sobre Jonathan e sua história, acho difícil terminar o filme sem uma sensação boa, de esperança e de celebração a arte.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Se passa na Nova York dos anos 90, quando a cidade se reafirmava como centro da contracultura, desafiando normas e padrões. Ele mudou a forma como os musicais eram vistos. Sua história sobre um grupo de jovens lidando com falta de dinheiro, oportunidades, pressões, a epidemia de AIDS, nada tinha a ver com o mundo lúdico de Cats ou Wicked. Era aquele momento da história sendo cantado em tempo real.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Jonathan Larson passou sua juventude tentando ser compositor de musicais, lutando por uma chance de provar seu talento. O filme já começa mostrando a ansiedade dele por chegar aos 30 anos sem ter conseguido realizar um espetáculo. Ele infelizmente morreu um dia antes do musical Rent entrar em pré-estréia no New York Theatre Workshop.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">O filme é uma grande celebração à sua obra.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Andrew Garfield ❤ está incrível no papel do protagonista, mostra que também pode cantar (e muito bem).</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">É uma imersão profunda, porque não é uma imersão em fatos, é uma imersão na visão e nos sentimentos de Jonathan. O filme transmite a vida do artista a partir das vibrações dele e não através de suas conquistas simplesmente. Nenhuma palavra do texto é desperdiçada, nem nenhuma canção.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Fica aqui então a dica dessa história inspiradora.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">"Escreva sobre o que você conhece, cante sobre o que você sabe, encontre o que te faz feliz na vida e faça um voto: o de que você vai passar toda a sua vida desse jeito."<br /><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/YJserno8tyU" width="320" youtube-src-id="YJserno8tyU"></iframe></div><br />meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-61308253358145949332021-09-17T18:44:00.000-03:002021-12-22T19:38:50.526-03:00APRENDENDO INGLÊS COM O GAMBITO DA RAINHA ♕<p> <span style="background-color: white; font-family: "PT Serif", sans-serif; font-size: 1.1rem;">O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit) já se tornou a minissérie mais assistida da história da Netflix. Agora me pergunto por quê demorou tanto tempo para eu dar play e embarcar na história. Mais de 62 milhões de casas pelo mundo maratonaram a série só nos primeiros 28 dias na plataforma.</span></p><p style="background-color: white; border: 0px; font-family: "PT Serif", sans-serif; font-size: 1.1rem; line-height: 1.55; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os sete episódios são baseados no livro de ficção de mesmo nome escrito por Walter Tevis e publicado em 1983. Na trama, acompanhamos a vida de Elizabeth Harmon, uma jovem órfã que, na década de 1950, se torna um prodígio do xadrez ainda criança. Ao longo dos anos, sua jornada é marcada por uma ascensão rápida e impressionante, ao mesmo tempo que enfrenta traumas antigos e vícios.<br />“Gambito” pode significar uma manobra para vencer o adversário. No contexto do xadrez, o termo se refere a uma estratégia em que se sacrifica uma de suas peças para conseguir vantagens no jogo.<br />Acompanhando a série com legenda também em inglês, percebi várias palavras e expressões novas, que agora compartilho com vocês.<br />Nunca paramos de aprender, por isso precisamos nos manter sempre atentos ao que ouvimos e lemos para aprender mais.</p><p style="background-color: white; border: 0px; font-family: "PT Serif", sans-serif; font-size: 1.1rem; line-height: 1.55; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">1- “And don’t dawdle.” – “E não demore.”<br />2- Wary – cauteloso<br />3- Chaperone – acompanhante<br />4- Custodian – zelador<br />5- Edgy – nervoso, irritado<br />6- Withdrawal – cancelamento, retirada<br />7- Hollering – gritando<br />8- Leftover – sobras<br />9- “broadening social life” – ampliando a vida social<br />10- Chiffonier – cômoda<br />11- Ticked off – irritado, incomodado<br />12- Tuition – mensalidade, taxa<br />13- Hustle – labuta<br />14- “I’m raging inwardly.” – Estou furioso por dentro.<br />(me conta nos comentários de qual personagem é essa fala, se você assistiu e se lembrar, Haha)<br />15- Booze – bebida alcoólica<br />16- Burden – fardo<br />17- “I’m premed.” – significa alguém que está estudando medicina.</p><p style="background-color: white; border: 0px; font-family: "PT Serif", sans-serif; font-size: 1.1rem; line-height: 1.55; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Me conte se assistiu a série e se gostou, e também se já conhecia alguma dessas palavras. E tente formar frases com elas, é um exercício bem legal.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/cnqV3wsZlpo" width="320" youtube-src-id="cnqV3wsZlpo"></iframe></div><br /><p style="background-color: white; border: 0px; font-family: "PT Serif", sans-serif; font-size: 1.1rem; line-height: 1.55; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-16262282033841383682021-05-09T19:18:00.002-03:002021-12-22T19:38:37.718-03:00Feminismo: perversão e subversão – parte IV<p>O quarto capítulo, "Subversão das identidades" fala sobre a terceira onda feminista. <br />Diz a autora: "Tenho tentado demonstrar que o movimento feminista não
representa nem se interessa pela condição das mulheres, apenas se vale dessa propaganda para alcançar sua real intenção:
instaurar uma revolução sexual que subverta os sexos e o sexo.
A teoria de gênero estruturada por Judith Butler deixa isso claro. Ela não tem problemas em admitir seu caráter subversivo e
isso nos coloca, portanto, outro dilema: será que as mulheres
sabem disso?"</p><p>Daqui então segue falando da "Ideologia de Gênero". Faço uma pausa aqui para explicar o que ela seria.<br /></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">O conceito de gênero é presente no </span>movimento feminista<span style="box-sizing: border-box;"> desde os anos 1970 e é entendido </span><b style="box-sizing: border-box;">não como sexo biológico</b><span style="box-sizing: border-box;">, mas como as </span><b style="box-sizing: border-box;">construções sociais baseadas nos sexos biológicos</b><span style="box-sizing: border-box;">. </span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Por muito tempo pregou-se que os </span>homens eram superiores às mulheres por características biológicas<span style="box-sizing: border-box;">. Essas características não se referiam apenas à força física, por exemplo, mas também afirmavam que homens eram mais inteligentes e éticos. O conceito de gênero então surgiu para contestar isso.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;">“Gênero” não é uma palavra mais bonita para se referir ao sexo biológico<span style="box-sizing: border-box;">, mas um termo que </span><b style="box-sizing: border-box;">vê essa desigualdade na percepção das capacidades de homens e mulheres como algo socialmente construído</b><span style="box-sizing: border-box;">.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Ao se falar em “questão de gênero”, por exemplo, faz-se referência às atividades </span><b style="box-sizing: border-box;">culturalmente </b><span style="box-sizing: border-box;">atribuídas às mulheres – como cuidar da casa e dos filhos – e aos homens – como sustentar financeiramente a família. As teorias feministas explicam que essas ideias são </span><b style="box-sizing: border-box;">construídas com base nos costumes, não nas capacidades biológicas</b><span style="box-sizing: border-box;">. Afinal, um homem não é fisicamente incapaz de limpar a casa e nem uma mulher é fisicamente incapaz de trabalhar como engenheira e sustentar financeiramente sua família.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;">O fato de as expectativas sobre os “papéis” atribuídos a homens e mulheres cisgêneros serem diferentes ao redor do mundo, mudando de cultura para cultura, reforça a teoria feminista de que essas expectativas são construídas socialmente.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Acredita-se que o termo </span><b style="box-sizing: border-box;">“ideologia de gênero”</b><span style="box-sizing: border-box;"> apareceu pela primeira vez em 1998, em uma nota emitida pela Conferência Episcopal do Peru intitulada “Ideologia de gênero: seus perigos e alcances”. O evento nacional que reúne bispos de todo o país é uma tradição da Igreja Católica no mundo inteiro.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Desde seu surgimento, a expressão “ideologia de gênero” carrega um sentido </span><b style="box-sizing: border-box;">pejorativo </b><span style="box-sizing: border-box;">(negativo, ofensivo). Por meio dela, setores mais </span>conservadores<span style="box-sizing: border-box;"> da sociedade protestam contra atividades que buscam falar sobre a questão de gênero e assuntos relacionados – como sexualidade – nas escolas. As pessoas que concordam com o sentido negativo empregado no termo “ideologia de gênero” geralmente temem que, ao falar sobre as questões mencionadas, a escola vá contra os valores da família.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Dentre esses valores está o medo de que o debate menospreze crenças familiares e gere </span>intolerância religiosa<span style="box-sizing: border-box;">, tanto por parte dos professores quanto de outros colegas. Outro medo é que a ideologia de gênero induza crianças a serem homossexuais ou transexuais. Geralmente tais grupos também discordam da teoria que aponta gênero como sendo socialmente construído e acreditam que o sexo biológico define tanto o gênero quanto a sexualidade da pessoa. Consequentemente, entende-se que a heterossexualidade é o “natural”.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">A autora começa o capítulo citando Judith Butler, que em 2017 </span></span><span style="box-sizing: border-box;">veio para o Brasil participar de um evento sobre </span>democracia<span style="box-sizing: border-box;"> e não foi muito bem recebida por alguns cidadãos.</span><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit;"> A filósofa e professora da Universidade da Califórnia Judith Butler </span><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit;">é referência nos estudos de gênero e sexualidade e, por isso, cerca de 320 mil pessoas que são contra a chamada ideologia de gênero assinaram uma </span><span style="font-family: inherit;">petição online</span><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit;"> demonstrando-se desfavoráveis à presença da filósofa no país. Outras centenas de pessoas foram ao aeroporto de Congonhas tanto para hostilizar quando para apoiar a chegada da professora.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">O Núcleo de Etnografia Urbana e Audiovisual (NEU) da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FespSP) realizou uma </span>pesquisa com os grupos que estavam presentes no aeroporto<span style="box-sizing: border-box;">. Um dos levantamentos feitos pelos pesquisadores consistia em perguntar às pessoas que carregavam cartazes com frases “não à ideologia de gênero” e afins o que elas queriam dizer. Algumas das respostas foram:</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit;">“A ideologia de gênero transmite conceitos totalmente contrários à biologia e à ordem natural das coisas.”</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit;">“Eles [defensores da teoria de gênero] querem tirar a autoridade dos pais.”</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit;">“Querem acabar com a família tradicional e passar a ideia de que a homossexualidade é cool [descolada], moderna e que a maioria é homossexual. Isso não é verdade.”</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;">Para a coordenadora do NEU<span style="box-sizing: border-box;">, Isabela Oliveira Pereira da Silva, os opositores à Judith Butler compartilham uma “ideia geral de que ideologia de gênero significa ensinar as crianças a ser gays”. Ela ainda destacou que “não existe uma aula desse tipo. Nunca ninguém fez algo parecido com isso”.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">A filósofa Judith Butler, após sua visita, escreveu um </span>artigo publicado na Folha de S. Paulo<span style="box-sizing: border-box;"> buscando desmentir opiniões populares erradas sobre os estudos da questão de gênero </span><span style="box-sizing: border-box;">–</span><span style="box-sizing: border-box;"> ou ideologia de gênero, como nomeiam os críticos. Além disso, a pensadora expôs a percepção de que “desde o começo, a oposição à [sua] presença no Brasil esteve envolta em fantasia”.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Quanto à </span>desinformação<span style="box-sizing: border-box;"> sobre estudos de gênero </span><span style="box-sizing: border-box;">– que tendem a levar ao mencionado “pânico moral” –, a Profª Drª Maria Eulina Pessoa de Carvalho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPb), </span>busca desmentir algumas dessas visões<span style="box-sizing: border-box;">. A professora ressalta que os </span><span style="box-sizing: border-box;">estudos sobre a questão de gênero não buscam diminuir ou rechaçar religiões e pessoas religiosas</span><span style="box-sizing: border-box;">. Ela destaca que <b>ao reconhecer a diversidade de famílias, não se nega a família tradicional e heterossexual</b>. Carvalho ainda cita a </span>Declaração da Diversidade Cultural da UNESCO<span style="box-sizing: border-box;">, de 2001, para reforçar sua visão que dá importâncias às diversidades e </span>liberdades religiosa<span style="box-sizing: border-box;"> e cultural.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Quanto à implementação dos estudos sobre gênero nas escolas, a professora do Departamento de Ciências Humanas e Educação (DCHE) da UFSCar, Viviane Melo de Mendonça, </span>afirmou que<span style="box-sizing: border-box;">:</span></span></p><blockquote style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(230, 230, 230); border-left: 5px solid rgb(230, 230, 230); border-right-color: rgb(230, 230, 230); border-top-color: rgb(230, 230, 230); box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 20px; padding: 10px 20px;"><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit;">“A educação para a diversidade não é uma doutrinação capaz de converter as pessoas à homossexualidade, como se isso fosse possível. O objetivo é criarmos condições dentro das escolas para que professores e alunos possam aprender e ensinar o convívio com as diferenças que naturalmente existem entre todos.”</span></span></p></blockquote><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">Dessa forma, ao tornar a escola um ambiente aberto à reflexão, com respeito às individualidades e à </span><span style="box-sizing: border-box;">liberdade de expressão</span><span style="box-sizing: border-box;">, seria construída uma educação “que combata discriminação e preconceitos”, principalmente quanto à </span>violência contra a mulher<span style="box-sizing: border-box;"> e </span>LGBTfobia<span style="box-sizing: border-box;">.</span></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.5px; margin: 0px 0px 10px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box;">A autora, Ana Caroline Campagnolo, esbanja discriminação ao citar até a aparência física de Judith Butler, que ela descreve como "</span></span><span style="background-color: transparent;">alguém para quem se olha sem conseguir
enxergar uma mulher, tampouco um homem completo."</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px;"><span style="background-color: transparent; letter-spacing: 0.5px;">Em seguida, ela cita </span><span style="background-color: transparent; letter-spacing: 0.5px;">Monique Witting para reforçar a ideia de um "padrão lésbico" no feminismo. "</span><span style="background-color: transparent;">O único feminismo aceitável é aquele que prevê objetivamente a destruição de qualquer feminino que, para Monique,
não passa de um mito historicamente elaborado. O feminismo
mais efetivo é o mais radical, é o que chamamos de "terceira
onda". Nessa onda, encontramos o lema: o lesbianismo é o único caminho para a liberdade feminista."</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px;"><span style="background-color: transparent;">Avançamos então para a parte "</span><span style="background-color: transparent;">O padrão gay e Alfred Kinsey", em que cita o autor dos livros "</span><span style="background-color: transparent;">O comportamento sexual do macho
humano" e "O comportamento sexual da fêmea humana".<br />"</span><span style="background-color: transparent;">Entre as numerosas conclusões que o autor tira de seus
formulários e pesquisas, encontra-se uma maioria esmagadora dedicada ao homossexualismo. E impossível não notar que
dedica apenas um capítulo do livro às experiências heterossexuais. Afirma que quase 40% dos homens teve, pelo menos,
uma experiência homossexual antes da velhice. Exatamente
metade dos solteiros com até cinquenta anos endossam essa fileira. Dentre os meninos pré-adolescentes, concluiu que 60%
se envolvia em práticas homossexuais. De impressões desses
dados, Kinsey construiu uma Escala da Homossexualidade, intentando demolir o padrão binário - acima se apontou que
essa pretensão foi repetida por Witting, Butler, etc. - demonstrando que convém classificarmos as relações e não as pessoas
como heterossexuais ou homossexuais."</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px;">Kinsey afirmava: "Falando em termos biológicos, não existe,
na minha opinião, nenhuma relação sexual que eu considere
anormal[...] O problema é que a sociedade está condicionada
por normas tradicionais para fazer crer que a atividade
heterossexual dentro do casamento é a única correta e sã
entre as expressões sexuais [...] Levar a cabo qualquer tipo
de atividade sexual é libertar-se do condicionamento cultural
que a sociedade impõe, e que leva a fazer distinções entre o
que é bem ou mal, entre o lícito e o ilícito, entre o normal
e o anormal, entre o aceitável e o inaceitável na nossa
sociedade".</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px;">Ele se dedicou em tirar a homossexualidade do catálogo patológico e afrouxar as leis e punições relacionadas aos crimes sexuais, e leis contra alguns
desvios sexuais começaram a ser repensadas.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px;">A autora em seguida passa a discursar sobre o aumento de "movimentos pró-pedofilia" no mundo.<br />Depois de muito blablabla e contar a história do caso de <a href="https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/11/101123_gemeos_mudanca_sexo" target="_blank">John Money</a> o quarto capítulo acaba.</p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-47135258887340592832021-05-08T22:26:00.001-03:002021-05-09T16:20:55.760-03:00Feminismo: perversão e subversão – parte III<p><span style="font-family: inherit;">O terceiro capítulo, "Reprodução feminina do vício masculino" trata da segunda onda feminista, começando na década de 1960, a segunda fase é contemporânea dos anos rebeldes e da construção do muro
de Berlim. <br />Aqui ela traz um histórico da vida de Margaret Sanger. <span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; white-space: pre-wrap;">Enfermeira e educadora, Margaret Sanger abriu, em 1916, a primeira clínica de controle de natalidade nos Estados Unidos, o que era ilegal na época. Sua prisão e condenação levaram a uma decisão judicial segundo a qual os médicos poderiam prescrever contraceptivos para mulheres por razões médicas. Em 1923, Sanger abriu uma nova clínica com equipe médica, que acabou se tornando a Federação de Planejamento Familiar da América (Planned Parenthood). </span></span><span style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; white-space: pre-wrap;">O lado sombrio são suas opiniões sobre a eugenia, uma crença em melhorar a raça humana por meio de procriação seletiva. As práticas da eugenia visavam pessoas com deficiência, pessoas de cor e pessoas pobres. Sanger morreu em 1966.</span></p><p><span style="white-space: pre-wrap;">A autora segue citando a história de </span>Norma Leah McCorvey Nelson, chamada de Jane Roe na ação
judicial movida por suas advogadas pelo direito a um aborto legal.<br /><br />A autora segue então na parte "Promiscuidade e irresponsabilidade sexual", onde diz: "A segunda onda do movimento só faz mais evidente
o papel fundamental da liberação sexual no discurso feminista.
A fase é marcada pelo desejo de algumas mulheres ocidentais de
reproduzir os defeitos sexuais que sempre foram, no imaginário
social, atribuídos aos homens: promiscuidade, desapego e irresponsabilidade com relação aos filhos. Se há um símbolo para
a segunda fase do movimento é precisamente a inveja do vício."<br />Ana Caroline também cita o russo
Pitirim Sorokin que publicou um relatório sobre os efeitos
do pensamento feminista de liberação sexual. Foi uma fase em
que "as feministas condenavam a estrutura social da América
como opressiva e lutavam por uma nova visão de mundo, uma
que não envolvesse Deus ou regras societárias".<br />São citadas umas poucas autoras que "defendiam a promiscuidade" e uma vida sexual desregrada, como se isso fosse uma lei máxima do feminismo, e traz alguns dados sobre o número de casais com filhos, de separações e divórcios e do número de mães solo, como se fosse apenas resultado da "revolução sexual". </p><p>Continuando, a autora aborda a obra de Simone de Beauvoir. "Considero que a obra inaugural da Segunda Onda feminista foi
o livro da francesa Beauvoir publicado em 1949: O segundo
sexo".<br />"Nenhum destino biológico, físico, econômico, define a
figura da fêmea humana que se reveste no seio da sociedade:
é a civilização como um todo que elabora esse produto
intermediário entre o macho e o castrado, que qualificamos
de feminino." (Simone de Beauvoir, O segundo sexo, São Paulo: Difusão Européia do Livro,
l970)</p><p>Depois, Ana Caroline fala um pouco sobre uma suposta "feminização da sociedade" e mudança da figura masculina, que não é mais tão "viril".</p><p>Continuando, vemos uma contradição na parte "A falsa promessa de satisfação", pois mesmo lendo tantas vezes neste livro que o feminismo incentiva "libertinagem sexual", vemos dados de que na verdade os jovens tem feito menos sexo.<br />"Em um dos estudos, a Dra. Jean Twenge, professora e
pesquisadora da San Diego State University, descobriu que os
<i>millennials</i> relatam ter menos parceiros sexuais que a Geração
X e mesmo os <i>baby boomers</i> na idade deles. E um relatório
de 2015 do Center For Disease Control descobriu que menos
pessoas de 15 a 19 anos relatam ter experimentado coito se
comparadas às gerações anteriores. O declínio é significativo
nos dois gêneros, mas particularmente entre os homens [...]
