Noah e sua irmã Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.
Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.
Contado em perspectivas e tempos diferentes, "Eu Te Darei O Sol" é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson.
Noah é um garoto diferente e introspectivo, sempre se sentiu mais próximo da mãe e distante do pai. Para ele, seu pai o julga por ser diferente, por gostar mais de arte e não de esportes e não terem mais nenhuma afinidade.
Já com Jude é o contrário, ela sempre se sentiu mais ligada ao pai, afinal eles são aventureiros e destemidos. Ela é mais extrovertida, alegre. O Sol, segundo seu irmão Noah.
O sonho dela era ter a aprovação da mãe, que ela a amasse e aceitasse da mesma forma que fazia com Noah. Entretanto, por mais que eles competissem pela atenção dos pais, Noah e Jude nunca deixaram a amizade, a união e o amor que sentiam um pelo outro de lado, pelo menos não até o fatídico aniversário de 14 anos, ano em que tudo mudou.
Até dois anos depois da tragédia, os gêmeos não conversam mais e são o oposto das crianças que um dia foram. Jude virou uma adolescente sem amigos, que conversa com o espírito da vó morta, que tem certeza que a mãe é responsável pelo azar que domina sua vida, e que carrega nos ombros o peso das mentiras que contou dois anos atrás.
Enquanto Noah, que era um artista nato e que via beleza onde ninguém mais era capaz de enxergar, virou um rapaz popular e normal, deixando o peso dos erros do passando afogar o brilho que tinha nos olhos.
Então a questão é: o que aconteceu para esses jovens mudarem tanto?
"Não sei como isso é possível, mas é: uma pintura é ao mesmo tempo exatamente igual e completamente diferente todas as vezes que você olha para ela. É assim que são as coisas entre mim e Jude agora."
É uma história muito envolvente. A autora tem uma forma diferentes de narrar os acontecimentos, trazendo muitos detalhes dos sentimentos e do peso que tudo causava para Noah e Jude.
Os capítulos são divididos entre os gêmeos, e enquanto Noah está com 13 para 14 anos, Jude já está com 16, o que muda a perspectiva e deixa ainda maior o suspense para descobriu o que foi que aconteceu que causou a separação dos dois.
É uma história sobre amor e família, sobre como as coisas tem um efeito inimaginável em nossa vida. Nós mesmos não percebemos como as coisas são distorcidas em nossa mente e nossa memória conforme crescemos. E isso causa um efeito permanente, podendo transformar nossas relações e nosso modo de agir.
É lindo ler a forma como Noah imagina cada cena e paisagem ao seu redor como se fosse um quadro, e sempre desenha tudo em seu caderno, que ele carrega consigo a todo momento. E ele ainda dá nome para a cena.
Ainda estou com um pouco dessa "Síndrome de Noah", parando para ver cada paisagem e cada cena ao meu redor e imaginando como se fosse um quadro. Hahaha
É o efeito Noah.
E a obra foi muito premiada e entrou na lista de melhores livros do The New York Times, da revista Time, Publishers Weekly, Boston Globe, Huffington Post, dentre outros.
E a obra foi muito premiada e entrou na lista de melhores livros do The New York Times, da revista Time, Publishers Weekly, Boston Globe, Huffington Post, dentre outros.
É uma história inesquecível.
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Até a próxima!
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