Em cada cidade, mais de 20 atrações que se apresentaram tiveram grande simbologia e importância. “Dada a grandeza do evento, os dois shows foram importantes para chamar a atenção da mídia para o problema de fome no país africano. Em Londres, o público foi de 72 mil pessoas, já na Filadélfia foi de 100 mil”, conta Ciro Visconti, coordenador da primeira e única pós-graduação em Rock do Brasil pela Faculdade Santa Marcelina.
As performances dos artistas demoraram cerca de 10 horas em cada um dos dois palcos e foram transmitidas via satélite para cerca de 150 países, alcançando aproximadamente 1,5 bilhão de espectadores. “O show de 21 minutos do Queen no Live Aid foi eleito como a melhor performance de um artista na história do Rock em uma votação entre artistas, produtores e jornalistas da indústria fonográfica, que ocorreu em 2005, batendo outras consagradas apresentações de artistas, como a de Jimi Hendrix (1969), Sex Pistols (1976), David Bowie (1973) e Rolling Stones (1969)”, comenta Visconti.
Ainda de acordo com o professor, o show da banda Queen, no Live Aid, é considerado o grande destaque, visto que o evento também contava também com bandas clássicas, como Led Zeppelin, Black Sabbath e The Who. “Na época, haviam artistas que estavam liderando as paradas, como Dire Straits (com Money For Nothing) e U2 (com Sunday Bloody Sunday). Além disso, a icônica performance da banda Queen foi reproduzida quase integralmente no filme Bohemian Rhapsody (2018)”.
As bandas e artistas que se apresentaram no Wembley foram Status Quo, The Style Council, The Boomtown Rats, Adam Ant, Ultravox, Spandau Ballet, Elvid Costello, Nik Kershaw, Sade, Sting (participação de Phill Collins), Howard Jones, Bryan Ferry (participação de David Gilmour), Paul Young, U2, Dire Straits, Queen, David Bowie, The Who, Elton John, Paul MacCartney e Band Aid.
Já no estádio John F. Kennedy, na Filadélfia, se apresentaram Bernard Watson, Joan Baez, The Hooters, Four Tops, Billy Ocean, Black Sabbath, Run-D.M.C, Rick Springfield, REO Speedwagon, Crosby, Stills and Nash, Judas Priest, Bryan Adams, The Beach Boys, George Thorogood and The Destroyers, Simple Minds, Pretenders, Santana, Ashford & Simpsons, Madonna, Tom Petty and the Heartbreakers, Kenny Loggins, The Cars, Neil Young, The Power Station, Thompson Twins, Eric Clapton, PhillCollins, Led Zeppelin, Crosby, Stills, Nash & Young, Duran Duran, Patti LaBelle, Hall & Oates, Mick Jagger, Tina Turner, Bob Dylan e USA for Africa.
O gênero é contemplado pelos estudos da pós-graduação em Rock, da Faculdade Santa Marcelina, que analisa o estilo musical por meio de três pilares: teoria, história e prática. O curso, inédito no Brasil, aborda a aprofundada pesquisa acadêmica já desenvolvida internacionalmente sobre o Rock.
Sobre a Pós-graduação em Rock
Mesmo que o Rock seja um dos gêneros mais conhecidos da música popular e que existam inúmeros músicos e bandas do gênero espalhados por todos os continentes, sua pesquisa acadêmica é, embora vigorosa, relativamente recente. Essa demora em constituir uma pesquisa específica gerou uma defasagem nos cursos superiores de música, especialmente no Brasil, onde são mais direcionados aos gêneros de música instrumental, como o Jazz, o Fusion e a Música Instrumental Brasileira. Isso ocorre porque as ferramentas e técnicas desenvolvidas nas pesquisas destes gêneros instrumentais, seja no campo da harmonia, morfologia, análise, rítmica, história. Prática de bandas, etc., não são adequadas à canção, a modalidade de composição mais comum ao Rock ou a seus subgêneros. O curso pretende não apenas abordar e divulgar pela primeira vez no país e em português a aprofundada pesquisa acadêmica desenvolvida em universidades internacionais especialmente para o gênero Rock, como também ampliar esta pesquisa ao aplicar suas ferramentas também ao Rock produzido no Brasil e na América Latina, destacando suas semelhanças e diferenças em relação ao Rock inglês e americano. Esta ação também abre a oportunidade de verificar a influência que o Rock exerce sobre determinados artistas de diferentes gêneros e de movimentos de música brasileira, como a Tropicália e o Clube da Esquina.
Sobre a Faculdade Santa Marcelina
A Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas. Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de Graduação e Pós-Graduação (Lato Sensu). Na unidade Perdizes os cursos oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Tecnologia em Radiologia.
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