Ao mesmo tempo, há muita pressão sobre os jovens de hoje.
Entre as expectativas criadas pelo pornô e o escrutínio
constante de suas vidas sexuais por pesquisadores e pela
mídia, o pessoal de 20 e poucos anos se tornou consciente
num mundo de análise constante."</p><p>Em seguida, em "Betty Friedan, matrimônio e maternidade", é citado o livro "A mística feminina", publicado por
Friedan.<br />"Um trecho da obra da jornalista Peggy Orenstein resume com objetividade qual a importância da participação da
ex-dona-de-casa e ativista feminista Betty Friedan no que foi a
Segunda Onda feminista: "Em 1959, o aborto ainda era crime. As mulheres que não
eram casadas não podiam obter métodos contraceptivos
legalmente, e os farmacêuticos [...] se recusavam a vender
camisinhas para homens que eles achavam que fossem
solteiros. [...] A introdução da pílula anticoncepcional, em
1960, foi o primeiro tiro da revolução sexual. Três anos
depois, veio a publicação da Mística feminina, que lançou
a nova onda feminista. Uma década mais tarde, a Suprema
Corte garantiu o direito da mulher ao aborto. Como o sexo se
viu livre da reprodução, a ideia de "esperar até o casamento"
ou mesmo até a vida adulta, ficou cada vez mais obsoleta.
Entre 1965 e 1980, a porcentagem de garotas de dezesseis
anos que haviam tido relação sexual dobrou."</p><p>A autora cita algumas autoras que condenavam e viam como infeliz a tarefa de ser mãe e dona de casa.<br />Em "A quem importa casar-se?" temos mais desse pensamento. "Famílias bem estruturadas e casamentos afinados têm garantido
uma infância mais saudável para os pequenos e uma vida social
menos turbulenta para os adultos. Pesquisas têm demonstrado
a estrita ligação entre a organicidade familiar e a qualidade de
vida. Da mesma forma, a relação entre a criminalidade e o desajuste familiar."</p><p>Aqui a autora chega a argumentar como é uma desvantagem para o homem estar numa relação monogâmica. "Mas o sacrifício da exclusividade também é verdade quanto
aos homens: <b>eles passam a ter sua vida sexual restrita e ainda
pagam por essa condição tendo que sustentar mulher e filhos</b>.
À parte o que é moral ou imoral, é fato que o custo de uma
relação sexual furtiva é muito menor para um homem do que para uma mulher."<br />E continua: "Eles poderiam estar saindo todo
dia com uma mulher diferente, mas pelo contrário, <b>continuam
com a mesma mulher e, incrivelmente, sustentam essa mulher
até depois da menopausa ou quando a relação sexual entre os
dois não acontece mais</b>. É, portanto, certo que a restrição sexual imposta pelo casamento aos homens e mulheres tem um peso
biológico/fisiológico diferente para cada um deles."</p><p>A seguir, ela explica a "desvantagem econômica" dos homens. "Se o foco for econômico, contudo, não restam dúvidas de
que o homem tem muito mais a perder. Mesmo nas improváveis comunidades onde o feminino é cultuado como superior,
as mulheres nunca foram obrigadas a sustentar ou proteger
seus parceiros sexuais como os homens têm sido, em milênios
de patriarcado, obrigados a fazer com relação às esposas. Nas
escassas descrições de povoados matriarcais, as mulheres
conseguiam que os homens trabalhassem provendo comida e segurança porque elas eram consideradas superiores e conseguiam coagi-los - ora culturalmente, ora religiosamente. Nas
sociedades patriarcais, as mulheres também conseguem que os
homens trabalhem muito mais, protejam-nas e sustentem-nas
sob o argumento da fragilidade ou inferioridade feminina."</p><p>"O que o
movimento feminista conseguiu foi liberar os homens do dever
social de sustentar as mulheres e retirar delas o direito de não
trabalhar, podendo viver do sustento do marido." <br />É, no mínimo, difícil se deparar com um raciocínio desses. É completamente ignorado que antigamente os casamentos não aconteciam apenas por amor e escolha do casal. Era arranjado, como uma forma de união de famílias, mantendo a mesma linhagem, mantendo os bens etc. É praticamente um discurso de "o homem tem que sustentar a esposa a vida inteira, ela não tem do que reclamar."</p><p>"Quanto mais bem remuneradas as mulheres são, menos vontade elas têm de se casarem. Um levantamento de 1982
sobre 3 mil solteiras descobriu que mulheres ganhando
altos salários demonstram o desejo de continuar solteira"
quase duas vezes mais do que as mulheres com baixa renda.
"Quanto mais independentes as mulheres se tornam, mais
desinteressante torna-se para elas o casamento", explicava Charles Westoff, demógrafo de Princeton, em um artigo do
Wall Street Journal."</p><p>"Resta demonstrado que a implicância feminista com o casamento <b>só</b> começou quando ficou mais fácil arrumar um trabalho remunerado de <u>pouco ou moderado esforço</u> fora de casa. Enquanto houve barbárie, fome e todo tipo de dificuldade, as mulheres queriam casar tão logo pudessem e não costumavam invejar a condição masculina."<br />O pior é pensar em quantas pessoas acabam defendendo esse pensamento idiota.</p><p>Os absurdos seguem na parte em que se fala sobre Divórcio. "Mesmo com abandono, com marido adúltero, com mulher
rameira, com agressão ou desamor, indiferença ou violência,
<u>o divórcio é um escape, jamais uma saída triunfal</u>. Quem se
divorcia por adultério - por não conseguir mais olhar para o
traidor - está feliz? Sente-se vitorioso? Considera esse divórcio uma conquista? Duvido muito. A mulher que abandona o
marido para fugir com um caminhoneiro deixa-o feliz pelo divórcio? A mulher que precisa se divorciar a fim de parar de
apanhar do brutamontes com quem se casou acha isso a maior
conquista da sua vida? Não."</p><p>E conclui com este parágrafo: "O pesquisador russo Pitirim Sorokin também apontava para
dados nesse sentido. Para ele, a crescente desintegração dos casamentos, a desistência fácil de qualquer desafio matrimonial,
é resultado de uma cultura de jovens e adultos que exigem um alto padrão de vida para se sentirem satisfeitos. Ele soma "ao
egoísmo inflado, incapaz de suportar os defeitos do companheiro, a uma carência de genuíno amor que tudo dá e perdoa".</p><p>O capítulo termina com mais falas sobre como o feminismo é destruidor da família, do capitalismo e da heterossexualidade. É um pouco entediante.</p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-32601786681874385652021-05-08T18:40:00.001-03:002021-05-08T18:41:00.713-03:00Feminismo: perversão e subversão – parte II<p><span style="font-family: inherit;">O segundo capítulo, "Inserção da mulher no universo masculino" fala sobre a Primeira Onda
feminista, marcada pelo ano de 1848. O parlamentar liberal
e escritor Stuart Mill assim resumiu grande parte das querelas
das mulheres de sua época:
"A reivindicação das mulheres em serem uniformemente educadas como os homens, nos mesmos ramos de conhecimentos, está crescendo intensamente e com grande perspectiva
de sucesso, enquanto a exigência por sua aceitação em profissões e ocupações até aqui negadas a elas fica mais urgente
a cada ano [ ... ] embora não existam neste país [Inglaterra], como existem nos Estados Unidos, convenções periódicas e um partido organizado para promover os direitos
das mulheres, existem várias sociedades ativas organizadas
e gerenciadas por mulheres, a fim de obter o direito ao voto. O mesmo está acontecendo na França, Itália, Suíça
e Rússia."</span></p><p>Durante a primeira onda, as
mulheres tiveram o direito ao voto reconhecido e começaram a
atuar gradualmente em empregos fora do lar. Em "Dinheiro, propriedade e herança", Ana Caroline defende como os homens tinham que sustentar as mulheres e a família com o que recebiam de herança, pois os bens e herança eram passados apenas aos filhos homens. <br />"É preciso
reconhecer, contudo, que mesmo sem acesso direto à herança,
as mulheres eram assistidas por algum homem da família que
dispusesse desses bens. Com esses bens, sustentavam eles mulheres e filhos; então, de alguma forma, pode-se dizer que <b>havia
sempre mulheres vivendo às custas dos homens</b>."</p><p>A seguir, na parte "A mulher nos universos masculinos de exploração
(mercado de trabalho) e repressão (poder estatal)", Ana disserta que as mulheres foram inseridas no mercado de
trabalho por uma transformação social sem premeditação, e não
por uma luta organizada de um movimento. Nos empregos
pesados e perigosos, as mulheres foram introduzidas pela fome,
pela necessidade ou pela guerra.<br />Isso é novidade para alguém? O trabalho sempre foi uma necessidade social, é mais que natural que mulheres também passassem a ocupar estes espaços, e a reivindicarem condições justas e menos precárias no ambiente de trabalho.</p><p>Passamos para a parte "Inauguração do Women's Movement nos EUA (1848)", onde a autora fala sobre a questão do sufrágio e as lutas por igualdade civil. A partir da década de 1830, levantaram-se vários movimentos reformistas e antiescravagistas que acenderam o interesse e a
participação política de <b>muitas</b> mulheres na Europa e nas Américas.<br />Ana aqui relata que uma reunião pelos direitos que aconteceu em 19 e 20 de julho de 1848,
em Seneca Falis, Nova York, nos Estados Unidos foi em uma igreja, pois outros locais seriam pouco receptivos. <br />"E se, hoje, os movimentos feministas se ouriçam em achincalhar o cristianismo,
certamente não o faziam quando viam nele o único terreno possível para as suas queixas. Em 1890, o movimento de mulheres
chegou a integrar oficialmente a Associação de Temperança das
Mulheres Cristãs (WCTU)."</p><p>Em "Direito ao voto" vemos que a maioria
das pesquisadoras do assunto apontam para os acontecimentos
de meados do séc. XIX como fundadores do feminismo, começando pela Convenção de Mulheres de 1848. "Os historiadores geralmente apontam essa convenção do
século XIX como a semente para o movimento feminista.
Ela é considerada o ponto de partida da primeira onda do
feminismo, também conhecida como movimento sufragista
ou campanha para obter o direito ao voto das mulheres."<br />Aqui a autora cita que existia um grande movimento de mulheres contra o sufrágio e que o
direito ao voto foi mais uma concessão que uma conquista - e
uma concessão que só pôde acontecer porque o voto feminino
se tornara um assunto irrelevante para a política. <br />"Em seu livro <i>A Dangerous Class</i>, Betty Stevens conta a
história de vendedores de cerveja que temiam que as mulheres
votassem pela proibição do álcool. Eles foram e avisaram os
maridos das sufragistas para que tirassem suas esposas da
campanha antes que os maridos perdessem seus empregos.", vejam só.<br />Ana Caroline chega a citar que em todo o Ocidente, <u>o direito à cidadania plena através do voto estava interligado ao dever de servir ao Estado estando à disposição do exército</u>. "Os homens sempre estiveram facilmente adaptados à
ideia de servir ao país durante as guerras, mas não se pode dizer o mesmo das mulheres." Será mesmo que todo homem sempre esteve facilmente adaptado a servir ao país durante as guerras? Ou ia por imposição, pressão, medo de retaliações, vergonha das outras pessoas?<br />Por este raciocínio, a autora conclui que o direito ao voto não foi uma conquista ou direito das mulheres, mas um privilégio. "Ao receberem o direito ao voto sem a obrigação de alistamento, as mulheres não conquistaram direitos iguais, mas sim
"direitos desiguais", o que também podemos chamar de "privilégio"."<br /><i>Ana Caroline é um verdadeiro gênio. (ironia)</i></p><p>Passamos para "Kollontai e o feminismo socialista", onde a autora mostra uma relação entre conceitos socialistas e o feminismo, citando Alexandra
Kollontai (1872-1952), uma bolchevique que participou diretamente da Revolução
Russa em 1917 e era próxima do líder da revolução, Lênin. Em seu livro "A família e o comunismo", ela demonstrou estar
convencida de que as mulheres só estariam realmente livres dos
maridos quando passassem a depender inteiramente do Estado.</p><p>Em "Trabalhar: privilégio ou necessidade?" há uma citação assim: "Partindo da premissa de que o trabalho nunca foi considerado um direito ou privilégio, convém investigar como homens
e mulheres estavam inseridos no mundo do trabalho, ou seja,
no mundo do sofrimento. No início da civilização humana, a
fraqueza feminina era ainda mais desesperadora do que é hoje. Praticamente sem nenhuma tecnologia, munidos apenas de pedaços de pau e pedras afiadas, os seres humanos precisavam
comer, aquecer-se e sobreviver aos ataques de feras selvagens. Os homens dominavam as mulheres porque sempre foram fisicamente mais fortes e ágeis. <b>Valendo-se de sua condição superior, os homens poderiam atirar crianças e mulheres para as garras dos carnívoros famintos. Ou, se quisessem preservar a espécie humana, atirar somente as mulheres que já amamentaram algumas crias e podiam ser dispensadas. Pelo contrário, os
homens enfrentavam as feras e mantinham as fêmeas seguras
em alguma caverna com fogo e alimento.</b>"<br /><i>BRAVOOOOOO, BRAVOOOO!</i> </p><p>Nós devemos tudo as homens, afinal, como Ana Caroline diz neste trecho, "se <i>[as mulheres]</i> viviam um pouco além da expectativa é porque eram
ativamente protegidas e porque os homens trabalhavam mais e
em lugar delas."<br />Ela diz até mesmo que as escravas "No geral, eram menos castigadas e menos exploradas justamente por serem mulheres."<br />É hilário este trecho onde a autora cita a Idade Média em que os homens "Quando voltavam
vivos das batalhas, tinham tempo para declamar poemas que
as virtudes femininas inspiravam."</p><p>Passando para a parte "Desigualdade no mercado de trabalho" e em "Reclamando de barriga cheia", a autora resumidamente argumenta que o movimento feminista se espalha e conquista integrantes apenas através de discursos cheios de reclamação, para fazerem as mulheres terem pena de si mesmas...<br />"As mulheres alcançaram em pouquíssimas décadas as facilidades trabalhistas que os homens levaram séculos ou milênios
para conquistar no Ocidente. Quando as mulheres chegaram ao
tão sonhado "mercado de trabalho", ele já era um mercado de
trabalho e não mais de escravos. Os primeiros empregos que
as mulheres dos anos 1920 conseguiram eram infinitamente
mais dignos e seguros do que as atividades a que a maioria
dos homens estiveram sujeitos por milênios. Enquanto os homens trabalhavam como cavalos por mínimas condições de
sobrevivência deles e de suas famílias, nenhum coletivo de mulheres desejava tomar-lhes o lugar. Os homens melhoraram as
condições de trabalho de tal maneira que as mulheres começaram a querer fazer parte dele." <i>Novamente, uma salva de palmas para os homens heróis, guerreiros.</i></p><p>E continua, "Em 1950, 80% dos homens fazia parte da
população economicamente ativa. Esse número caiu para 67% na última década. Além disso, <b>com menos esforço e um histórico menos aguerrido</b>, as mulheres alcançaram rapidamente
todas as vantagens trabalhistas pelas quais os homens lutaram."</p><p>Vemos mais absurdos neste trecho: "Ou seja, existe uma explicação para a disparidade na presença de homens e mulheres entre os altos cargos. Estatisticamente,
a maioria das mulheres <b>não leva a vida exigida</b> para se chegar
aos cargos mais bem remunerados ou de maior influência. Além
disso, as mulheres costumam dedicar menos tempo que os homens para atividades produtivas e remuneradas, e muitas vezes
o fazem por opção."</p><p>"O bem-estar da família
e a complementaridade de papéis", trata basicamente de relacionamento e pressupõe que "em um casamento harmônico e feliz, deixar o lar para ingressar no mundo
profissional pode não ser a escolha mais inteligente".<br />A autora cita um artigo do diretor-executivo da revista Forbes,
Michael Noer, sobre os riscos de entrar em um casamento com uma mulher carreirista. Noer
admitia que mães e esposas que trabalham podem ser muito
felizes no casamento, mas ressaltava que, segundo pesquisas,
elas têm menos chance de que isso aconteça do que mulheres
que não trabalham fora de casa. Isso, consequentemente, significa que a chance de divórcio aumenta se você for um homem casado com alguma dessas mulheres.<br />"Ele escreveu:
Uma palavra de conselho. Casem-se com mulheres bonitas
ou feias. Baixas ou altas. Loiras ou morenas. Apenas, faça
o que fizer, não se case com uma mulher carreirista [ ... ] embora todos saibam que o casamento pode ser estressante,
estudos recentes descobriram que <u>mulheres profissionais são
mais propensas a se divorciar, mais propensas a trair, menos
propensas a ter filhos e, se têm filhos, são mais propensas a
ficarem infelizes com isso</u>. Um estudo recente no Social Forces,
uma revista de pesquisa, descobriu que as mulheres - mesmo
aquelas com uma perspectiva "feminista" - são mais felizes
quando o marido é o principal provedor da família."<br />Acredito que devemos acrescentar então para os homens não se casarem também com atletas, pois passarão muitas horas treinando, viajando para campeonatos etc. Não se casem com mulheres acadêmicas, pois ficarão muitas horas estudando, lendo, escrevendo suas teses, assistindo e dando aulas e tudo o mais, enfim, só se case com uma mulher que se dedique apenas ao casamento e ao lar, pelo bem da felicidade de vocês. Acho que a autora, Ana Caroline Campagnolo concordará com esse acréscimo.<br />"Noer citou estatísticas preocupantes: as casas dos casais
onde ambos são carreiristas são mais sujas (Instituto de Pesquisa
Social), as mulheres carreiristas tendem a ficar infelizes se precisarem deixar tudo para cuidar dos filhos Journal of Marriage
and Family, 2003) ou mesmo se ganharem salários maiores que
o do cônjuge (Social Force, 2006). Os maridos dessas mulheres,
por sua vez, também ficam mais infelizes com a inferioridade
de seus salários Journal of Marriage and Family, 2001) e ficam
mais propensos a adoecer (American Journal of Sociology)."</p><p>Em seguida, na parte "Casa privada versus casa pública", a autora cita Chesterton para mostrar a importância da dedicação à vida no lar em família. "Quando as pessoas começam a falar dessa função doméstica
não mais como algo somente difícil, mas atribuem-lhe os
rótulos "trivial" e "monótona", então eu simplesmente
desisto de discutir. Pois por mais que empenhe toda energia da
imaginação, não consigo entender [...] como é que ensinar a
regra de três para as crianças dos outros pode ser uma grande
e ampla profissão e ensinar suas próprias crianças a respeito
do universo [sobre tudo que existe], uma profissão restrita?
