segunda-feira, 25 de setembro de 2017

"Mãe!"

O novo filme de Darren Aronofsky é daqueles que te deixa refletindo muito sobre a vida. É praticamente entregue para que cada pessoa desfrute e tire suas próprias conclusões sobre a história. A explicação não vem pronta. Quem entender, entendeu.
Um ponto central é sua interpretação para as histórias contadas na Bíblia.

No longa "Mãe" acompanhamos o tempo todo a visão da personagem de Jennifer Lawrence, que se supera neste papel. Além da imagem dos fluxos de consciência da personagem, que passa por todas inseguranças, fragilidades e as pequenas e grandes violências associadas à condição de ser mulher, esposa e mãe, o diretor deixa a câmera ao ombro da atriz e da altura do seu olhar. Acompanhamos tudo como se estivéssemos na pele dela.

O ator Javier Bardem nos deixa tão intrigados quanto ela, no que diz respeito as ações de seu personagem. Ele precisa ser reconhecido, idolatrado e por isso não se importa com o caos em sua casa, afinal, ele a quer cheia de vida. Ele age e quem sofre as consequências é ela, a Mãe.
E o filme é muito explícito e até violento em mostrar tudo o que ela sofre e qual o limite de tanto  sofrimento.

Darren comentou as diversas camadas de interpretação – religiosas, políticas e sociais – da obra, que tem gerado discussões desde a première mundial no Festival de Veneza.
“A mensagem de que temos de cuidar do nosso planeta está nas escrituras, e até o Papa tem falado sobre essa questão. Em algum momento, parece que nos esquecemos dela”, disse Aronofsky. “Mas o que está por trás do filme é a esperança.”


O filme é classificado como "Terror", mas tem muita profundidade e uma ideia genial. Um retrato nunca visto antes e que dificilmente será superado ou esquecido. Uma obra marcante, goste ou não.
Confira o trailer.

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