terça-feira, 29 de outubro de 2013

Acústico CPM 22 e entrevista com o baterista Japinha

CPM 22 lançou no dia 15 de outubro seu primeiro CD e DVD Acústico, pela Universal Music.
São 22 faixas, incluindo quatro inéditas e vários sucessos da banda com novos arranjos para o formato acústico.
O vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, fez uma participação cantando “Um Minuto Para o Fim do Mundo”.
O álbum está disponível no iTunes, e vários vídeos foram divulgados no YouTube. Só “Perdas” já atingiu mais de 222 mil visualizações em menos de 1 mês, e a música foi a 14ª mais tocada no Brasil (de 19 a 25 de outubro, na lista da Hot 100 Brasil).
O projeto é o oitavo disco e quarto DVD da carreira do grupo, formado em 1995 e integrado por Badaui (vocal), Japinha (bateria), Luciano (guitarra) e Heitor Gomes (baixo). Já ganharam vários prêmios nacionais, e também um Grammy Latino por Melhor Álbum de Rock Brasileiro, com “Cidade Cinza”, em 2008.

Ricardo Di Roberto
, o Japinha, nos concedeu uma entrevista por e-mail.
Aqui, ele fala sobre a produção do Acústico, a carreira com duas bandas (o Hateen e o CPM), ter uma música na trilha sonora de Jogos Vorazes – Em Chamas, e mais.
Confira!
Japinha
Como surgiu a ideia de gravar o CD e DVD Acústico, e como foi a produção dele?
A ideia veio da MTV em 2006, mas na época preferimos gravar um “Ao Vivo”, por não termos repertório nem tanta vontade por sermos muito novos de carreira pra um Acústico. Agora, de 2011 pra cá, tivemos essa vontade e achamos boa a oportunidade. A produção foi bem caprichada e por conta da XYZ Live, empresa parceira do CPM22, com muito trabalho (mais de 6 meses de ensaio).
Como foram escolhidas as músicas desse setlist?
As músicas foram escolhidas dentre o extenso repertório dos sete CDs gravados pela banda e por este motivo, não foi nada fácil. Também colocamos quatro inéditas, totalizando vinte e duas músicas. Tínhamos mais de cem músicas para escolhermos e foi doloroso ter que cortar algumas que não entraram.
O vídeo da música “Perdas” já alcançou mais de 222 mil visualizações no YouTube. Como vocês estão vendo a resposta do público e a expectativa dos fãs para esse lançamento?
A música está indo bem, mas ainda penso que estamos em fase de recuperação, em termos de visibilidade. Ficamos muito tempo afastados da grande mídia, de forma massiva, como éramos antes. O público tem elogiado bastante o trabalho, o que nos satisfaz muito. E a expectativa parece ser grande.
O Dinho Ouro Preto faz uma participação especial nesse Acústico. Como foi feito o convite e como foi dividir o palco com ele?
O convite foi feito por telefone e ele aceitou na hora. Ele adora a banda. Dividir o palco com o Dinho é sempre sensacional, ele tem muita energia, contagia a todos em volta, além de ser um excelente intérprete, “front-man”, e uma ótima pessoa.
O que mais os fãs podem esperar ver de diferente do CPM 22 nesse Acústico, depois de 17 anos de carreira?
Podem esperar pelos guitarristas sentados no palco… piadinha. Acredito que estamos mais maduros, tanto musicalmente, quanto artisticamente. Mas as músicas contém a mesma emoção, e o sentimento da banda é parecido. Temos muito amor pelo CPM22 e isto transcende quando nos apresentamos.
E como foi entrar para a trilha sonora de “Em Chamas”, com a música “13”? Vai ser divulgado algum vídeo dela, com a aproximação da estreia do filme?
Foi uma surpresa muito grata e fruto da volta à nossa antiga gravadora, a Universal Music. Ficamos muito felizes e sabemos da importância de fazer parte de uma trilha sonora de um filme hollywoodiano. Não sei se faremos algum vídeo, esta é até uma boa ideia…
Conte sobre sua participação no projeto “Alma de Batera”. Como veio o convite e como foi ensinar bateria para jovens especiais?

Japinha com alguns alunos no projeto “Alma de Batera”.
Foi uma das experiências mais surpreendentes e enriquecedoras em minha vida. O contato foi super saudável e amistoso. Eles são super carinhosos e interessados. É tudo muito puro, o tempo todo. A troca e interação com eles é muito leve e gostosa. O que mais me surpreendeu é o quanto eles gostam de tocar bateria. E como conseguem levar um ritmo numa boa (do jeito deles, mas levam).
O convite veio do idealizador do projeto, o grande Paul Lafontaine. Sou grato a ele por ter podido participar.
Como você concilia o trabalho com duas bandas, o Hateen e o CPM?
Amo muito as duas bandas. Isto me faz dar conta de ambas. Dou prioridade ao CPM22, por ser onde ganho minha vida. O Hateen é a banda que montei na Zona Leste de SP, onde morava, junto com o meu eterno parceiro Koala. O CPM22 é uma banda sensacional e devo tudo a ela e aos caras, sou quem sou na música hoje, por ter entrado no CPM.
E se não fosse pelo Hateen, os caras do CPM22 não teriam me conhecido, porque eram fãs da banda, antes de tudo crescer. É quase igual a ter duas namoradas, porque dá muito trabalho, posso garantir.
Quais são os planos do CPM daqui pra frente?
Tocar, tocar e tocar. Pelo Brasil todo, divulgando o novo projeto acústico, pelo exterior se possível. Voltar com a força que pudermos pras rádios, TVs e outras mídias. E continuar vivendo de música, como sempre fizemos. Levando nosso som pro pessoal que nos curte.
Agora, esse espaço é seu para deixar seu recado aos seus fãs.
Valeu, galera, foi um prazer falar com vocês que acompanham o blog. Continuem antenados, é sempre bom falar, saber, ouvir e curtir música boa. Grande abraço do Japinha!

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