Como é que ser a mesma coisa [professora] para todos pode ser
grandioso, e ser tudo [mãe, professora, cozinheira, enfermeira,
etc.] para alguém, algo limitado? Não pode ser. A função de
uma mulher é trabalhosa, mas porque tem uma amplitude
colossal e não porque tenha um alcance diminuto." (G.K. Chesrerton, O que há de errado com o mundo. Campinas: Ecclesiae, 2013)</p><p>Temos mais um parágrafo chocante com o trecho: "Julgando a superioridade física masculina atestada em milênios, é de admirar que os homens não tenham feito na vida real o que as lendárias amazonas só puderam fazer na mitologia. Eles poderiam ter escravizado as mulheres nos trabalhos mais indignos e vazios de sentido, poderiam ter enchido o mundo de fábricas análogas às de alfinete. Do contrário, historicamente, observando a fraqueza e as dificuldadcs femininas, os homens buscaram abrandar a angústia
das mulheres. Percebendo que as mulheres tinham um domínio
(principalmente físico) limitado sobre a vastidão do mundo, os
homens lhes criaram um mundo menor onde tudo está ao seu
alcance e a sua disposição: o lar. Não se exige grande força física nem longas corridas para trabalhar em casa. Os filhos exigem muito, mas geralmente não são mais perigosos do que
uma mina de carvão ou uma fábrica de pneus. O lar sempre foi
o lugar onde as mulheres imperam, mandam e controlam com facilidade e mais destreza do que os homens."<br /><i>QUE LINDOOOOOOOOOOOO!!</i><br />Me pergunto então porque a autora não segue o que é defendido aqui, já que ela é deputada estadual de Santa Catarina. É casada e tem uma filha, não é hora então de se dedicar totalmente a isso? Ou vai disputar a reeleição?</p><p>A autora conclui aqui o capítulo, confira um trecho: "Diferentemente do que se supõe, demonstrei que as mulheres sempre trabalharam menos do que os homens e mesmo assim conseguiram sobreviver e prosperar. Demonstrei que as mulheres, ao longo da história, receberam dos homens casa, comida,
alimentação e inúmeros favores. Amiúde, mecanismos sociais foram criados para fazer com que os homens sustentassem e
protegessem as mulheres e o fizessem com senso de dever. Apresentei dados que revelam que até mesmo as conquistas políticas
foram concessões masculinas, especialmente no tocante ao sufrágio universal." <br />Mais<i> blablabla</i>.</p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-43775313158734571112021-05-07T19:26:00.003-03:002021-05-08T18:45:23.041-03:00Feminismo: perversão e subversão – Ana Caroline Campagnolo<p><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Neste livro, Ana Caroline Campagnolo traz um histórico e </span></span><span style="background-color: white; font-family: inherit;">informações sobre o movimento feminista, resultado de sua pesquisa no assunto, entretanto, apesar da densidade que o tema pede, a leitura é clara e objetiva. A autora tem uma abordagem ofensiva, no sentido de atacar o movimento, mas com pouco esforço é possível perceber que, as informações trazidas para refutar e condenar o feminismo são fracas e nada convincentes.</span></p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Campagnolo faz a linha do tempo do feminismo mostrando as diferentes ondas do movimento em ordem cronológica. No início do movimento, o protofeminismo destacando Mary Wollstonecraft com o documento fundador do feminismo no ano de 1792 com a obra “Reinvindicação dos direitos das mulheres”. </span>Teóricos do
assunto tendem a colocá-la como divisora de águas entre as
feministas e as protofeministas e, por isso, foi escolhida como
marco inicial dessa primeira etapa histórica indispensável para
compreender a trajetória desse movimento.<span style="font-family: inherit;"><br />A autora traz na parte "</span><span style="background-color: transparent;">Contestação moral-religiosa e educação pública:
germes do feminismo" que </span><span style="background-color: transparent;">a preocupação principal de Mary dizia respeito à restrição da educação formal feminina. O raciocínio da autora é de que "</span><span style="background-color: transparent;">Diferentemente destas (as feministas), aquela (Mary Wollstonecraft) não
desprezava - ao menos teoricamente - as virtudes cristãs da
castidade, da modéstia e da temperança", como que dizendo que no início, esta "primeira autora feminista" não defendia a libertinagem e a promiscuidade, como muitos acreditam que o feminismo faz.</span></p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">Em seguida, em "O perfil das mulheres do Setecentos:
privilegiadas, não oprimidas", ela traz alguns escritos que defendem que as mulheres sempre foram poupadas e privilegiadas de viverem, trabalharem em ambientes hostis, violentos, brutos. "Todos os períodos históricos narrados demonstram
a tese do autor de que, quando existe um equilíbrio demográfico ou uma proporção normal, a numérica existência feminina é "<b>resultado de os homens proporcionarem às mulheres as amenidades da vida civilizada</b>". Até porque, em condições mais bárbaras,
as mulheres acabam morrendo primeiro. Se elas vivem mais hoje
é porque muita facilidade foi erguida sobre os ombros de escavadores, mineradores e construtores homens."<br />Como se o fato de os homens serem maioria nessas funções fosse apenas pelo motivo de privilegiar e proteger as mulheres. Sério, é esse o nível de raciocínio neste livro.</p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">Ainda nesta parte, a autora cita a "queixa" de Mary Wotlstonecraft de que a vida das mulheres (aqui nobres e burguesas) tinham uma vida muito fácil, monótona, entediante. "Muitas mulheres proletárias, que trabalham dura
e incansavelmente, desejariam ter a vida da mulher burguesa,
sustentada pelo marido e cercada de confortos e poucas responsabilidades. Já as mulheres burguesas tiram de algum lugar a
sensação de que deveriam fazer de suas vidas algo mais produtivo, ingressando no mercado de trabalho - obviamente, não
no mesmo trabalho das mulheres proletárias." <br />Ela conclui dizendo que para Mary, "a questão central é: os homens estão mimando tanto essas mulheres que elas não têm
interesse nenhum pelos filósofos iluministas ou pelo exercício da razão, tornaram-se fúteis e até amantes andam por arrumar.
Basicamente, o grito da suposta primeira feminista foi: "É muita
moleza pra essas dondocas!", querendo dizer que a vida dessas mulheres casadas (nobres e burguesas, vamos lembrar) era uma maravilha, pois seus maridos davam do bom e do melhor.</p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">A seguir, em "</span><span style="background-color: transparent;">Combate à libertinagem sexual e elogio à modéstia", apenas se trata de Mary ser uma defensora do casamento monogâmico como o mais vantajoso para a situação da mulher como mãe e companheira de um homem. Ainda insistindo no discurso de que as feministas</span><span style="background-color: transparent;"> incentivam a vida sexual desregrada e
relacionam os conceitos de liberdade e independência com a
promiscuidade e a satisfação dos instintos.</span></p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: transparent;">Em "</span><span style="background-color: transparent;">O papel essencial da mulher é ser mãe", Ana mostra que "</span><span style="background-color: transparent;">Wollstonecraft jamais negou o dever feminino para com a
prole (nem o dever masculino, com a ressalva de que diferiam
em forma e função)."<br />"</span><span style="background-color: transparent;">Mary Wollstonecraft, por sua vez, não percebe os afazeres
domésticos como sinal de inferioridade nem considera a esposa
e mãe inferior à mulher intelectual; pelo contrário, condena as
mulheres que cumprem seus deveres <i>naturais</i> com desleixo."<br />Essa parte termina com a autora dizendo que, o</span><span style="background-color: transparent;"> que quase na totalidade das casos conduziu as feministas mais afamadas a perderem todas as esperanças acerca da família foi a experiência
pontual de suas casas esvaziadas de amor e entupidas de violência, "como é o caso bem conhecido de Virgínia Woolf,
Betty Friedan e Gloria Steinem." </span></p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: transparent;">A seguir, a parte "</span><span style="background-color: transparent;">A educação pública como instrumento
de transformação social" mostra que </span><span style="background-color: transparent;">Wollstonecraft defendia a "escolarização
universal" e a escola como meio de reengenharia social. "</span><span style="background-color: transparent;">Acreditavam que a ciência, a liberdade política e a democratização do ensino poderiam resolver os
problemas sociais e encaminhar a humanidade para uma era
harmônica e mais feliz."<br />Mas, para Ana Caroline, p</span>elo contrário, quanto mais se expandiu o acesso à instrução formal, mais as mulheres (e homens) se tornaram libertinas. imorais, pouco virtuosos e abortistas. "Esse conjunto de imoralidades que a mulher de hoje coleciona é exatamente o oposto do que Wollstonecraft defendia e esperava como consequência da universalização do ensino."<br /><br />A melhor parte é em "A fraude da educação mista igualitária", onde Ana Caroline diz que "a educação pública e mista como a conhecemos jamais cumpriu suas promessas de progresso e igualdade. Estudar mais ou estudar com os meninos não mudou a essência feminina quanto às preferências de trabalho e pesquisa." <br />Como argumentos, Ana Caroline começa na Antiguidade. "A instrução pública obrigatória era realidade em Esparta, por exemplo, e lá a finalidade era militar e o método, violento. Frequentar uma escola pode ser muito atrativo às meninas de hoje, mas não o era quando os mestres podiam punir fisicamente os alunos, humilhá-los com naturalidade ou incluir "fome e frio no currículo. Nesses tempos de sombria educação, as meninas eram, na pior das hipóteses, privilegiadas e, na melhor delas, totalmente poupadas." <br />Ela continua dizendo: "Com a inserção feminina nos centros educacionais foi que os ambientes se tornaram
mais amenos. Justamente por causa das moças é que as coisas
tendem a se tornar mais tranquilas: para não causar muitos
traumas. Essa é uma condição de indiscutível privilégio."<br />Veja, de novo, o nível de raciocício de Ana Caroline: "Outrols exemplos deixam o cenário mais claro: durante muito tempo, a passagem das moças pelos cursos de ciências e matemática foi facilitada na América do Norte. Quando, finalmente, no início do século XX, os centros de ensino resolveram igualar
o grau de dificuldade independente do sexo - igualdade é isso,
não é? - as moças começaram a abandonar esses cursos. Uma tabela comparativa apresentada pelos pesquisadores Tyack e
Hansot em uma investigação sobre a educação nas escolas
públicas americanas demonstraram que, em 1916, os homens
voltaram a ser maioria na área em questão: eles eram 93% dos
formados em cursos científicos (p.ex.: exatas). Em 1928, menos
de 1% das mulheres escolhia esse mesmo curso."<br />Como se o motivo desses números fosse APENAS de que as mulheres acham essas áreas difíceis e não se interessam! Sério?!</p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">"As mulheres escolhem humanidades e ciências sociais porque essas áreas são, em princípio, consideradas fáceis. Conforme a dificuldade aumenta, com freqüência elas desistem, se não durante o curso, mais tarde ao tentar prosseguir na vida acadêmica. As restantes tendem a entrar em guetos femininos, como faculdades comunitárias, estudos de gênero e outros departamentos em que as mulheres são maioria entre os funcionários e os alunos [ ... ]. A <u><b>incapacidade ou a falta de disposição das mulheres de competir com os homens</b></u> pode explicar por que, mesmo nas cinco faculdades norte americanas totalmente femininas, a maioria dos professores é do sexo masculino."</p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">O <i>blábláblá</i> continua: "é preciso reconhecer os fatos que sinalizam as diferenças de tendência e preferência entre homens e mulheres também no campo educacional. E igualmente indispensável admitir que as meninas jamais foram submetidas à mesma rigidez educacional dos rapazes especificamente porque eram protegidas e privilegiadas e não "oprimidas"."<br />E Ana Caroline termina esta parte com alguns dados defendendo escolas <i>single-sex</i>, exclusivas para meninos ou exclusivas para meninas, ou que tem turmas separadas por sexo. E ela ainda induz que as mulheres se vitimizam quando são minoria em algum curso ou área do conhecimento e se vangloriam quando estão com alguma vantagem. </p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">O primeiro capítulo continua com a parte "Os interesses e o comportamento
distinto dos sexos são consequências da educação: raízes da ideologia de gênero". Em resumo, aqui Ana Caroline quer mostrar as tendências naturais das mulheres.<br />"Mary não suportava a futilidade feminina. Ela acreditava que se houvesse drástica mudança no que se exige das mulheres no plano educacional, então, poderíamos saber com clareza quais são as tendências naturais da mulher e quais lhes são impostas.<br />Essa hipótese foi desbancada. Com o advento do séc. XXI, o que podemos notar é que, depois de tantas revoluções sociais, depois de tantos direitos conquistados e de tanto pareamento educacional e legal, as mulheres continuam investindo no que Mary chamava de "perda de tempo".<br />Aqui, Ana Caroline traz dados sobre o quanto as mulheres gastam com produtos de beleza, cabelereiro roupas, calçados etc, o quanto o número de cirurgias plásticas cresceu muito nos últimos anos, como se o motivo fosse APENAS o gosto das mulheres por essas coisas.<br />É completamente ignorado o número de propagandas, campanhas publicitárias que levam em conta um padrão estético inatingível e a pressão para as mulheres estarem dentro de uma imagem exigida pela sociedade, que deve estar sempre arrumada, com determinadas roupas, maquiagem, unhas feitas, um corpo "em forma".</p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 1em; text-size-adjust: 100%; vertical-align: baseline;">Aqui se encerra o primeiro capítulo. Depois continuo o post comentando o conteúdo dos próximos capítulos.<br /><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifWpn10_vwZTW7Qmus8AHLhpo4Twm08eoEESbamJ-upvHTZYAqZ1VKLOkkvGgx6E2mTpcwtbtKU-tZFxl8l8x-6OA-VqFZxdm9uJ_ER4ef-mx0ytKJf_TI5WoKtSI0WC_g8SP6cJy7ZwE/s500/D_NQ_NP_807447-MLB44232691347_122020-O.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifWpn10_vwZTW7Qmus8AHLhpo4Twm08eoEESbamJ-upvHTZYAqZ1VKLOkkvGgx6E2mTpcwtbtKU-tZFxl8l8x-6OA-VqFZxdm9uJ_ER4ef-mx0ytKJf_TI5WoKtSI0WC_g8SP6cJy7ZwE/s320/D_NQ_NP_807447-MLB44232691347_122020-O.jpg" /></a></div><br />meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-90288130595234737922020-12-07T19:57:00.001-03:002020-12-07T19:57:42.419-03:00COMO FORAM AS ELEIÇÕES NA VENEZUELA?<p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">O fio sobre o que a grande imprensa nunca vai noticiar a respeito do nosso país vizinho
-por <a href="https://twitter.com/thiagoavilabr" target="_blank">Thiago Ávila</a></span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Nesse domingo aconteceu a 26ª eleição desde a primeira vitória de Hugo Chávez em 1998. A Venezuela foi o país das Américas que mais realizou eleições, referendos revogatórios de mandatos e outros referendos nesse período.
Você sabia disso?
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Entre essas 26 votações estão os chamados "referendos revogatórios", que são votações no meio do mandato de presidente onde a população avalia se ele tem atendido às expectativas e, caso não tenha e perca o referendo, são convocadas novas eleições.
Um sonho ter isso no Brasil!</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Dessas 26 eleições, a direita venceu em dois momentos: no referendo de 2007 sobre mudanças na constituição e nas eleições para a Assembleia Nacional de 2015 (que agora foi renovada).
Curiosamente, são as duas únicas eleições que a direita e a imprensa não alegam fraude... </span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">A direita perdeu muito apoio popular no último período, pois os efeitos das sanções e do bloqueio dos Estados Unidos promovidos pela oposição golpista e pelo autoproclamado presidente paralelo Juan Guaidó trouxeram muitos danos.
Realmente há uma grave crise hoje na Venezuela.
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Por fracassarem seus golpes há mais de duas décadas (das mais variadas e violentas formas), mesmo a direita foi perdendo credibilidade mesmo entre seus setores internos.
Hoje há um visível enfraquecimento da direita no país, que a obrigou a mudar a conduta recentemente.
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Setores do partido de Henrique Capriles (opositor histórico de Chávez) e grupos apoiadores de Juan Guaidó e Leopoldo López (maiores opositores de Maduro) alegaram falta de democracia interna em seus partidos e alguns até se juntaram a outros grupos eleitorais nesse pleito.</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Guaidó falhou na tentativa de esvaziar politicamente as eleições.
Dessa vez participaram 107 organizações eleitorais com 14,4 mil candidaturas (90% delas se declarando de direita).
Mais de 5 milhões de pessoas foram às urnas, mesmo com COVID e boicote da direita golpista. </span></p><p><span class="css-901oao css-16my406 r-1qd0xha r-ad9z0x r-bcqeeo r-qvutc0" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); border: 0px solid black; box-sizing: border-box; color: #0f1419; display: inline; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.3125; margin: 0px; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">O Poder Eleitoral na Venezuela (sim, lá é considerado um poder) é muito sério e possui diversos mecanismos anti-fraude e auditorias.
Eu e </span><a class="css-4rbku5 css-18t94o4 css-901oao css-16my406 r-1n1174f r-1loqt21 r-1qd0xha r-ad9z0x r-bcqeeo r-qvutc0" data-focusable="true" dir="ltr" href="https://twitter.com/safbf" role="link" style="border: 0px solid black; box-sizing: border-box; color: #1b95e0; cursor: pointer; display: inline; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.3125; list-style: none; margin: 0px; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; white-space: inherit;">@safbf</a> <span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">contamos aqui nos últimos dias o que vimos enquanto observadores internacionais nessas eleições. </span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Entre esses mecanismos está a identificação eletrônica biométrica, a urna eletrônica que emite um comprovante impresso (que é conferido pela pessoa e depositado por ela em uma urna de papel para auditoria), a assinatura física e a impressão digital com tinta.
E aí, Brasil?</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">As eleições terminaram assim:
Grande Pólo Patriótico: 67,6% (coalizão chavista)
Alianza Democrática: 17,95% (direita)
Alianza PV, DPA: 4,19%
PCV: 2,73%
Outros partidos: 6,79%
+ 3 cadeiras para o movimento indígena (que ainda vai definir no dia 09/12/2020) </span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">O comparecimento não foi grande. A pandemia, a crise e o fato de que a direita não estava com força para ameaçar o futuro do país nas eleições fez com que muita gente optasse por não votar.
Historicamente, as eleições com maior comparecimento no país são as mais polarizadas.
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">É uma grande vitória para o chavismo recuperar a maioria absoluta da Assembleia Nacional.
Dessa forma, o governo poderá implementar medidas mais intensas de combate ao bloqueio econômico dos Estados Unidos e avançar em processos de superação da grave crise que o país vive.
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">O isolamento de Venezuela no continente começa novamente a diminuir com as vitórias presidenciais na Argentina e Bolívia, das derrotas da extrema-direita nos EUA e no Chile, além do fortalecimento das esquerdas em vários países de nosso continente.
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Vai ser necessária muita luta para impedir os planos de golpe ou extermínio do imperialismo e frear a sanha de guerra de Bolsonaro e Ivan Duque (Colômbia).
Vencer a crise na Venezuela demanda uma radicalização dos processos de construção do Poder Popular! </span><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Todo apoio aos movimentos sociais venezuelanos, aos coletivos de trabalhadoras, às comunas, às redes de articulação, aos projetos de serviço-social autoorganizado, às ideias de cidades-comunais e à construção de formiguinha que é tão intensa nesse país.
O caminho é por aí!</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Enquanto isso, no Brasil temos também a tarefa de defender a Embaixada da Venezuela que está sob ataque há mais de um ano, desde que expulsamos os milicianos golpistas.
Bolsonaro e Ernesto Araújo estão atacando a equipe diplomática e os expulsando para tomar controle da Embaixada.</span></p><p><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Defender a Embaixada venezuelana no Brasil é lutar ativamente contra o imperialismo e contra os planos bolsonaristas que podem colocar nosso continente em uma guerra aberta.
