quinta-feira, 24 de março de 2016

Resenha - Batman vs Superman: A Origem da Justiça

É um outro nível, um novo marco e uma nova fase dos filmes adaptados dos quadrinhos.
O diretor Zack Snyder ficou com a missão de iniciar um novo universo cinematográfico com os heróis da DC Comics, que começa por "Batman vs Superman" e segue com "Esquadrão Suicida" (que estreia neste ano), "Mulher-Maravilha", "Liga da Justiça" (parte 1 em 2017 e parte 2 em 2019), "Aquaman" e "The Flash".

Nunca as diferenças entre a Marvel e a DC ficaram tão claras. E a DC pode cair no gosto geral dos fãs com seu estilo e o tom mais sombrio (quase de thriller) e confrontos explosivos que não economizam no uso de efeitos especiais impecáveis. Isso mesmo com a concorrente já estabelecida no mercado, com seus 10 longas que são sucesso absoluto entre o público. A DC fez sua primeira tentativa com "O Homem de Aço" (2013), mas tudo indica que se pode esquecer dele também e considerar Batman vs Superman o início de sua maior franquia em longa-metragem.


O filme começa depois dos acontecimentos de O Homem de Aço, em que o confronto entre o Superman e o vilão Zod deixou boa parte da cidade de Metropolis destruída. A trágica deixou parte da população indignada e se perguntando se as ações do Superman não deveriam ser controláveis e puníveis, caso prejudicasse as pessoas. Dentre eles está uma senadora, que traz a pauta para ser discutida no Congresso, e o bilionário Bruce Wayne, que coloca o Homem de Aço na mira do Batman. 
Depois de um incidente em que Superman é tido como o principal causador de várias mortes, a situação fica ainda mais grave para o lado dele. Lex Luthor, um jovem bilionário filantropo com tendências psicóticas, surge para enfrentar e, quem sabe, derrotar "Deus", o herói tão venerado por tantas pessoas que são salvas por ele.
Para Lex, tudo não passa de uma brincadeira, de um desafio para um homem, mortal, derrotar um Deus
No meio de muitas reviravoltas e revelações, heróis e antagonistas partem para um confronto final.

Toda as motivações dos dois heróis, pessoais e psicológicas, são mostradas no filme com diálogos que carregam toda a carga dramática da questão.
Lex Luthor, perfeitamente interpretado por Jesse Eisenberg, chega a ser engraçado e ao mesmo tempo muito assustador, conforme crescem a sua loucura e sua determinação em aniquilar o Super-Homem.

Mas quem rouba a cena é a Mulher-Maravilha, que vai ganhar mais destaque e terá ainda mais o que mostrar nos seus próximos filmes. A Mulher-Maravilha de Gal Gadot tem um equilíbrio entre delicadeza e força, mantendo-a feminina e sem apelar para sexualização, e luta de igual para igual ao lado do Batman e do Superman.
Essa forte representação de uma heroína tão importante nos cinemas cria um novo impacto cultural, podendo quebrar a barreira entre meninos e meninas nas prateleiras de lojas de brinquedos e diminuir o absolutismo das princesas e Barbies, dando espaço também para as guerreiras nas brincadeiras da criançada.
E atendendo a demanda por mais heroínas nas adaptações em séries e filmes, chamando mais fãs mulheres para essas produções.

Batman vs Superman deixa os fãs ansiosos pelos próximos filmes e tem tudo para ser o início da franquia de maior sucesso da DC nos cinemas, tornando menor o império da Marvel neste mercado de adaptações.


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Até a próxima!

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