É necessária a união de todas as forças progressistas nesse sentido! </span></p><p><span class="css-901oao css-16my406 r-1qd0xha r-ad9z0x r-bcqeeo r-qvutc0" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); border: 0px solid black; box-sizing: border-box; color: #0f1419; display: inline; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.3125; margin: 0px; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">Quem quiser aprofundar mais, passa lá no meu Instagram ou da </span><a class="css-4rbku5 css-18t94o4 css-901oao css-16my406 r-1n1174f r-1loqt21 r-1qd0xha r-ad9z0x r-bcqeeo r-qvutc0" data-focusable="true" dir="ltr" href="https://twitter.com/safbf" role="link" style="border: 0px solid black; box-sizing: border-box; color: #1b95e0; cursor: pointer; display: inline; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.3125; list-style: none; margin: 0px; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; white-space: inherit;">@safbf</a><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); color: #0f1419; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"> que já tem algumas coisas.</span></p><p><span class="css-901oao css-16my406 r-1qd0xha r-ad9z0x r-bcqeeo r-qvutc0" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.03); border: 0px solid black; box-sizing: border-box; color: #0f1419; display: inline; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.3125; margin: 0px; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">Em breve também saem vídeos no YouTube nos canais <a href="https://www.youtube.com/c/bemvivendo" target="_blank">Bem Vivendo</a> e <a href="https://www.youtube.com/channel/UC0fGGprihDIlQ3ykWvcb9hg" target="_blank">Tese Onze</a>!</span></p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-89987067104456571792020-11-06T00:42:00.002-03:002020-11-06T00:43:32.507-03:00Naima Akef<p>Naima Akef nasceu em 7 de outubro de 1932 em Tanta, no delta do Nilo, na família Akef. Havia um circo famoso onde a família inteira participava, se apresentando ou nos bastidores, tanto os jovens quanto os velhos. O Circo Akef era famoso com seus animais treinados, truques, bem como por incríveis apresentações de dança e acrobacias extravagantes.</p><p>Esta é a atmosfera da família onde Naima Akef nasceu e cresceu.<br /> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhphlRVAGzC-Kv6pSWg0sS9QfWgKo5kveZUVSrb-qCyh9xA7CUhjYd3NdeXtX2kpFxNJhyphenhyphenv2nPDOWe_9kbKg558nM3RgJNkR5eppY9MQnVBk5Cdlu9HjYDbKCR6xH26K4eSBrlyPzS2oE/s696/Naima+Akef.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="696" data-original-width="556" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhphlRVAGzC-Kv6pSWg0sS9QfWgKo5kveZUVSrb-qCyh9xA7CUhjYd3NdeXtX2kpFxNJhyphenhyphenv2nPDOWe_9kbKg558nM3RgJNkR5eppY9MQnVBk5Cdlu9HjYDbKCR6xH26K4eSBrlyPzS2oE/w320-h400/Naima+Akef.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p>A família Akef morava no Cairo, no distrito de Bab El Khalq, entretanto viajava por todo o país e mesmo pelo mundo com suas turnês, especialmente na Rússia em 1957, onde Naima apresentou sua dança em um festival juvenil internacional e ganhou o primeiro prêmio de dança do festival, onde se apresentaram dançarinas de mais de 50 países. Uma foto comemorativa desta vitória está exposta na parede do Hall da Fama do Teatro Bolshoi.</p><p>O avô de Naima, Ismail Akef, um professor de ginástica e treinador na Academia de Polícia do Egito, criara o Circo Akef ao se aposentar. Ismail abrigou Naima sob suas asas, reconhecendo seu talento como dançarina e ajudou-a a modelar suas particularidades em uma artista histórica que alcançou o estrelato com o cinema egípcio. Naima foi descoberta primeiro pelo diretor Abbas Fawzy, que apresentou-a a seu irmão, o também diretor Hessein Fawzy, que percebeu o talento natural de Naima para a tela e deu a ela o papel principal no filme “El Eish Wel Malh”. Naima estreou neste filme com o cantor Saad Abdel Wahab, primo do legendário cantor e compositor Mohammed Abdel Wahab. O filme foi um grande sucesso para o estúdio Nahhas Film.</p><p>Naima teve um sucesso após o outro. Em “Nur Oyouni” (A luz dos meus olhos), houve um número de dança de Naima com o legendário Mahmoud Reda. O número foi chamado “Leil We Ein” e foi feito para o Concelho de Artes do Egito.<br /> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ2Jnx_y2AcmK9dkP5MRmBBGOXw57jsJ_kpGxRd8fwydH67mao1VHJGFN62PSRek8np_b4gyLoh1INUuq7B_pwhIH99DAhlQ4doPjWywN10J4ZIiem3rz0RdOHqaetSE8p7gIPiXMhBbQ/s500/naima-akef.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="324" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ2Jnx_y2AcmK9dkP5MRmBBGOXw57jsJ_kpGxRd8fwydH67mao1VHJGFN62PSRek8np_b4gyLoh1INUuq7B_pwhIH99DAhlQ4doPjWywN10J4ZIiem3rz0RdOHqaetSE8p7gIPiXMhBbQ/s16000/naima-akef.jpg" /></a></div><br /><p></p><p>A dança egípcia corria livre nas veias de Naima. Foi seu primeiro amor e a melhor maneira de se expressar, que ela usava na sua vida circense que servia como uma plataforma para sua dança, enquanto tentava e apresentava novas ideias, coreografias e músicas. Ela nunca tomou atalhos no que se refere a medir despesas, treinar ou fazer as próprias roupas ou das dançarinas e dos cantores e outros participantes que a acompanhavam nos shows. Ela era muito consciente de seu peso e mantinha-o sob estrito controle, para continuar parecendo jovem e flexível. Naima sacrificou até mesmo a maternidade, deixando para dar a luz um pouco antes de seu próprio falecimento.</p><p>Os peritos em dança egípcia têm certeza que Naima não foi influenciada pelos estilos de outras dançarinas, mas sim criou seu próprio estilo e tinha um sentimento pessoal da interpretação pela dança da música egípcia, a ponto de criar o novo no palco e em ensaios. Frequentemente, Naima coreografava suas próprias sequências, mas ficou muito famosa por ser disciplinada e obediente a seus treinadores, técnicos e coreógrafos.</p><p>No mundo da arte, naquela era do Egito, Naima foi muito famosa por sua amizade, doçura e disponibilidade para ajudar todos os seus amigos próximos e associados, bem como sua equipe de filmagem e membros do set. Nunca era egoísta, e sempre colocava os outros à frente dela mesma. Há uma famosa história sobre um dia, em uma filmagem, após uma cansativa manhã de filmagem, durante o descanso após o almoço, Naima notou que uma companheira dançarina do filme estava se esforçando para fazer um movimento acrobático que ela teria que fazer e enfrentava claras dificuldades para executar este movimento, que deveria ser filmado logo após o almoço. Ao invés de almoçar e descansar merecidamente, Naima foi até a garota, mostrou a ela como o passo devia ser feito com facilidade, e fez isso diversas vezes e treinou e ajudou-a até que ela conseguisse obter êxito, para deleite da garota e aplausos em massa da equipe de filmagem, dos atores e do diretor.</p><p>Naima raramente dançava em casas noturnas, mas sim em seus filmes que ela regularmente organizava no Egito e fora. Aquelas não eram apresentações de dança puramente egípcia, mas sim uma expressão livre e mais de uma música. Ela usava movimentos para expressar emoções e sentimentos, gestos, direta ou indiretamente, com expressão corporal que era uma testemunha do esforço de Naima em refletir seu talento artístico e sua flexibilidade e agilidade corporal.</p><p>Naima era muito orgulhosa de seu sucesso, que ela atingira por seu próprio mérito e sem ter rastejado em casas noturnas por um longo tempo. Ela se lembrava de como, quando sua mãe e seu pai se separaram, ela formou um ato cômico e acrobático que realizou em diversos clubes até ter a chance de trabalhar na famosa casa noturna de Badeia Masabny, onde a jovem Naima brilhava como uma estrela e era uma das poucas garotas a cantar e dançar.</p><p>Naima também recorda-se de ser a favorita de Badeia, o que causava a maior inveja nos corações de outras dançarinas de cenário do clube, até um dia em que elas se juntaram e tentaram bater nela, mas graças à sua força e agilidade, ela conseguiu se defender e inverter a situação. Mas Naima foi despedida do clube e foi trabalhar em outro famoso ponto noturno, o Clube KIT KAT, onde conheceu o diretor cinematográfico Abbas Kamil, que apresentou-a a seu irmão, o diretor Hessein Fawzy, famoso por seus filmes musicais. Esta parceria foi um grande sucesso para ambos, e eles foram casados por nove anos, embora não tenham tido filhos. Alguns anos após o divórcio, Naima casou-se com seu contador, a quem deu um filho que trabalhava na área musical.</p><p>Naima entrou nos livros de história da dança do Egito como uma de suas dançarinas mais inovadoras, criativas e renovadas. Ela também entrou nos livros de história do cinema como a primeira mulher a estrelar o primeiro filme inteiramente colorido do Egito, “Baba Aaris”, dirigido por seu primeiro marido Hessein Fawzy em 1951. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Eq5lbwNySuc" width="320" youtube-src-id="Eq5lbwNySuc"></iframe></div><br /><p><br /></p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-35577051908840613122020-08-27T23:28:00.002-03:002020-10-15T19:28:11.021-03:00A Trade Like Any Other - Karin van Nieuwkerk<p>Este livro contém uma dissertação de doutorado que explora o status social que os dançarinos ocupam na sociedade egípcia, juntamente com as razões por trás desse status. Embora haja informações sobre o Egito moderno, a maior parte do livro cobre a perspectiva histórica. Foi publicado em 1994.</p><p>Este livro procura responder à questão de por que as mulheres que cantam e dançam profissionalmente no Egito têm um status tão baixo na sociedade egípcia. Consiste em uma pesquisa de campo conduzida pela autora no Egito, incluindo muitas entrevistas com artistas, bem como outros locais em outras esferas da vida.</p><p>Para aqueles de nós que vivemos na sociedade ocidental, onde as celebridades são respeitadas e adoradas em nossas culturas há várias décadas, pode ser difícil entender a ideia de que cantores e artistas de dança oriental são vistos como de baixo status na casa da dança no Egito. Os filmes egípcios que tornaram famosas dançarinas como Tahia Carioca e Samia Gamal, combinados com a fama de estrelas mais recentes como Nagwa Fouad e Soheir Zaki, podem nos levar a acreditar que as artistas do Egito são tão respeitadas lá quanto uma estrela de cinema famosa. Mas esse não é o caso, e A Trade Like Any Other explora por quê.</p><p>O livro abre com uma história das profissões de entretenimento no Egito desde o século 19 até os tempos modernos, particularmente focada na profissão de <i>raqissa</i> (dançarina). O foco está no século 20 e gira em torno das Awalim do Cairo. Ele traça a evolução da dança desde os artistas em casamentos e <i>moulids</i> (festivais do dia dos santos) até o surgimento da indústria de nightclubs. E descreve como a transição de apresentações para egípcios locais em casamentos e festivais para apresentações para estranhos em boates mudou o caráter da dança.</p><p>Depois de estabelecer essa base histórica, o livro aprofunda o status dos dançarinos na sociedade atual.</p><p><img src="https://pictures.abebooks.com/LDBK/md/md1749724215.jpg" /></p><p>As entrevistas que a escritora realiza com dançarinas e outras pessoas dão um lado muito humano à subcultura dos artistas, compartilhando histórias de pessoas da vida real e sua relação com a sociedade.<br />Karin entrevistou pessoas diferentes o suficiente para fornecer várias perspectivas e equilibrar o preconceito que qualquer um dos entrevistados poderia trazer à tona. </p><p>Sugiro que leia também o artigo do mesmo autor "<a href="https://www.umbc.edu/MA/index/number3/nieuwkerk/karin_0.htm" target="_blank">An hour for God and an hour for the heart:</a></p><p><a href="https://www.umbc.edu/MA/index/number3/nieuwkerk/karin_0.htm" target="_blank">Islam, gender and female entertainment in Egypt</a>". Ele oferece uma introdução a algumas das informações que são exploradas no livro com mais profundidade.</p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-9992348069029643492020-08-21T01:58:00.001-03:002020-11-30T21:04:01.063-03:00Perfeccionismo<p><span face="spinnaker, sans-serif" style="background-color: white; color: #413a38; font-size: 18px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">Quando falamos em perfeccionismo, estamos dizendo respeito a nada mais que alguns padrões comportamentais que uma pessoa apresenta, os quais classificamos como “perfeccionistas”. Geralmente, tratam-se de respostas controladas por um modelo considerado ideal, que também é reforçado socialmente.</span></p><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-708kg" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Estudos da Psicologia da Dança e Psicologia do Esporte (Stoeber, 2014) mostram que existem basicamente dois padrões gerais de comportamentos categorizados como perfeccionistas. ⠀</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-53cd8" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-af4j0" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O primeiro está associado aos chamados "esforços perfeccionistas", geralmente manifestados por bailarinos e atletas saudáveis que orientam seu comportamento ao reconhecimento de seus próprios esforços e à superação de seu próprio desempenho, do que a necessariamente vencer ou "ser o melhor". Este padrão comportamental normalmente é acompanhado de maior satisfação e caracteriza-se pela maior presença de respostas de tolerância, resiliência e persistência.</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-2bad3" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-e8g3" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Já o segundo padrão está associado às "preocupações perfeccionistas", manifestadas por bailarinos e atletas que orientam seu comportamento a ganhar sempre ou atingir um modelo de perfeição idealizado ou irrealístico. Tal padrão, por sua vez, está mais ligado à insatisfação, auto sabotagem e desistência na dança, bem como, pode estimular comportamentos obsessivos em relação à dança, além de outros sintomas. ⠀</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-ao81g" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-6gluu" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Aqui serão propostas algumas estratégias psicológicas/comportamentais para lidar de forma mais saudável e eficaz com o perfeccionismo. Afinal, pode ser um bom aliado, desde que orientado da forma adequada.</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-6bo0f" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-7dpqq" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">1 - Evite ao máximo julgar-se como ruim, ou usar outros adjetivos generalistas e depreciativos, que não sinalizam o que precisa ser modificado e te desestimulam. Ao invés disso, identifique RESPOSTAS ESPECÍFICAS que poderiam ser refinadas e DESCREVA essas respostas. É recomendável ter um caderninho para você anotar essas correções, após suas observações em aulas, treinos ou vídeos. Você também pode contar com o auxílio de um professor nesse processo. </p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-6sdg2" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-1g4cr" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">2 - Valorize também os seus PONTOS POSITIVOS! E anote-os, se for preciso. Reconheça as suas evoluções após os treinos, elogie-se, presenteie-se. </p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-7an63" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-fubog" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">3 - É muito positivo ter modelos e inspirações na dança, porém, é muito importante reconhecer que, como todo e qualquer repertório comportamental, aquele que você admira também passou por um processo e uma história para ser construído. Portanto, DIVIDA SEUS SONHOS EM METAS pequenas e realísticas. Por exemplo, comece treinando um passo específico da bailarina que você admira ou dançando apenas o primeiro minuto daquela música de dez minutos que deseja dançar. Depois que alcançar a meta, parta para a próxima (que exigirá um repertório maior), e assim por diante. </p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-cea4a" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-e8gi0" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">4 - COMPARE-SE SOMENTE COM VOCÊ MESMO. Lembre-se que você possui uma história única e ninguém é como você. A sua beleza está justamente na sua imperfeição e em como você lida com ela.</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-o99b" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-8o2q4" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">5 - TREINE! Nada melhor do que o treino para refinar as suas respostas e mostrar que tudo é possível, mas é necessário um caminho a se percorrer.</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-ichp" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-8m3la" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Espero que essas estratégias possam te auxiliar. Estamos juntos nesse processo de autoaceitação, paciência e superação!</p><div class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-cb4m" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit;" /></div><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-j874" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Referências:</p><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-bert7" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Stoeber, J. (2014). Perfectionism in sport and dance: A double-edged sword. International Journal of Sport Psychology, 45(4), 385-394.</p><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-bert7" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></p><p class="XzvDs _208Ie tFDi5 blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _1iXso _7G6-i tFDi5 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-bert7" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: inherit; color: #413a38; direction: ltr; font-family: spinnaker, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Fonte: Giovanna Faraash</p>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-35161218968742478052020-06-24T19:27:00.002-03:002020-07-27T16:16:47.855-03:00Sonhos de Transgressão - Minha Vida de Menina num Harém | Fátima Mernissi<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">"Sonhos de Transgressão - Minha Vida de Menina num Harém", romance da socióloga marroquina Fatima Mernissi, engana. Quem pensa que vai encontrar nele histórias de luxúria, protagonizadas por centenas de mulheres, dezenas de eunucos e alguns homens, vai se decepcionar.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">O harém a que todo imaginário ocidental logo se refere existiu até 1909. O harém descrito por Mernissi em seu livro só tem em comum com esse outro o fato de as mulheres não poderem sair dele sem a permissão dos homens. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Era na verdade uma grande casa onde moravam juntas as famílias dos irmãos de uma mesma família. Não existe privacidade e as regras, do horário das refeições ao "toque de recolher", são severas. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Fatina é socióloga e estudiosa da cultura islâmica. Seu livro mais conhecido, "O Véu e a Elite Masculina", de 1987, foi proibido em diversos países árabes. "Sonhos de Transgressão" é uma ficção autobiográfica. Fatima Mernissi nasceu em 1940 em um harém em Fez. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">"O primeiro capítulo é real, mas no resto do livro uso acontecimentos de minha vida para bordar e comunicar algo sobre as fronteiras. O herói do livro não sou eu, minha mãe ou qualquer outra. É a 'hudud' ", disse Mernissi em entrevista à Folha, por telefone de Rabat, no Marrocos, onde vive. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">"Hudud" são as fronteiras sagradas, o que separa aquilo que é permitido do que é proibido. "Ser muçulmano era respeitar a hudud. E, para uma criança, respeitar a hudud significava obedecer", escreve Mernissi.</span></span><br />
<img src="https://d1pkzhm5uq4mnt.cloudfront.net/imagens/capas/96c64e77a4b5e375f070691f81210eb13b79fd75.jpg" /><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">É do ponto de vista da menina Fatima que a história é contada. Ela ouve sua mãe, uma mulher analfabeta, reclamar da falta de liberdade das mulheres. Ouve sua prima progressista Chama fazer discursos feministas. Mas ouve também sua avó e sua tia defenderem as tradições muçulmanas.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Todas vivem na mesma casa, dividem o mesmo terraço onde bordam, contam histórias, passam máscaras no rosto e hena no cabelo. "Sonhos de Transgressão" é um livro feminino e feminista. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">"Sou universalista, gosto de ter leitores dos dois sexos e não escrevo para mulheres. Uma vez, há uns sete anos, uma editora italiana me pediu para publicar um livro numa coleção. Quando me mandaram um exemplar para ver, vinha escrito 'Para a Mulher'. Decidi não publicar ali, porque para mim isso é um harém. Mulheres falando com mulheres é o harém de novo", disse Mernissi. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">A autora tampouco quer ser identificada como feminista. "Não acredito nas feministas ocidentais, na estratégia ou filosofia antimacho, porque não acredito que uma mulher que esteja sofrendo por fronteiras deva ser proibida de se mover livremente. A liberação do ponto de vista do harém é uma sociedade livre onde a competição é possível para todos e não existe nenhuma exclusão. Não se trata de uma guerra entre homens e mulheres. Acho isso muito arcaico e primitivo", afirmou. </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">"Uma das coisas boas que tive na minha infância é que o feminismo não me foi ensinado pelo Ocidente, mas por essas mulheres analfabetas que tinham uma ideia clara de que o harém não era bom para os seus interesses e o rejeitavam tentando usar o que tinham para mudar a situação. E o que elas tinham era a capacidade de se expressar, fazer teatro, bordados."</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;">A autora, que tem diplomas universitários de Marrocos, França e Estados Unidos, defende a intuição e outras características femininas para se fazer "a revolução". "A ideia de que somente a educação leva a mulher a buscar a liberação é um dos estereótipos que eu queria combater no livro. Hoje, em muitos países árabes, dizem que não pode existir democracia porque as pessoas são analfabetas. Quis mostrar no livro que ter ou não acesso à educação não tem nada a ver com reconhecer os mecanismos de opressão e as chances de liberação. Você entende o que digo? Tenho certeza que no Brasil vocês têm o mesmo problema com as elites. Elas decidem que porque têm conhecimentos especiais vão ditar aos outros o que devem fazer para se libertar. Assim, você tem essa ditadura que se disfarça em revolução."</span><br />
<span style="background-color: white;">Mernissi, de fato, vai de encontro às feministas mais ferrenhas ao exaltar a fragilidade e a feminilidade em todo o livro. "O que eu queria, não importa se o leitor for homem ou mulher, era que a pessoa entrasse em contato com sua fragilidade interior. E percebesse que não importa o quão ruim uma situação possa ser, porque sempre é possível sonhar e imaginar um outro mundo. Estar numa posição de fragilidade não significa que você não possa lutar. Sou uma pessoa muito otimista."</span><br />
<br />meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-5697975531428356852020-04-13T00:23:00.001-03:002020-05-09T20:41:23.029-03:00Ô Nuit, Ô Mes Yeux: Era uma vez o leste perdido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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Com "Ó Noite, Ó Meus Olhos" (Ô Nuit, Ô Mes Yeux), este sublime romance ilustrado em francês, Lamia Ziadé nos fala de uma época que muitos podem não conhecer.</div>
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<img alt="Ô nuit, ô mes yeux : Le Caire / Beyrouth / Damas / Jérusalem" par Lamia Ziadé (Editions P.O.L, 576 pages, octobre 2015) 39,90 €" src="http://onorient.com/wp-content/uploads/2016/01/image1-300x300.jpg" /></div>
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<br />
O mundo árabe naquela época girava em torno de estrelas femininas livres e reverenciadas de Marrakech a Bagdá. O Cairo, epicentro desta época de ouro, acolheu intelectuais, princesas, banqueiros, espiões, artistas, poetas, dançarinos de todas as origens que emocionaram a capital cosmopolita, a cidade de todas as possibilidades.<br />
<br />
Originalmente, Lamia Ziadé queria dedicar um livro a Asmahan, um ícone absoluto, escandaloso e muito talentoso, que morreu aos 27 anos em um acidente de assassinato. Então, pesquisando o destino trágico de Amal Al-Atrache, ela se deparou com o destino de dezenas de outras mulheres, cada uma mais extraordinária.<br />
<br />
Incapaz de parar ao longo do caminho, o livro traça o Oriente Médio entre as décadas de 1920 e 1970. "Se você contar a Asmahan, terá que contar tudo: todas as garotas da época, cantoras, dançarinas, atrizes, donas de cabarés, políticos, cantoras. E pouco a pouco, acabamos contando a história do pan-arabismo."<br />
<br />
Lamia Ziadé nos dá uma jóia, um afresco fervilhante, onde seus deliciosos desenhos ilustram textos, sequências de vida dessas lendas, que fizeram milhões de corações árabes baterem. Ao folhear as páginas, suspeitamos que o trabalho de documentação era considerável e, portanto, ficamos surpresos ao descobrir histórias sobre aquelas que pensávamos que sabíamos tudo.<br />
<br />
No fundo, a grande história se desenrola: a luta contra o protetorado francês no Levante após o colapso do Império Otomano, o Egito do rei Farouk, a revolução de 1952, as guerras árabe-israelenses e a nacionalização dos Canal de Suez. O orgulho dos árabes foi então encarnado no carisma de Nasser e seu colega feminino, <b>Oum Kalthoum</b>, que foi apelidado de Estrela do Oriente.<br />
<img alt="image4" src="http://onorient.com/wp-content/uploads/2016/01/image4-300x243.jpg" /><br />
Entre os dois, uma profunda amizade tingida com respeito mútuo emergirá; os <u>raïs</u> até fazem o impossível: convencer a diva a cantar Abdel Wahab, sua maior rival por tantos anos. O sonho de um povo inteiro se torna realidade, a “quarta pirâmide” e o “último faraó” se uniram em torno do que continua sendo uma das canções mais bonitas da diva: <u>Enta Omri</u>.<br />
<br />
Mohamed Abdel Wahab vai revolucionar a música árabe, abrindo-a para múltiplas influências: jazz, tango, valsa, rumba. Originalmente de um ambiente modesto e conservador, como Oum Kalthoum, lutará toda a sua vida para reconhecer o estatuto de artista na sociedade. Na época, não foi fácil, mesmo depois de mergulhar no trabalho de Lamia Ziadé, ficamos surpresos ao ver a liberdade moral que reinava ali.<br />
Oum Kalthoum conquistou sua autoridade no meio. Escolhia e dirigia sua banda, dirigia as rádios onde cantava, mudava as letras das músicas se quisesse. Tudo para sua satisfação pessoal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Senti a necessidade pessoal de compartilhar outro mundo árabe que não seja o que nos é mostrado o tempo todo no Ocidente, composto de terrorismo, jihadismo, mulheres com véu, considerações geopolíticas, guerras. (...) É importante lembrar que este mundo existia, que havia sido um período de abertura, tolerância e criação artística. Ela pode voltar um dia, mesmo que ele esteja muito otimista em pensar assim", disse Lamia Ziadé.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
Hoje, os layali de Fayrouz ainda ressoam nos táxis de Beirute e nos de Oum Kalthoum, nos becos do Cairo. O <u>Tarab</u>, esse êxtase musical que abraça seu coração, o eleva e o faz girar, está sempre presente quando você ouve suas vozes. A paixão e o glamour desertaram, fazendo-nos até duvidar que esse tempo realmente existisse. Felizmente, porém, a nostalgia encantadora que emerge de "Ô Nuit, Ô Mes Yeux" está lá para nos lembrar.<br />
<br />
<img alt="image3" src="http://onorient.com/wp-content/uploads/2016/01/image3-300x118.jpg" />meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-81793735972829219452020-04-06T00:41:00.001-03:002020-04-06T00:44:51.694-03:00Ma liberté de danser - Dina Talaat<div class="separator" style="clear: both;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmU4I6kiwSsbdlfyZvIWHuaQekOMMJZJhKGABmm9etTAeRwMp0o2ZsZmHdETneaR7vHv8y6jK8pHL-mjxiEHTe_6S0EJlNYkmXxpqdWA6vhN1qackQLn_JPl5jRmrVHcK4fZvin9GSTEg/s400/ma+liberte+de+dancer+-+dina.jpg" width="400" /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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<span style="font-family: inherit;">DINA! A última bailarina. Dina. Seu primeiro nome é suficiente para introduzi-la. Há mais de 20 anos ela aparece nas primeiras páginas dos jornais, nas telas dos cinemas e da televisão. Multidões se banqueteiam com as fofocas que a rodeiam sistematicamente a cada coisa que ela faz, a cada feito ou gesto, como uma auréola misteriosa e venerada. Dina não tem uma vida, tem diversas vidas, que se entrelaçam, uma mais inimaginável que a outra, permeadas de dramas, escândalos, alegrias e glamour. Seu carisma, sua obstinação em dançar, apesar das maledicências ditas pelos fundamentalistas, e sua louca liberdade fazem com que ela seja comentada além da fronteira do Oriente Médio. Porque hoje, na terra do Egito, terra originária da dança do ventre, Dina é a última das grandes a perpetuar a tradição.</span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Houve um tempo em que nenhum chefe de estado poderia visitar o Cairo sem que se organizasse para ele um espetáculo de dança oriental. Nessa época, as raqa’sas, as bailarinas, eram numerosas e disputavam a atenção, uma mais ardente do que a outra. Elas faziam parte do cotidiano dos egípcios. Pois foi suficiente apenas alguns anos, um estalo de dedos, para que o Egito mudasse. Em 1960, as mulheres andavam com os braços e cabeças descobertos. 50 anos mais tarde, o véu virou norma. Profundas mudanças geopolíticas, perceptíveis por todo Oriente Médio, transformaram a sociedade egípcia. Começando pelo choque do petróleo que, no fim dos anos 70, atraíram, como um ímã, milhares de trabalhadores egípcios para a Arábia Saudita e os países do Golfo. Esses expatriados, ao retornar ao país, anos mais tarde, trouxeram com eles costumes religiosos mais rígidos, que não eram mais seguidos no Egito. E no meio desse povo, amante das artes e da música, começou a surgir uma nova faceta, bem mais pudica. A Infitah, a abertura econômica iniciada pelo presidente Anouar El-Sadate, também contribuiu para balançar o equilíbrio do país. Pouco a pouco, se desculpando seja por conta do moralismo, seja por conta da falta de dinheiro, os egípcios começaram a abandonar os rituais das bailarinas. Muitos casais, hoje em dia, se casam sem chamá-las, rompendo com a tradição e com as promessas de boa sorte, de baraka, trazidas pela sua presença na festa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">Dina, entretanto, decidiu ser a guardiã das tradições. Carregar o estandarte até onde o seu corpo aguentar, sem jamais fugir ante os golpes do destino, da maldade dos homens, ou da dureza da vida. Em nome de um princípio universal que ela tornou seu, obstinadamente. Uma palavra que ela repete sem parar: liberdade.</span> <i>El Horreya</i>, como se diz em árabe. A mais bela palavra, diz ela, que uma língua pode ter.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Segundo Dina, dizem que a origem da dança do ventre remonta ao tempo dos faraós, mas também há quem diga que essa dança veio junto com um povo originário das montanhas do norte da Índia, que se estabeleceu no Egito há mil anos. Os ciganos (gawasi).</span></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<blockquote style="background-color: white;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<i><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span><span style="font-family: inherit;">Nós a praticamos de pés descalços, para captar as energias da terra, e dizem que ela imita as dores do parto para garantir fertilidade.</span><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span></i></div>
</blockquote>
<ul style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"> <span style="line-height: 14.95px;">Rotina de uma bailarina no Egito</span></li>
</ul>
<div style="background-color: white; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Dina descreve no livro uma noite tranquila, onde ela tem dois casamentos e um show num hotel marcados. As bailarinas egípcias, ou mesmo as estrangeiras que trabalham no Egito faziam até cinco ou seis shows por noite, <span style="line-height: 14.95px;">numa rotina estafante que ia das 10 horas da noite até às 5 da manhã, sem contar o período de treino diário. Cada show durava mais de uma hora, alguns podiam durar até 3 horas como os da Fifi Abdou e da Nagwa Fouad</span>. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #333333;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span><span style="font-family: inherit;">Na entrada luxuosa do hotel eu apresso o passo. Não tenho tempo para olhar os buquês de flores magníficas. Eu conheço de cor o caminho. O elevador que leva aos salões de recepção, aos corredores estreitos que atravessam as salas de serviço. Eu cruzo com garçons, atarefados, com suas bandejas equilibradas, com recepcionistas, com os chefes de equipe. Nós somos parecidos, trabalhamos juntos para oferecer aos outros um sonho, um sonho luxuoso, uma fantasia de mil e uma noites.</span></i></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><i><span style="font-family: inherit;">A festa já está no seu auge. Sobre as mesas ricamente decoradas com lírios brancos,os pratos transbordam de comida. Os homens, bem vestidos, fumam seus cigarros. As mulheres rivalizam em elegância - vestidos de noite brilhantes, diamantes. A maioria usa um véu combinando. Dependurada no alto de uma grua, uma câmera se fixa na pista de dança, onde um grupo de jovens se requebra ao som da última música da Shakira.</span></i></i></div>
<i>
</i><i></i>
<div style="text-align: justify;">
<i><i><span style="font-family: inherit;">- Madame Dina, ya set el kol (ó dama das damas), sua presença nos ilumina! diz timidamente um empregado. Ao seu lado, uma das suas colegas, ruborizada, saca o seu telefone celular do bolso para me fotografar. Pausa, sorriso, pose, clic-clac. Eu parto.</span></i></i></div>
<i>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Dez vezes, até a pequena sala que me serve de camarim, eu vou parar. O tempo é curto. Entretanto, essa noite a minha agenda está razoável: dois casamentos, em hotéis diferentes, depois meu espetáculo semanal na casa noturna do Semiramis. Escuto ao longe o barulho da festa, a música, que me chama como um amante. Eu parto, corro pelo corredor. E entro sob os aplausos e os fiufius de admiração. Eu não vejo ninguém. Estou dentro da música. Não penso em mais nada. Estou num estado alterado de consciência.</span></i></div>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">A primeira parte acaba, e enquanto os músicos começam uma nova melodia, eu vou procurar a noiva, a felicito, a pego pela mão e a levo comigo até a pista. Ela não oferece nenhuma resistência, e sorri para mim, radiante em seu vestido branco, ela ondula ao meu lado e o seu marido aplaude. Tudo em torno da pista se ilumina, a família e os amigos se aproximam, formando um círculo. Escuto os zaghrouta, as risadas. Eu os sinto receptivos, felizes.</span></i></div>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Tudo vai bem.</span></i></div>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Uma menininha se aproxima. Ela está com um vestidinho branco, rendado, com presilhas de marfim nos cabelos cacheados. Ela é minúscula, 4 ou 5 anos. A orquestra continua, a música é ensurdecedora, e ela me olha, fascinada. Concentrada em meus movimentos, eu mal a vejo, somente por alguns instantes, mas os seus olhos me tocam. Ela se balança. E começa a dançar, meio sem jeito, mas já no ritmo.</span></i></div>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Nós somos feitos para dançar.</span></i></div>
</i><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Onde está o mal?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span></i></div>
</i></blockquote>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></span><br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<ul style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="line-height: 14.95px;">Como a sociedade vê a bailarina – <i>ibn el raqa’sa!</i></span> </li>
</ul>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<div style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mas a bailarina é muito mal vista na sociedade egípcia, a expressão em árabe “<i>ibn el raqa’sa</i>” (filho de bailarina) é carregada de desprezo, o nosso equivalente a "filho da puta". Dizem que as bailarinas são devoradoras de homens, destruidoras de lares e prostitutas. Elas são o mal, o pecado incarnado. Só porque elas dançam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Calibri; font-size: 11pt; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: #333333; font-size: large;">"</span>Tudo isso porque nós dançamos, porque usamos o nosso corpo. Porque amamos a música, porque a dança é mais forte que tudo, e também porque nós mostramos como é a mulher em toda a sua liberdade, verdade e sedução.<span style="color: #333333; font-size: large;">"</span></i></div>
</blockquote>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<ul style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="line-height: 14.95px;">Os extremistas - Ramadã </span> </li>
</ul>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
<span style="font-size: x-small;"></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Antigamente as mulheres andavam sem véu na rua e eram respeitadas. Dina se ressente. Segundo ela, os extremistas não se ocupam mais de religião, mas de ostentação, querendo quebrar os espíritos e acorrentar as almas. Para eles a dança é</span><span style="font-family: inherit;"> </span><i style="font-family: inherit;">haram</i><span style="font-family: inherit;">, proibido, pecado.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">No Ramadã é comum que pessoas ricas e grandes empresas financiem grandes banquetes para os necessitados, mas Dina não pode fazer isso. Ela prefere ajudar pessoalmente aqueles que precisam à sua volta, porque dizem que não se deve comer da mesa de uma bailarina, porque o seu dinheiro é sujo, é pecado.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Calibri; font-size: 11pt; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<i><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span><span style="font-family: inherit;">Por longas horas eu li o Corão. O que eu acho que é haram, pecado, é roubar, usurpar os bens dos outros. Não ganhar o seu dinheiro com o seu esforço, com o suor do seu rosto. Mas eu acredito ainda mais que é haram, é julgar os outros. Quem somos nós para julgar os outros? Somente Allah pode julgar.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span style="font-family: inherit;">Dançar é um dom de Deus.</span><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span></i></div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Calibri; font-size: 11pt; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<i><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span><span style="font-family: inherit;">A liberdade custa caro. Minha vida é uma guerra, todo dia recomeçada.</span><span style="color: #333333; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"</span></i></div>
</blockquote>
<ul style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "times new roman";"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dina Talaat</span><span style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:smarttagtype name="PersonName" namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags"></o:smarttagtype></span><br />
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Dina Talaat nasceu em 12 de abril de 1964 (ela é ariana),</span><span style="font-family: inherit;"> </span><st1:personname productid="em Roma. Seu" style="font-family: inherit;" w:st="on">em Roma, na Itália, seus pais eram egípcios. Seu</st1:personname><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">pai trabalhava como correspondente do Middle East News Agency. Sua mãe trabalhava numa agência de imprensa italiana (mas segundo a Wikipedia ela trabalhou como secretária do embaixador indiano em Roma). Ela tem uma irmã dois anos mais velha chamada Rita, que segundo a Wikipedia, foi cantora.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Dina viveu em Roma até os 5 anos (1969), quando seus pais voltaram para o Cairo, e seu pai se instalou em Agouza (bairro do Cairo), próximo do Nilo. </span><span style="font-family: inherit;">Dina lembra muito pouco dessa época, sabe apenas que era muito feliz.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ul style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="line-height: 14.95px;">As origens da sua família</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Seu avô por parte de pai é um homem sério, exceto aos domingos, quando apostava em corridas de cavalo. Ele é de Dishna, um povoado grande perto de Qena, na região chamada Saïd, no Alto Egito (fica no sul do país). Essa é uma região rural, cheia de tradições fortes e muito conservadora. Até hoje o</span><span style="font-family: inherit;"> </span><i style="font-family: inherit;">thar</i><span style="font-family: inherit;">, código de honra, é seguido e se lê nos jornais locais histórias de vendetas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 14.95px;">Sua mãe, Zeinab, também vem do Saïd, mas de Minya, uma cidade maior, que é chamada de Noiva do Alto Egito. Seus habitantes são famosos por sua beleza e boa educação, e são considerados realeza, porque dizem que foi lá que nasceu Quéops, o faraó que construiu a maior das 3 pirâmides.</span></span></div>
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="color: #333333; font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: 11pt; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; position: relative; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicyRysDyOgKBcPPDaOeKje9eezdv6ThnwWo23SlYkvWLdqySHQJvocxZYWAByK1C72j6YVv3QiHHM5yqPnxFvtKYuX5umviBkhSNhxdFME7laK-8j3lzu27kARsgyd1DeH3bBB0dbTxhk/s1600/map+egypt.gif" imageanchor="1" style="color: #771100; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration-line: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicyRysDyOgKBcPPDaOeKje9eezdv6ThnwWo23SlYkvWLdqySHQJvocxZYWAByK1C72j6YVv3QiHHM5yqPnxFvtKYuX5umviBkhSNhxdFME7laK-8j3lzu27kARsgyd1DeH3bBB0dbTxhk/s320/map+egypt.gif" style="border: none; position: relative;" width="292" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption"><span style="line-height: 14.95px;"><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Times, "Times New Roman", serif; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<ul style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="line-height: 14.95px;"> </span><span style="line-height: 14.95px;">A volta ao Cairo</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A família volta ao Cairo quando Dina tem 5 anos, e vão morar no bairro de Agouza, perto do Nilo. Nessa época, 1969, as mulheres andavam de cabeça descoberta nas ruas, usando vestidos que deixavam pernas e braços à mostra, e usavam lindos penteados. Somente as mais velhas usavam véu. E as camponesas usavam seus trajes tradicionais. A sociedade era misturada, tolerante e mesmo assim, religiosa.</span></div>
</div>
<br />
<ul style="color: #333333; font-family: Times, "Times New Roman", serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 14.95px;">A morte de sua mãe e o segundo casamento do seu pai</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="color: #333333; font-family: times, "times new roman", serif; font-size: 11pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">Pouco tempo depois de voltar ao Egito, Dina fica sabendo que sua mãe morreu. Logo depois seu pai se casa novamente e tem mais 2 filhas. Dina sente muito a falta da sua mãe e sofre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit; line-height: 14.95px;">Sua irmã, Rita, é tudo pra ela, se fazendo de irmã, mãe, melhor amiga e confidente.</span><span style="color: #333333; font-family: times, "times new roman", serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 14.95px;"></span></span></div>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;" />
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3308117140091493861&postID=4834569615257522102" name="OLE_LINK15" style="color: #771100; text-decoration-line: none;"></a><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="line-height: 14.95px;">Felizmente a Rita está comigo. Ela se faz de irmã, mãe, melhor amiga e confidente. Ela é mais sábia do que eu, menos rebelde, sabe acalmar minha raiva e suavizar minha vida</span></i><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">.<span style="font-size: large;">"</span></span></i></blockquote>
<ul style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 14.95px;">Sua escola – sua primeira aula de dança</span></li>
</ul>
<div style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em 1973, aos 9 anos, Dina muda de escola com a irmã mais velha. Elas deixam de frequentar um colégio franciscano onde aprendiam italiano e francês, e passam a estudar numa escola de moças anglo-árabe. Nessa nova escola, além do ensino clássico, elas podem fazer outras atividades, como teatro, canto, costura, cozinha e dança.</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman"; font-size: 14.85px;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></span></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span><span style="font-family: inherit;"><i><span style="line-height: 16.8667px;">Era um curso de danças folclóricas das províncias egípcias. Meu pai me inscreveu sem nem imaginar que isso vai virar a minha vida de cabeça para baixo. Ou, mais exatamente, que eu vou finalmente achar sentido na minha vida. Porque, desde o primeiro minuto de aula, eu percebo que nada mais seria como antes. Eu escuto a música e a sinto vibrar até a ponta dos meus dedos, eu a vivo!</span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Toda manhã eu saio de casa feliz. Apenas alguns metros nos separam da escola, mas eu faço esse caminho todos os dias dançando.</i><o:p></o:p></span></div>
<i><span style="line-height: 14.95px;"><span style="font-family: inherit;">Tenho dificuldade em me concentrar nas outras aulas, eu só penso numa coisa: a próxima aula de dança.</span></span></i><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="line-height: 14.95px;"><span style="font-family: inherit;">Nesse curso de escola Dina aprende diversas danças folclóricas e o seu primeiro espetáculo é de uma dança <i><b>fallahi</b></i>, onde as mulheres vão pegar água. A coreografia prevê que uma das alunas será solista, e claro, depois de muito se dedicar, Dina consegue o papel que tanto almejava.</span></span></span></div>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;" />
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span><i><span style="line-height: 14.95px;"><span style="font-family: inherit;">É o dia mais lindo da minha vida! Como estou feliz! Eu sei o que sou! Sei o que vou ser toda a minha vida! Bailarina, bailarina, eu fui feita para dançar!</span></span></i><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span></blockquote>
<div style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Nessa época sua família aceita a sua escolha e o seu pai a matricula na companhia de dança de Ahmad Fouad Abdallah, uma famosa escola de arte para crianças entre 10 e 16 anos, onde diversos atores conhecidos se formaram. Ela ensaia até 3 vezes por semana, no clube da juventude. Ela aprende canto, balé e dança folclórica. É nessa escola que Dina adquire o gosto pela disciplina e pelo treino árduo.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><span style="font-family: inherit;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">No mesmo local uma companhia profissional de folclore também faz os seus ensaios e ela é aceita entre os bailarinos profissionais em 1976, aos 12 anos.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="color: #333333; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="line-height: 14.95px;">Nessa época ninguém ligava que nós dançássemos. Ao contrário! Os egípcios, por natureza, são alegres e amam as artes, a dança, o canto, os risos. Nós somos como os brasileiros. Como eles que nascem com o samba no pé, nós temos essa alegria e esse ritmo entranhados no mais profundo do nosso ser. É nossa natureza. Nós somos feitos disso. Nessa época ninguém brigaria com uma criança por ela estar dançando.</span></i><span style="color: #333333; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span></blockquote>
<ul style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 14.95px;">Brigas com o seu pai</span></li>
</ul>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;" />
<div style="background-color: white; line-height: 16.8667px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As brigas com o seu pai são frequentes durante a sua adolescência, Dina é considerada rebelde. E um dia, numa briga, ela consegue os contatos da sua avó materna. Desde que o seu pai tinha se casado novamente, Dina e a irmã, Rita, não viam a família da mãe. Mas nesse dia ela telefona para a avó, querendo contar tudo o que acontece com ela e chorar suas mágoas. Para sua surpresa a avó diz que a mãe ainda está viva.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Ela explica que quando a família voltou de Roma, Zeinab pediu o divórcio, o que era chocante e impensável nos anos 70 para uma mulher. Como as duas famílias eram muito patriarcais, ao pedir o divórcio ela foi obrigada a aceitar nunca mais ver as filhas, além de abrir mão de todos os seus bens (do dote que recebeu ao casar). Para acalmar as crianças, foi dito a elas que a mãe tinha falecido, e toda vez que ela tentava falar com as filhas lhe era dito que as mesmas não queriam falar com ela.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><span style="font-family: inherit;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Como uma mulher sozinha não pode viver no Egito, logo depois ela se casou novamente. Seu novo marido arranjou um emprego no Qatar e ela não teve opção, teve de partir com ele.</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;" />
<ul style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 14.95px;">O reencontro</span></li>
</ul>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;" />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; line-height: 14.95px;">Apesar de não lembrar mais do rosto da mãe, Dina marca de reencontrá-la e as duas choram de alegria num emocionante reencontro.</span></span><br />
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="color: #333333; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="line-height: 14.95px;">Hoje você vive comigo. Você não me deixa mais. Você está ao meu lado quando a sorte me dá as costas, você é meu porto seguro quando me atacam, você é, como Ali, meu sol, minha vida</span></i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><span style="line-height: 14.95px;">.</span></i></span><span style="color: #333333; font-size: x-small;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"</span></span></i></span></blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/9rR3tA5QbBU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/9rR3tA5QbBU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-81997071738115213522020-04-06T00:12:00.002-03:002020-04-06T00:13:43.345-03:00Justine - Marquês de Sade<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O mundo da heroína Justine não oferece ajuda sem desejar possuir sua virtude, o seu bem mais precioso, diante da miserável vida que leva. Todos querem corromper o seu caráter, apresenta-lhe vícios, um caminho mais fácil de se obter riqueza. Uma sociedade de falso moralismo, movida a sadismo, crueldade. Poucos são aqueles que se podem confiar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No mundo de hoje, mudou-se os métodos (ou apenas camuflou-se), mas as pessoas são as mesmas, tentando explorar e obter vantagem das pessoas mais fragilizadas psicologicamente, sexualmente ou socialmente. Em se tratando especificamente da “virtude”, há um universo de apelo sexual que a todo custo diz aos jovem que se desfaçam o mais rápido possível de suas virtudes, sem levantar ao menos um questionamento sobre as consequências e outras escolhas que você pode ter na vida. Algumas ideias de Freud eu discordo, mas concordo quando ele diz que muito dos problemas da nossa sociedade estão ligados ou relacionados com a sexualidade. Discutir sobre a virtude parece ainda ser algo bem complexo e nada de ultrapassado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">"<b>Justine</b>" trata das dificuldades de duas irmãs desamparadas para sobreviver na sociedade francesa, na época da revolução: Justine e Juliette. A primeira sofrerá horrores para manter a sua virgindade, objeto de desejo de todos aqueles que se aproximam dela. A segunda, não se importa com sua virtude quando a questão é a sobrevivência. É uma história que leva-nos a refletir sobre esses questionamentos e a maneira como é explorado o sadismo, em supostos membros sociais que deveriam ser exemplos para a sociedade, e chega a ser revoltante a forma como Sade (sádico de natureza) explora os tormentos que afligiram a vida de Justine. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Marquês de Sade, o autor, escreveu a primeira versão de ‘Justine’ em entre 1787 e 1788, quando estava preso na Bastilha. Ao todo, Sade permaneceu 13 anos na prisão. Duas versões ampliadas da história foram elaboradas em 1791 e 1797.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span><img src="https://http2.mlstatic.com/hq-justine-por-guido-crepax-coleco-opera-erotica-D_NQ_NP_801743-MLB32870424027_112019-O.webp" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<div id="ftn1" style="margin: 0px; padding: 0px;">
Juliette e Justine são duas jovem francesas desamparadas. O pai fugira para a Inglaterra e a mãe, morreu tempos depois, devido a enorme tristeza motivada pelo abandono do seu parceiro. O destino foi o mestre que criou as meninas. Com pouco dinheiro para se sustentarem, logo o convento lhes fecha as portas. Com 100 escudos (moeda), cada uma parte para caminhos separados.<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“É porque só se gosta das pessoas por causa da ajuda ou dos agrados que se imagina que possa vir a receber.” (Justine)</span></b></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px;">
Juliette conheceu uma senhora prostituta que lhe ensinou como usar seu corpo para obter dinheiro fácil e ofereceu uma oportunidade de sobreviver a vida. Logo, casou-se com o Conde de Lorsange e tratou de matá-lo para logo desfrutar de seu dinheiro. Cometeu três infanticídios ao longo da vida e outros crimes.</div>
<div style="background-color: white; margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: inherit;">Já Justine, preferindo viver honestamente sem vender sua virtude, resolve pedir ajuda a um padre, que tenta molestá-la.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Quanto a desgraça que atormenta a virtude, o infeliz a quem a sorte persegue tem o consolo da sua consciência, e os prazeres secretos que colhe da sua pureza, logo o compensam da injustiça do homem.” (Narrador)</span></b></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></b></div>
<span style="font-family: inherit;">Logo a história nos leva para o futuro: uma jovem acusada de crimes como assassinato, roubo e incêndio vive com o senhor de Conville e sua esposa. Na presença daqueles nobres cidadãos, a jovem que oculta seu nome, resolve conta-lhe suas desgraças, narrando pois, sua vida.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Esta virtude da qual fazeis tanto luxo de falar não serviu para nada neste mundo e fareis bem em entregá-la a alguém quando não tiverdes sequer um copo d’água para beber.” (senhor Dubourg)</span></b></blockquote>
</div>
</div>
Mendigando pelos cantos, Justine é acolhida por um velho avarento chamando Du Harpin e sua amante. É encarregada de realizar os trabalhos domésticos.<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Já estava escrito na página dos meus destinos que cada uma das minhas ações honestas para onde meu caráter me levasse, deveria ser paga com uma desgraça.” (Justine)<o:p style="margin: 0px; padding: 0px;"></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
O patrão logo manda prender Justine acusando-a de roubo, sendo que os verdadeiros culpados sãos os próprios patrões da jovem.<br />
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b><b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Aqui, acredita-se que a virtude é incompatível com a miséria, e nos tribunais, o infortúnio é uma prova completa contra o acusado.” (Justine)</span></b></blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na prisão conhece uma ladra chamada Dubois que juntamente com seus comparsas, incendeia o local. Ela oferece ajuda a Justine, e quando a menina desconfia de Dubois, a mesma a obrigar a seguir em sua vida de crimes, a medida que pressiona os delinquentes de seu bando a estuprar Justine. Aproveitando-se de um briga para ver que primeiro estupra Justine, ela aproveita e foge.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Justine presencia no bosque a relação sexual de dois homens: o jovem Adonis Bressac e seu criado Jasmin. O jovem, temendo que Justine contasse o que viu, a leva para casa antes de ameaçá-la casa se atreva a dizer a verdade. Justine confia na senhora Bressac, que promete ajudá-la em seus problemas judiciais (o roubo e incêndio na prisão). Levando uma vida como criada, Justine ousa sonhar com o amor: está apaixonada por Adonis. Contudo, o jovem planeja atentar contra a vida de sua mãe e pede que Justine o ajuda. A mesma concorda em ser sua cúmplice, com medo de suas ameaças, mas conta tudo a condessa que fica horrorizada com o que o filho planejava.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Mas estava escrito no céu que esse crime abominável seria executado e que a virtude humilhada cederia aos esforços da perversidade.” (Justine)</span></b></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo alertada da trama a condessa morre envenenada pelo filho e Justine é culpada por não ter participado do crime por Adonis. Ela a leva ao bosque e lá confessa que soubera que a jovem contou a condessa o seu plano, e a castiga fisicamente, dando chicotadas violentas. Quando percebe os suspiros fracos da jovem, diz que todos do castelo sabem que foi ela quem envenenara a condessa e aconselha que Justine fuja pois o seu processo criminal não fora nulo e sim acrescentado mais um crime: assassinato.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Chegando em uma aldeia, bastante debilitada, um médico ajuda a curar suas feridas. Justine passou dois anos vivendo na casa do médico, até que um dia, escuta um choro de menina no porão, e suspeitando das maldades do doutor, liberta a garotinha. Sem tempo para fugir, é surpreendida pelo médico, que a tortura e marca suas costas a ferro. Depois, deixa Justine na floresta. Aos 22 anos de idade, Justine só viu um mundo injusto e cruel.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></b></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Doce solidão (...) como tua morada me causa inveja.” (Justine)</span></b></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Confiando na santidade de religiosos, ela se dirige ao Convento de Recoletos, onde é estuprada por quatro padres, perdendo pois sua virtude (sua virgindade), seu maior bem. Ali, a moça torna-se prisioneira das depravações dos religiosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Eu provei num tal grau de violência que as dores da dilaceração de minha virgindade foram as menores que tive que suportar naquele perigoso ataque.” (Justine)</span></b></blockquote>
<div style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo em tal provação, Justine sempre vale da religião como uma esperança diante da crueldade da vida e das pessoas que sempre utilizam-se da fraquezas de certas pessoas, para sua ascensão social ou sexual. Os anos passam e com a chegada de dois novos padres, as moças ou prisioneiras sexuais são libertas, sob a ameaça de um sigilo absoluto de tudo que lá viveram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“E tu, desgraçada criatura, sofre sozinha, sofre sem te queixar, pois está escrito que as tribulações e os sofrimentos devem ser a partilha terrível da virtude” (Justine).<o:p style="margin: 0px; padding: 0px;"></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">No caminho fora de Lyon, conhece Dalville que se encontrava muito machucado. Ela o ajuda e ele oferece um abrigo para a jovem. Dizendo morar com a esposa e que precisava de uma criada, seduz Justine rumo a mais uma prisão: um falsário, onde fora proposto “trabalhar em uma cisterna onde mais duas mulheres nuas e agrilhoadas, moviam a roda que despejava água num reservatório”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Como prova de sua superioridade, Dalville chicoteia Justine, sem motivo algum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Portanto, o homem é naturalmente mau, ele está no delírio das suas paixões quase sempre como na sua calma, e em todos os casos, os males do seu semelhante podem ser prazeres execráveis para ele.” (Justine)</span></b></blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já rico com suas trapaças, Dalville vai embora, deixando um substituto nos negócios: Roland, um homem aparentemente bom, que liberta as jovens daquele humilhante trabalho e lhe emprega na oficina de cunhagem de moedas. Contudo, a polícia logo chega ao local e prende a todos, levando-os para Grenoble.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">O magistrado ouve a história de Justine e não permite que ela vá para a forca. Instala a jovem em um albergue e avisa que já está livre de todas as suas supostas culpas. Reconhece naquele lugar a ladra Dubois, que agora já é condessa. A mesma planeja roubar um comerciante que está encantado com Justine e pede a ajuda da jovem. Sabendo que Justine iria alertar o senhor Dubrevil, homem digno que promete casa-se com Justine, a ladra/condessa envenena o comerciante. O amigo do comerciante acredita nas palavras de Justine e recomenda que a mesma siga a senhora Bertrand.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Alojada em um albergue em Villefranche, ocorre um incêndio. Na tentativa de salvar a vida da filha de Bertrand, Justine escorrega e acaba deixando a criança cair nas chamas. Notando que também fora roubada, a senhora Bertrand acusa Justine. Testemunhas acabam confessando ter visto Justine em várias cenas dos crimes descritos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“<span style="color: #171717;">Sabereis morrer inocente e pelo menos sem remorso.” (Justine)</span></span></b></blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No final da narrativa, Justine que omitira seu verdadeiro nome, usando o nome de Sofia, diz ser Justine. A senhora de Lorsarge, trata-se pois de sua irmã Juliette. As duas se abraçam e choram bastante. O senhor de Corville, amante de Juliette, promete ajudar Justine. Escreve uma carta que chega nas mãos do rei que com a ajuda de um advogado (o mesmo que encaminha Justine ao albergue assim que o magistrado lhe absorve de seus crimes, antes de conhecer a senhora Bertrand e dos infelizes acontecimentos) inocentam a jovem.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Mesmo feliz, Justine não acredita nesse momento feliz, sentindo que a qualquer momento a sombra da infelicidade baterá a sua porta. Em um dia tempestuoso, ela é atingida por um raio e morre. Com esse acontecimento, Juliette se arrepende de todos os seus crimes do passado e abandona o senhor Corville. Pede perdão a providência e ingressa no Convento das Carmelitas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; color: #171717; font-family: "Noto Sans"; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "batang" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin: 0px; padding: 0px;">“Oh, vós que ledes esta história, passai tirar dela o mesmo proveito daquela mulher mundana e corrigida; passais convencer-vos com ela que a verdadeira felicidade está somente no seio da virtude, e que se Deus quer que ela seja perseguida na Terra, é para preparar no céu a mais faustosa recompensa.” (Narrador)</span></b></blockquote>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-61409049552410509502020-03-04T00:04:00.003-03:002020-03-04T00:05:16.304-03:00Anatomia da Dança - Jacqui Greene Haas"Anatomia da Dança", de Jacqui Greene Haas, é um guia ilustrado para o desenvolvimento de flexibilidade, resistência e tônus muscular. <br />Dividido em nove capítulos, conhecemos sobre o nosso corpo em movimento e todas as partes que o compõem. Da coluna aos pés, descobrimos como nosso corpo funciona, especialmente na dança. Em cada capítulo, há exercícios para melhorar nosso desempenho. Tudo muito bem-explicado, com ilustrações que mostram os músculos e os ossos. Tem também dicas de segurança para ninguém se machucar fazendo por conta própria.<div>
<br /></div>
E não é especialmente para bailarinos clássicos. Há também citações sobre jazz, dança irlandesa, dança de salão e explicações sobre necessidades específicas dessas danças. Livro obrigatório para todo bailarino que quer entender e conhecer melhor o próprio corpo.<br /><br />Jacqui Greene Haas é preparadora física do Cincinnati Ballet desde 1989 e diretora do Dance Medicine Academic Seminars. Ela é ex-bailarina profissional do Boston Ballet, Southern Ballet Theatre, Tampa Ballet, New Orleans Ballet e Cincinnati Ballet. E, além disso, é bacharel em dança pela University of South Florida. Realmente uma especialista no assunto.<div>
<br /></div>
Em um um trecho do primeiro capítulo, a autora fala sobre visualizar o movimento antes de executá-lo. Às vezes, ficamos com tanta afobação para fazer tal passo que não temos a consciência de todas as etapas necessárias para realizá-lo com precisão.<br /><br />"Visualize exatamente o que deseja que seu corpo faça e mantenha o pensamento positivo. Eric Franklin é um mestre da visualização; adoro o termo que ele utiliza, <i>seed imagery</i> – semear um pensamento intuitivo e deixar brotar a imagem para aumentar o desempenho. Quando executa várias vezes as mesmas ações (na aula e no ensaio), você induz alterações fisiológicas e aumenta a precisão. Em um local silencioso, dedique um pouco do seu tempo todos os dias para fechar os olhos e simplesmente ouvir a sua respiração. Agora, imagine o dançarino que deseja ser e visualize-se realizando movimentos com naturalidade. Perceba como seus movimentos são precisos e bem definidos. Continue a visualizar quanto controle você tem em cada combinação que realiza. Você pode ver isso em sua mente, pode ouvir a música tocando e pode sentir seu corpo executando as sequências com detalhes. Agora, tudo o que você tem que fazer é praticar! Esqueça as outras coisas e concentre-se na técnica. Você está treinando a relação entre a sua mente e seus músculos. Eles devem trabalhar juntos para ajudá-lo a atingir seus objetivos."<div>
<br /></div>
<div>
<img src="https://dospassosdabailarina.files.wordpress.com/2012/02/anatomia_da_danca_manole.jpg?w=360&h=510" /></div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-74316551339406132572020-02-22T23:06:00.001-03:002020-02-22T23:07:01.426-03:00O que é folclore? | Farida Fahmy<span style="background-color: #f9f9f9; color: #0d0d0d; font-family: "roboto" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Série desenvolvida pela equipe da Revista Shimmie através de matéria realizada com Farida Fahmy em 2011 durante sua participação no Festival Shimmie São Paulo. </span><br />
<span style="background-color: #f9f9f9; color: #0d0d0d; font-family: "roboto" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: #f9f9f9; color: #0d0d0d; font-family: "roboto" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/-hWkl4b019k" width="560"></iframe>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-23105548231859776582020-02-07T16:44:00.000-03:002020-02-07T18:52:19.838-03:00Música árabe e seus gêneros<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
São vários os gêneros musicais árabes. Cada um tem sua história, características. Fazendo uma analogia como um todo, podemos começar a distinguir conceitos como gênero e estilo.</div>
<h1 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: raleway, "helvetica neue", helvetica, arial, sans-serif; line-height: 3.2rem; margin: 0px 0px 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Gênero</span></h1>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
O gênero não é somente traduzido por um ritmo ou pela linguagem musical. É um conjunto de complexos elementos e diferentes aspectos como história, geografia, cronologia, cultura, técnica, crítica e até mesmo a necessidade de categorização para a venda no mercado.<br />
Engloba um determinado tipo de manifestação musical em toda sua possível amplitude. Define e classifica músicas em suas qualidades, que compartilham elementos em comum. É a generalização de uma infinidade de diferentes nuances, particularidades.</div>
<h1 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: raleway, "helvetica neue", helvetica, arial, sans-serif; line-height: 3.2rem; margin: 0px 0px 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Estilo</span></h1>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
Já o estilo seria o modo de expressão, a maneira que o compositor vai executar a sua arte, as características mais ou menos constantes e definidas que identificam sua obra. Existe ali, um senso de individualismo e personalidade.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
Assim, é possível dizer que um gênero engloba diversos estilos. Somente para ilustrar, seria como identificar o samba como gênero e, por exemplo, o samba de roda ou o samba rock como estilos.<br />
A autora Helena Brandão, dentro do campo da linguística, discute essa relação: “Onde há estilo há gênero. O vínculo entre estilo e gênero é indissolúvel, orgânico. Cada esfera conhece seus gêneros, apropriados à sua especificidade, aos quais correspondem determinados estilos."</div>
<h1 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: raleway, "helvetica neue", helvetica, arial, sans-serif; line-height: 3.2rem; margin: 0px 0px 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Como identificar um gênero musical?</span></h1>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
Alguns pontos podem ajudar na identificação do gênero musical:</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
– Instrumentos presentes com frequência;<br />
– Conteúdo da letra (romântico, religioso etc);<br />
– ritmo;<br />
– Lugar (de onde é a música e o compositor);<br />
– Tempo (de quando é a música);<br />
– Que grupo essa música representa ou pertence;<br />
– como é a sua interpretação etc</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
Desta forma, ao analisarmos uma manifestação musical como gênero, e determinar os variados estilos dentro desse gênero, devemos refletir a respeito de muitos aspectos.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "Source Sans Pro", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.6rem; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
Algumas vezes cometemos erros na hora da escolha de uma música, porém temos que nos empenhar ao máximo para procurar saber o que vamos dançar. Pesquisar sobre sua origem, estudar e ouvir bastante a música antes de dançar são pontos fundamentais.</div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-21240853695602786812020-01-23T22:53:00.000-03:002020-01-23T22:58:26.970-03:00Conexão Essencial: O que acontece quando você usa tecnologia com propósito<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "open sans"; font-size: 18px; line-height: 1.618; margin-bottom: 15px;">
"Conexão Essencial: O que acontece quando você usa tecnologia com propósito" não é um livro com dicas de organização digital, mas uma profunda reflexão sobre os caminhos tomados diante de todas as possibilidades que a tecnologia oferece. A autora, Gabriela Brasil compartilha suas próprias experiências, erros e acertos, ansiedades, e mostra que em meio a tantas maneiras de se estar conectado com o mundo, precisamos acima de tudo estarmos conectados com nós mesmos.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "open sans"; font-size: 18px; line-height: 1.618; margin-bottom: 15px;">
O livro trata dos perigos de deixar de viver a própria vida para ser expectador das vidas "perfeitas" nas redes sociais, da importância de organizar o próprio tempo para que possamos dar atenção ao que é prioridade e sobre a força que a organização gera em todas as esferas da nossa vida.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "open sans"; font-size: 18px; line-height: 1.618; margin-bottom: 15px;">
Gabriela conscientiza os leitores da necessidade de selecionar o que consumimos na internet, de medir o tempo que ficamos online, refletir sobre a real necessidade de conexão <i>full time</i> e, principalmente, o quanto a organização dos nossos sistemas digitais pode evitar que sejamos reféns dessa tecnologia que só existe para facilitar a nossa vida, mas que ao mesmo tempo vem ocupando um espaço precioso no nosso dia a dia.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: "open sans"; font-size: 18px; line-height: 1.618; margin-bottom: 15px;">
Para adquirir o livro, <span style="box-sizing: border-box; color: #3c4858;"><a href="http://conexaoessencial.com/" rel="noopener" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #47afc6; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s;" target="_blank">clique aqui</a></span><span style="color: #3c4858;">.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: "Open Sans"; font-size: 18px; line-height: 1.618; margin-bottom: 15px;">
<img height="640" src="https://d188rgcu4zozwl.cloudfront.net/content/B07Q3LWRKS/resources/71080698" width="401" /></div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-60331120035678714812020-01-14T20:19:00.002-03:002020-01-14T20:19:31.791-03:00Fespsp oferece curso sobre o Oriente Médio em janeiro<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
Diante da atual conjuntura no Oriente Médio e para entender melhor os conflitos e a história da região, a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) lançou um novo curso para o período de férias. Ministrado pelo professor José Antonio Lima, “Oriente Médio: política externa das potências regionais” terá cinco aulas, de 27 a 31 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 19 às 22 horas. A carga horária total é de 15 horas e o investimento é de R$ 480. As <a href="https://www.fespsp.org.br/cursos-de-extensao/cursos-livres/cursos/oriente-medio-politica-externa-das-potencias-regionais" rel="noopener noreferrer" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration-line: none;" target="_blank">inscrições</a> estão abertas. O curso será voltado à política externa da Arábia Saudita, Turquia, Israel e Irã.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
O conteúdo da primeira aula será de contextualização histórica e geopolítica do Oriente Médio, perpassando desde a formação dos Estados, no fim do Império Otomano, a Guerra Fria, até o cenário atual. “Vou falar um pouco de Revolução Iraniana, depois de invasão do Iraque, 11 de setembro, Primavera Árabe, para situar as pessoas principalmente sobre o papel que os Estados Unidos exercem na região, que é a potência que se estabeleceu como a principal responsável por tentar ditar as regras na região desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse o professor Lima, em entrevista à Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba).</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
As demais aulas serão divididas pelos quatro países supracitados, considerados potências regionais. A ideia é mostrar como fatores globais, regionais e locais interagem dentro de cada um desses países e como isso se manifesta na política externa de cada um deles. Destes quatro países, apenas a Arábia Saudita é árabe.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
“No caso do Irã, por exemplo, que agora é o que está mais saliente, vou falar sobre a situação do regime iraniano, por que ele age como age, como a sociedade reage às ações do próprio regime, que setores que apoiam e quais se opõem à ele, por que o Irã rivaliza com a Arábia Saudita e com Israel, qual a relação com os Estados da região e também a relação com os Estados Unidos. Vou fazer isso com os quatro atores, Israel, Arábia Saudita, Irã e Turquia. E no caso da Arábia Saudita, vamos falar um pouco de outros países do Golfo, nomeadamente, os Emirados Árabes e o Catar”, contou Lima. Confira a <a href="https://www.fespsp.org.br/cursos-de-extensao/cursos-livres/cursos/oriente-medio-politica-externa-das-potencias-regionais" rel="noopener noreferrer" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration-line: none;" target="_blank">programação completa</a> do curso.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
<strong style="box-sizing: border-box;">Público alvo</strong></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
Estudantes, jornalistas e interessados em geral podem participar. O objetivo do curso é capacitar os alunos para compreender os pilares da geopolítica do Oriente Médio, proporcionar uma visão analítica dos eventos atuais na região e apresentar possibilidades de agenda de pesquisa em diferentes níveis de graduação. Ex-alunos e entidades conveniadas têm desconto no valor total.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
<strong style="box-sizing: border-box;">Sobre o professor</strong></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
José Antonio Lima é doutorando e mestre em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP); integrante do Grupo de Estudos Oriente Médio e Mundo Muçulmano da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP; bacharel em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; e especializado em Relações Internacionais pela Escola de Sociologia e Política.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
<strong style="box-sizing: border-box;">Serviço</strong></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Palanquin, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1em;">
Curso “Oriente Médio: política externa das potências regionais”<br style="box-sizing: border-box;" />27 a 31 de janeiro<br style="box-sizing: border-box;" />Segunda a sexta, das 19h às 22h<br style="box-sizing: border-box;" />5 aulas (15h)<br style="box-sizing: border-box;" />Fespsp – Rua General Jardim, 522<br style="box-sizing: border-box;" />Vila Buarque, São Paulo</div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-14054673210547817392020-01-06T17:18:00.003-03:002020-01-06T17:21:20.460-03:00Os benefícios da dança do ventre, desde a saúde até o autoconhecimento<div style="text-align: justify;">
Na sala de aula, o som da música faz qualquer um esquecer o mundo agitado lá fora. Muito brilho, saias longas, rendas e babados embelezam as bailarinas e caracterizam a dança do ventre. Oitos, básico egípcio, shimmie, ondulações e batidas de quadril parecem passos impossíveis para quem vê de longe. De perto, a simplicidade e a sensualidade deixam qualquer um boquiaberto. Mas a dança envolve muito mais do que isso. O ambiente é de autoconhecimento, aceitação e, acima de tudo, amizade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São muitos os benefícios da Dança do Ventre, a começar pela auto-aceitação e auto-confiança. Como não está ligada ao estigma do corpo sarado, sendo indicado a mulheres magras, gordas, jovens e idosas, a dança combate a depressão, melhora o humor, estimula a desinibição e eleva o amor próprio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
Na parte física, melhora a postura, ativa a circulação sanguínea, aumenta a resistência física, trabalha articulações, a flexibilidade e a coordenação motora, queima calorias e tonifica todos os músculos do corpo, além de aliviar os sintomas da TPM e da menopausa. Além de ser uma ótima atividade aeróbica, contribui com o funcionamento do sistema digestivo, cardiovascular e fortalece tanto o assoalho pélvico quanto a musculatura do períneo.<br />
A dança é extremamente rica: existem inúmeras formas de executá-la, em diferentes tipos de músicas. Temos a dança tradicional, a rotina clássica, moderna e algumas fusões. Podemos utilizar uma série de acessórios, como véus e espadas, o que torna tudo ainda mais interessante.</div>
Para as crianças, uma aula mais lúdica aborda os conceitos da dança e movimenta o corpo. Para os demais, esse conceito é trabalhado junto ao autoconhecimento. <br />
<br />
Essa modalidade também é um ótimo exercício para desenvolver a concentração, agilidade mental e noção espacial. Além de trabalhar no intelecto musical, por meio de tempos e ritmos. Por fim, a dança do ventre estimula a criatividade, incentivando a dançarina a improvisar, valorizando sempre a espontaneidade e comunicação de cada indivíduo.<br />
Ela é realizada, principalmente, com movimentos circulares dos quadris equilibrados com movimentos delicados das mãos, e o visual é parte importante da performance.<br />
A dança do ventre é uma arte milenar e apresenta muitos benefícios para o corpo e autoestima, melhorando sua saúde e resistência física, auxiliando na autoaceitação de uma forma leve e descontraída.<br />
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Agora, você já conhece os benefícios da dança do ventre e pode começar suas aulas o quanto antes. meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-58716503651097689662019-07-21T19:48:00.002-03:002019-07-21T19:48:26.995-03:00Procurando por Oum Kulthum - Shirin Neshat<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mitra é uma <i>filmmaker </i>iraniana que vive exilada de seu país e embarca no projeto de seus sonhos: fazer um filme sobre a lendária cantora egípcia Oum Kulthum. A produção explora os desafios, os sacrifícios e o preço que Oum Kulthum pagou por ter obtido sucesso em uma sociedade dominada por homens. Em seu esforço de capturar a essência da personagem como mito, mulher e artista, Mitra vai enfrentar seus próprios problemas, que se misturam com os da cantora, levando-a a um colapso emocional e artístico.</span></div>
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<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: inherit;">O longa (L</span>ooking for Oum Kulthum)<span style="font-family: inherit;"> é dirigido por </span>Shirin Neshat, iraniana que atualmente vive em Nova York. Shirin tem muitos trabalhos com fotografia, além de filmes, que abordam temas político-sociais do mundo oriental-árabe trazendo um olhar mais humano e poético. Foi premiada em alguns festivais de cinema internacionais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fica claro que há um pouco de Shirin na história, como a personagem Mitra também é uma produtora, diretora de filmes, iraniana, que enfrenta desafios para se afirmar em um meio machista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">"Minha jornada para este projeto começou com a pesquisa e a coleção de imagens e literatura escritas sobre Oum Kulthum e a história egípcia.</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 28px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">Finalmente, decidi não fazer um filme biográfico, mas contar uma história pessoal, compartilhando minhas próprias perspectivas e desafios como uma diretora iraniana tentando fazer um filme sobre uma cantora egípcia icônica.</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 28px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">O roteiro atual, portanto, reflete de perto minhas próprias obsessões, desafios e a inesperada autodescoberta ao olhar para o destino de uma icônica artista do Oriente Médio, estou olhando para minha própria experiência e a de outras mulheres do Oriente Médio que escolhem buscar</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 28px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">um talento ou uma carreira profissional.</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 28px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">No centro deste filme, através da exploração simultânea de três personagens femininas principais, Oum Kulthum, Mitra (a cineasta iraniana) e Ghada (a atriz egípcia, que faz o papel de Oum Kulthum), a narrativa revela como na maioria dos países do Oriente Médio</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 28px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title="">as mulheres, que vivem em sociedades dominadas pelos homens, enfrentam situações semelhantes", diz ela em uma nota no site oficial do filme.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: left; white-space: pre-wrap;" title=""><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="white-space: pre-wrap;">Confira o trailer:</span></div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/sZNhZqouZos" width="560"></iframe>
<div style="text-align: left;">
<span style="white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="white-space: pre-wrap;"><i>Procurando por Oum Kulthum </i>será exibido dentro do Festival Shimmie, em São Paulo, no dia 27 de setembro, sexta-feira, no Teatro Eva Wilma. Para mais informações acesse o site </span><a href="https://www.festivalshimmie.com.br/" target="_blank">https://www.festivalshimmie.com.br/</a>.</div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-44651425010630648952019-07-21T17:05:00.002-03:002020-05-04T00:03:44.148-03:00Orientalismo - Edward W. Said<span style="font-family: inherit;">O livro "Orientalismo", de Edward W. Said, trata de como se construiu a ideia e os conceitos sobre o mundo árabe.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">O livro, que no Brasil foi publicado pela Companhia das Letras, é dividido em três partes. Na primeira o autor trata do alcance do orientalismo, na segunda das suas estruturas e na terceira sobre o orientalismo na atualidade. Apesar de ter sido publicado na década de 1970, é uma obra fundamental para compreendermos como o Ocidente inventou o Oriente.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Foi o Orientalismo que construiu os consensos que legitimam as atrocidades americanas no Oriente Médio. Israel serve-se do mesmo para submeter de maneira brutal os palestinos dentro e fora de seu território.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">No prefácio da obra escrito em 2003, Said afirma que “as sociedades contemporâneas de árabes e muçulmanos sofreram um ataque tão maciço, tão calculadamente agressivo em razão de seu atraso, de sua falta de democracia e de sua supressão dos direitos das mulheres que simplesmente esquecemos que noções como modernidade, iluminismo e democracia não são, de modo algum, conceitos simples e consensuais que se encontram ou não, como ovos de Páscoa, na sala de casa.” <br />A observação faz sentido, pois até bem pouco tempo muitos países considerados ocidentais ou viviam sob ditaduras (Argentina, Chile, Brasil) ou apoiavam regimes autoritários em nome da democracia (EUA).</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Na introdução da obra, o autor esclarece que “o Oriente não é apenas adjacente à Europa; é também o lugar das maiores, mais ricas e mais antigas colônias européias, a fonte de suas civilizações e línguas, seu rival cultural e uma das suas imagens mais profundas e mais recorrentes do Outro. Além disto, o Oriente ajudou a definir a Europa (ou o Ocidente) com sua imagem ideia, personalidade, experiência contrastantes. Mas nada nesse Oriente é meramente imaginativo. O Oriente é uma parte integrante da civilização e da cultura material européia. O Orientalismo expressa e representa essa parte em termos culturais e mesmo ideológicos, num modo de discurso baseado em instituições, vocabulário, erudição, imagens, doutrinas, burocracias e estilos coloniais.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Ao longo da obra, Said demonstrará como este "Outro" foi material e intelectualmente importante para consolidar o Ocidente. Também demonstrará que nunca houve uma contrapartida. Enquanto os europeus (e depois os americanos) alimentavam o orientalismo, no Oriente não houve um processo intelectual similar. Não há um ocidentalismo produzido por intelectuais árabes. A prova desta assimetria é evidente, pois “…tem se estimado, que foram escritos cerca de 60 mil livros sobre o Oriente. Próximo entre 1800 e 1950; não há um número nem de longe comparável de livros orientais sobre o Ocidente. Como aparato cultural, o Orientalismo é agressão, atividade, julgamento, persistência e conhecimento.”</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Para Said a “relação entre Ocidente e o Oriente é uma relação de poder, de dominação, de graus variáveis de uma hegemonia complexa.” O orientalismo, não foi, portanto, apenas o resultado de ocupações militares. Foi principalmente um investimento continuado que criou “um sistema de conhecimento sobre o Oriente, uma rede aceita para filtrar o Oriente na consciência ocidental, assim como o mesmo investimento multiplicou – na verdade, tornou verdadeiramente produtivas – as afirmações que transitam do Orientalismo para a cultura em geral.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Muitos escritores europeus se dedicaram ao orientalismo ou por ele foram influenciados. Nem todos tinham consciência do verdadeiro valor político e ideológico de sua produção para a hegemonia do Ocidente no Oriente. De qualquer maneira ocorreu “um intercâmbio dinâmico entre autores individuais e os grandes interesses políticos modelados pelos três grandes impérios – o britânico, o francês e o americano – em cujo território intelectual e imaginativo a escrita foi produzida.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">O orientalismo se encarregou de representar o Oriente, de definir seus contornos, características e vocações. Tudo isto foi feito á margem dos interesses do habitantes do Oriente. Não foram os orientais mas os ocidentais que criaram e alimentaram – e ainda alimentam – o orientalismo. Mas não é o que está oculto nos textos orientalistas que chamaram a atenção de Said. Sua análise tem como objeto o que está na superfície dos textos. É na sua exterioridade em relação ao que descreve que Said descobre todo um universo de percepções distorcidas.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">O produto desta exterioridade é a representação “desde um marco tão remoto como a peça de Ésquilo, Os Persas, o Oriente é transformado, passando de uma alteridade muito distante e freqüentemente ameaçadora para figuras que são relativamente familiares (no caso de Ésquilo, mulheres asiáticas aflitas).” Segundo Said a peça “obscurece o fato de que o público está assistindo uma encenação altamente artificial de algo que um não oriental transformou num símbolo de todo o Oriente.” O mesmo seria feito de maneiras parecidas pelos autores medievais, iluministas e modernos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Já na década de 1970, Said percebeu que um “aspecto do mundo eletrônico pós-moderno é que houve um reforço dos estereótipos pelos quais o Oriente é visto. A televisão, os filmes e todos os recursos da mídia têm forçado as informações a se ajustar em moldes cada vez mais padronizados. No que diz respeito ao Oriente, a padronização e os estereótipos culturais intensificam o domínio da demonologia imaginativa e acadêmica do ‘misterioso Oriente’ do século XIX.”</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Ao tratar do alcance do orientalismo, Said faz referência a dois políticos ingleses: Balfour e Cromer.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">No princípio do século XX, o britânico Arthur James Balfour proferiu um discurso na Câmara dos Comuns sobre os problemas no Egito. Após analisar o mesmo detalhadamente, Said percebeu que o discurso pode ser decomposto da seguinte maneira: “A Inglaterra conhece o Egito; o Egito é o que a Inglaterra conhece; a Inglaterra sabe que o Egito não pode ter autogoverno; a Inglaterra confirma esse conhecimento ocupando o Egito; para os egípcios, o Egito é o que a Inglaterra ocupou e agora governa; a ocupação estrangeira torna-se, portanto, ‘a própria base’ da civilização egípcia contemporânea; o Egito requer, até insistentemente, a ocupação britânica.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">No discurso de Balfour o Egito não um país. É uma categoria britânica. Os egípcios não são seres humanos, mas coisas que preenchem um espaço geográfico ocupado pelo exército colonial da Inglaterra.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Ao contrário de Balfour, Cromer foi governador colonial dos egípcios. Mesmo assim nunca fez quaisquer “esforços para esconder que, a seus olhos, os orientais eram apenas o material humano que ele governava nas colônias britânicas”. Para Cromer o oriental “age, fala e pensa de um modo exatamente oposto ao do europeu.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">O autor de ORIENTALISMO detectou na linguagem de Balfour e Cromer que “o oriental é descrito como algo que se julga (como um tribunal), algo que se estuda e descreve (como num currículo), algo que se disciplina (como numa escola ou prisão), algo que se ilustra (como num manual de zoologia). O ponto é que em cada um desses casos o oriental é contido e representado por estruturas dominadoras.” </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">A análise de discursos políticos pode dar a impressão que o orientalismo foi produto do colonialismo do século XIX. Não foi. Muito antes do colonialismo europeu, os ocidentais já haviam criado e se apropriado ideologicamente do Oriente. Mas Said reconhece que durante a expansão européia (1815/1914) houve um progresso imenso das instituições e do conteúdo orientalista.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">“O Orientalismo foi submetido ao imperialismo, ao positivismo, ao utopismo, ao estoicismo, ao darwinismo, ao racismo, ao freudianismo, ao marxismo, ao spenglerismo. Mas o Orientalismo, como muitas da ciências naturais e sociais, tem paradigmas de pesquisa, suas próprias sociedades eruditas, seu próprio establishiment.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Como representação do Outro, o orientalismo tratou de criar uma imagem do islã. Esta imagem foi construída principalmente em razão do medo, porque depois da “morte de Maomé em 632, a hegemonia militar e mais tarde cultural e religiosa do islã cresceu enormemente. Primeiro, a Pérsia, a Síria e o Egito, depois a Turquia e mais tarde a África do Norte caíram nas mãos dos exércitos muçulmanos; nos séculos VIII e IX, a Espanha, a Sicília e partes da França foram conquistadas.”</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Mesmo após a reconquista de vastas áreas ao islã, os europeus preservaram a imagem negativa do islã e dos orientais. Em razão disto, não só “o Orientalismo é acomodado às exigências do cristianismo ocidental; é também circunscrito por uma série de atitudes e julgamentos que não enviam a mente ocidental em primeiro lugar às fontes orientais para correção e verificação, mas antes a outras obras orientalistas. O palco do orientalista, como venho chamando, torna-se um sistema moral e epistemológico.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Após fazer uma longa referência a campanha napoleônica no Egito, Said esclarece que enquanto “os historiadores da Renascença julgavam o Oriente inflexivelmente como um inimigo, os do século XVIII confrontavam as peculiaridades do Oriente com algum distanciamento e com uma tentativa de lidar diretamente com a fonte oriental da matéria, talvez porque essa técnica ajudasse o europeu a conhecer melhor.” A conhecer e a dominar, pois foi o erudito Silvestre Sacy “quem traduziu a proclamação aos argelinos” quando os franceses ocuparam Argel em 1830.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Sacy foi o primeiro grande orientalista. “Seu heroísmo como erudito foi ter enfrentado com sucesso dificuldades insuperáveis; adquiriu os meios de apresentar um campo de estudo a seus estudantes, quando não havia campo nenhum. Ele fez os livros, os preceitos, os exemplos, dizia sobre Sacy o duque Broglie.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Renan continuou a obra de Sacy. Mas ao contrário dele, Renan “não falava realmente como um homem a todos os homens, mas antes como uma voz especializada e reflexiva que aceitava, como ele disse no prefácio de 1890, a desigualdade das raças e a dominação necessária por uma minoria como uma lei antidemocrática da natureza e da sociedade.” Em Renan, a superioridade européia e a inferioridade oriental são axiomas indiscutíveis.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Do alto de seu pedestal, Renan não tinha escrúpulos em julgar os semitas (árabes e judeus) degenerados. “Leia-se quase toda página de Renan sobre o árabe, o hebraico, o aramaico ou o proto-semítico, e o que se lê é um fato de poder, pelo qual a autoridade do filólogo orientalista colhe à vontade na biblioteca exemplos do discurso humano e ali os enfileira rodeados por uma suave prosa européia que aponta os defeitos, as virtudes, os barbarismos e as deficiências na linguagem, no povo e na civilização.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Não há dúvidas de que o orientalismo de Renan ajudou a criar e reforçar o mito da superioridade européia. O próprio Said afirma que “não é exagerado dizer que o laboratório filológico de Renan é o local real de seu etnocentrismo europeu; mas o que precisa ser enfatizado é que o laboratório filológico não existe fora do discurso, a escrita pela qual é constantemente produzido e experimentado.”</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Nem Karl Marx teria conseguido escapar dos preconceitos orientalistas. Ao analisar a ocupação inglesa da Índia, o alemão afirmou que “não devemos esquecer que essas comunidades de vida idílica, por mais inofensivas que possam parecer, sempre foram o fundamento sólido do despotismo oriental.” A referência ao “despotismo oriental” é sugestiva. Para Said as “análises econômicas de Marx são perfeitamente adequadas a um empreendimento orientalista padrão, ainda que a humanidade de Marx, a sua simpatia pela miséria do povo, esteja claramente envolvida.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Vários escritores orientalistas residiram no Oriente. Este foi o caso de Lane, Flaubert, Vigny, Nerval, Kinglake, Disraeli, Burton, Byron, Scott, Chateaubriand e T.E. Lawrence. Mesmo tendo conhecido as terras orientais e mantido contato com os povos árabes, nenhum destes autores deixou de criar representações do Oriente.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">A leitura do livro nos ajuda compreender como as relações entre o Ocidente e o Oriente foram lentamente moldadas de maneira a permitir uma verdadeira colonização cultural e territorial do Oriente Médio. Para o autor “a versão do mito criada no século XX tem sido mantida com muito maior dano. Produziu uma imagem do árabe visto por uma sociedade ‘adiantada’ quase ocidental. Na sua resistência aos colonialistas estrangeiros, o palestino era ou um selvagem estúpido ou uma grandeza negligível, moral e existencialmente.” A cada episódio dramático do conflito entre israelenses e palestinos, a inferioridade moral dos últimos tem sido reforçada pela imprensa. Os homens bombas são terroristas. Os pilotos israelenses que despejam bombas e mísseis em alvos civis não são terroristas, são soldados eficientes cumprindo seu dever de retaliar a brutalidade dos terroristas.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">As recentes invasões do Iraque e Afeganistão foram justificadas e, de certa maneira, ocasionadas pelo orientalismo.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Já na década de 1970 o professor afirmava que o “orientalismo também se espalhou nos Estados Unidos agora que o dinheiro e os recursos árabes tem acrescentado um considerável charme à tradicional ‘preocupação’ com o Oriente, estrategicamente importante. O fato é que o Orientalismo tem se acomodado com sucesso ao novo imperialismo, no qual os seus paradigmas regentes nem contestam, e até confirmam, o persistente desígnio imperial de dominar a Ásia.”</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Ao invés de aceitar pacificamente as imagens orientalistas e as guerras causadas e justificadas pelo orientalismo, o livro sugere que devemos conhecer melhor a nós mesmos como ocidentais. O grego Sócrates, considerado o fundador da filosofia ocidental dizia sempre ‘conhece-te a ti mesmo’. Curiosa e ironicamente não foram os intelectuais europeus e anglo-americanos modernos que permitiram ao Ocidente conhecer-se.</span>meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-43775405859526184762019-07-19T00:14:00.000-03:002020-02-07T16:05:23.672-03:00Tarot da Dança | 14º Festival Núcleo Ju Marconato<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">O tradicional espetáculo de dança de Ju Marconato será realizado mais uma vez em Araraquara. A 14ª edição</span><span style="font-family: inherit;">, intitulada</span><span style="font-family: inherit;"> </span><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><b>Tarot da Dança</b></em><span style="font-family: inherit;">, será neste sábado, 20 de julho, às 19 horas no CEAR – Centro de Eventos de Araraquara e Região. </span><span style="font-family: inherit;">Os convites já estão à venda da secretaria da escola e no site:</span><span style="font-family: inherit;"> </span><a href="https://www.sympla.com.br/o-tarot-da-danca---uma-jornada-de-cura-e-autoconhecimento__562100" rel="noopener" style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px !important; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">https://www.sympla.com.br/</a>. </div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Serão apresentados números de Dança do Ventre e um show com duração de 1h40. </span><span style="font-family: inherit;">Além da professora Ju Marconato, no total participarão ainda 100 pessoas contando com as alunas do Ensino a Distância, novo projeto da bailarina, e de</span><span style="font-family: inherit;"> convidadas especiais.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">As interessadas também podem participar de um workshop que será realizado no domingo (21)</span><span style="font-family: inherit;"> sobre o Tarot da Dança, na própria sede.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Com 18 anos, o Núcleo de Dança Ju Marconato oferece aulas de alto nível técnico, integrando arte, lazer e bem-estar. </span><span style="font-family: inherit;">As aulas têm o objetivo oferecer um aprendizado teórico e prático para as alunas.</span></div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_12967" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; clear: both; color: #333333; height: auto; margin: 30px auto 24px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; width: 970px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Há mais de 25 anos, Ju Marconato dedica-se a resgatar as tradições e as belezas da dança do ventre. </span><span style="font-family: inherit;">Além de ser escritora, bailarina, coreógrafa, palestrante, professora de dança e fisioterapeuta, estuda o campo de energia humana sendo </span><i style="font-family: inherit;">coach</i><span style="font-family: inherit;">, terapeuta prânica, corporal e holística. </span><span style="font-family: inherit;">Hoje, ela é uma das maiores divulgadoras da dança do ventre no Brasil e no mundo e tem uma agenda de compromissos lotada. </span><span style="font-family: inherit;">São mais de 7 mil alunas e aulas dadas em todos os estados brasileiros, além de outros países como México, Peru, País de Galles, Panamá e Egito. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Mais informações podem ser obtidas pelo email assessoria@jumarconato.com.br </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Roboto; font-size: 16px; line-height: 1.5; margin-bottom: 22px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Serviço:</strong><br />
Festival Núcleo Ju Marconato – Tarot da Dança<br />
Data: 20 de julho<br />
Local: CEAR<br />
Horário: 19h<br />
Telefone Núcleo Ju Marconato: (11) 96514-7010</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvmqP6gK63CWhdzTmTIbJNS9pv8khBfN9D0MxzU6gwhtcuY1onEdv6l5APn1IPMhAMsgI-HvDsKVClJMtpnJMHlueyoyvlMKbTen7op3bIWqrT79994_sEkt10LwIKAURWzhpDM2n7LWI/s1600/tarot+da+danca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="540" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvmqP6gK63CWhdzTmTIbJNS9pv8khBfN9D0MxzU6gwhtcuY1onEdv6l5APn1IPMhAMsgI-HvDsKVClJMtpnJMHlueyoyvlMKbTen7op3bIWqrT79994_sEkt10LwIKAURWzhpDM2n7LWI/s1600/tarot+da+danca.jpg" /></a></div>
meus favoritoshttp://www.blogger.com/profile/01725670286975752240noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5797454197440012369.post-41709900216689870002019-07-18T23:30:00.001-03:002019-07-18T23:30:26.162-03:00The Mask You Live In <div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">O documentário "<span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Mask You Live</span><span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> In"</span></span> traz uma nova perspectiva sobre o machismo enraizado em nossa sociedade. Foi lançado em 2015 por <span style="box-sizing: border-box; text-align: justify;">Jennifer Siebel Newsom</span><span style="background-color: #fafafa; text-align: justify;">, diretora do documentário</span><span style="background-color: #fafafa; text-align: justify;"> </span>Miss Representation<span style="background-color: #fafafa; text-align: justify;"> (sobre a falta de representação das mulheres em posições de poder).</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">A emblemática frase de George Orwell no texto <em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Shooting an Elephant, </em><strong style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Ele usa uma máscara, e seu rosto se adapta para preenchê-la”, </strong>representa perfetamente as ideias de <em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Mask You Live In: </em>desde jovens, homens são forçados a vestir uma máscara de “masculinidade”. <span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">E ao longo de suas vidas, moldam suas ações a esta ideia da sociedade sobre o que é ser homem.</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">O propósito do documentário<em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> </em>é tocar no cerne do problema: a criação de meninos em nossa sociedade. Ao contar com depoimentos de todos os tipos de especialistas, entre eles educadores, sociólogos, psicólogos e atletas, o documentário torna-se material obrigatório não só para todos os homens, mas também para pais e mães de meninos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Na crítica ao machismo e a questões como a cultura do estupro,<span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> o diferencial da obra é mostrar que os homens que são geralmente tratados como culpados, são também vítimas deste processo.</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><iframe allowfullscreen="allowfullscreen" class="lazy-loaded" data-lazy-type="iframe" data-src="https://www.youtube.com/embed/LS8bwOesLjA" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LS8bwOesLjA" style="border-style: initial; border-width: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="560"></iframe></span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 1.2; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 18px; vertical-align: baseline;">
<br />
<span style="font-family: inherit;">A tese de <i>The Mask You Live In</i> é simples: todo homem abusador, que perpetua o machismo, foi um dia um menino abusado, que sofreu com uma educação machista. E se você é homem, com certeza vai se identificar com as questões abordadas na obra.</span><br />
<br /><span style="background-color: white; font-family: inherit;">É muito normal que durante a infância e adolescência, um menino ouça com frequência lições sobre o que é ou não é “coisa de homem”. De “homem não chora” a “engrossa essa voz”, os jovens em formação vão incorporando a máscara que a sociedade espera que eles vistam, gerando uma ansiedade constante sobre “precisar provar sua masculinidade o tempo todo”, como defende o professor de Sociologia Michael Kimmel.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Sabemos que, de acordo com a psicologia comportamental, parte do aprendizado se dá por reforçamento/punições e pela observação de modelos. Quando um menino age de acordo com o que é esperado de um homem, tem seu comportamento reforçado pelos pais e pela sociedade à sua volta, através de recompensas sociais, como um olhar de aprovação ou comentários do tipo “esse meu filho é muito macho mesmo”. Como consequência, a criança irá reproduzir o comportamento, esperando obter recompensas novamente.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Mas quando age de forma diferente do que seria esperado, é comum ser punido. Na maioria das vezes a punição não vem através de um castigo ou de uma surra, mas de forma emocional. Além da clássica frase “isso não é coisa de homem”, novamente apenas um olhar de desaprovação ou decepção de um pai seria suficiente para que o filho aprendesse que aquele comportamento não deve ser reproduzido novamente.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Desta forma, os meninos são treinados a esconder suas emoções e a rejeitar todas as qualidades que são vistas como “femininas”, como a sensibilidade, o acolhimento, a intimidade com colegas e até mesmo o gosto pelas artes. </span><span style="font-family: inherit; font-style: inherit;">Tudo para evitar que sua masculinidade seja questionada.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">O filme apresenta algumas estatísticas assustadoras da sociedade norte-americana. Nos Estados Unidos, meninos são duas vezes mais propensos a reprovar ou largar a escola que meninas, e quatro vezes mais propensos a serem expulsos. O suicídio é a terceira causa mais comum de mortes entre jovens garotos, e 21% relatam acessar pornografia<span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> todos os dias</span>.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Estas são apenas algumas das consequências de uma cultura que gera um estado constante de ansiedade e pressão nos jovens. Os efeitos, no entanto, não se encerram na infância e adolescência. <span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Afinal, meninos machucados tornam-se homens machucados, que muitas vezes irão perpetuar estes valores a seus filhos.</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Quando analisamos essas questões, fica bastante claro o quanto a reprodução destes valores faz mal para nossa sociedade como um todo. No entanto, uma questão importante é: <span style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">por que homens continuam perpetuando valores que também fazem mal a si próprios e a seus filhos?</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Para participar da sociedade, o ser humano se molda e adota os valores daquela cultura. Muitas vezes a prejuízo de sua própria individualidade, em busca de aceitação. Com isso, reproduz comportamentos que podem ser nocivos a si mesmo, perpetuando costumes que por algum motivo parecem estar acima de seu julgamento crítico.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Afinal de contas, ao perpetuarem críticas ao modo de outros se comportarem, em algum momento essas críticas podem se voltar contra si mesmos, se tiverem qualquer tipo de comportamento que também não se aplique a esses preceitos do que seria ou não “coisa de homem”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Como suas próprias identidades foram construídas desde cedo em torno da repressão de sua espontaneidade em nome de um comportamento “de homem de verdade”, quando se confrontam com outros seres do sexo masculino que não cederam a esta repressão, sente uma espécie de raiva e necessidade de aplicar também esta opressão.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Ou seja, “se eu tenho que me esforçar 100% do tempo para ser macho, então você também tem que fazer isso”. Se este homem “permite” que outro viva sem estas amarras, é como se isto invalidasse a própria identidade do agressor, que, por sua vez, passou por grande esforço e sofrimento para se adaptar a estes valores.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">É como se a pessoa tivesse se esforçado a vida inteira para aprender as regras de um jogo e alguém lhe falasse que aquele jogo não tem nenhum valor. É um questionamento direto a identidade deste homem que teve sua liberdade castrada desde menino.</span><span style="color: #444444; font-family: "open sans" , serif; font-size: 15px;"> </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Quanto mais velho, mais difícil fica “sair do automático”, e entender que os valores que nos foram ensinados não são necessariamente bons para nós e para a sociedade como um todo. E por isso é tão nocivo infectar as novas gerações com estes comportamentos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><strong style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Como quebrar o ciclo?</strong> Certamente através da reflexão, da análise das consequências que a cultura machista provoca em nossa sociedade, e da tentativa de mudar nossas pequenas atitudes que alimentam esse vírus que se propaga de geração em geração.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">E nisso o documentário<em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> The Mask You Live In</em> faz um ótimo trabalho, assim como o reality show <em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><u>Queer Eye</u></em>.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.6; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;">Que possamos educar os futuros homens de nossa sociedade, para que estes meninos tenham a liberdade de definir o que irá representar “ser homem de verdade” daqui para frente.</span></div>
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